domingo, 30 de maio de 2010

Gatinhas

O outro post que surgiu na minha cabecinha enquanto via as fotos no blackberry do meu primo é o seguinte: as adolescentes de hoje em dia estão bonitas, né?

Não sei se meu primo é sortudo e só tem amiga gatinha, ou se só tira foto das amigas gatinhas, mas enfim. Todas de cabelos arrumados e lisos, roupas bonitas, corpinho com tudo no lugar.

Nos meus 15 ou 16 anos a gente era tudo meio esquisitinha! Não era? Mesmo a gostosinha da turma. A gente nem era lá muito fashion, só usava jeans ou calça bailarina e camiseta ou pólo. E tinha também a moda grunge, aquelas camisas enormes de flanela xadrez.

Não tinha chapinha e muito menos escova definitiva. A maioria não tirava a sobrancelha ainda e nem se maquiava, muito menos pra ir pra escola. Só um batom, no máximo batom e rímel pras festinhas. A gente não botava silicone nem fazia lipo. Se fazia plástica, era porque precisava mesmo, como por exemplo por um nariz bizarro, orelhas de dumbo ou peitos enormes. A gente se preocupava em engordar ou emagrecer, mas não a ponto de se matar na academia.

E as espinhas? As meninas não têm espinhas mais! Os produtos Clean and Clear são tão bons assim? Ou a maquiagem que esconde? Ou elas têm hormônios diferentes dos nossos?

Fiquei admirada mas ao mesmo tempo com a pulga atrás da orelha. Será que 15 anos não é cedo demais pra se preocupar tanto com a aparência? Se uma menina faz escova definitiva aos 15, como será que vai estar o cabelo dela aos 30? E aos 45?

Bom, sei lá. Cada geração com suas vantagens e desvantagens, né?

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Da série: gente sabe que está ficando velha quando...

Ontem eu estava vendo as fotos que o meu primo de 16 anos tem no blackberry dele. Este banal ato rendeu dois posts na minha cabecinha. Um deles é:

Vi uma foto de uma lousa branca com círculos desenhados, cortados por ângulos. Aula de geometria. Gui, porque você tirou foto da lousa? “Ah, porque eu fiquei com preguiça de copiar tudo e então tirei uma foto.”

Orra… na minha época não tinha isso, não.

Outra foto era de um papel cheio de quadradinhos, alguns deles pintados. Gui, o que é isso? “É o gabarito da prova. Eles penduraram no mural e então eu tirei foto, porque não tinha como copiar.

Orra… na minha época não tinha isso, não. Eu não tirava foto das coisas na escola primeiro porque seria ridículo pegar aquela maquinona no meio da aula e tirar foto. Não tinha a discrição de um celular. Segundo porque teria que perder tempo e gastar uma grana pra revelar o filme. Não era tão fácil! Tinha mais é que pegar a BIC quatro cores e copiar à mão mesmo.

É… a gente sabe que está ficando velha quando vê os adolescentes fazendo coisas que, na idade deles, a gente não tinha nem como fazer.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Relojes y tiempo

Um dia eu li uma entrevista do Alejandro Sanz (não me julguem) numa revista espanhola. Achei interessante uma coisa que ele falou sobre a idade. Se não me engano, ele estava fazendo 40. Até anotei o que ele falou no meu moleskine (não me julguem).

Ele disse: "Creo que hay cosas que en la vida te marcan mucho más que la edad: que decidas tener un hijo, o irte de misionero a África, los viajes (...)Yo creo que hay gente que tiene relojes y otra que tiene tiempo". Dá pra entender bem, não precisa de tecla SAP não, né?

Experiências profundas e simples números. Gente que tem relógios e gente que tem tempo. É... taí uma verdade, né, Alejandro?

Eu quero pertencer ao segundo grupo, então vou parar com essa frescurite dos 30.

Acho.

Espero.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Tá decidido

No fim do ano passado eu fiz 29 anos. E piorou o medo dos 30, razão da criação deste blog.

Esses dias eu estava pensando e tomei uma decisão: vou fazer 29 pelos próximos cinco anos. Minha pele tá boa, eu tô emagrecendo e ficando mais gatinha, acho que eu engano mais um tempo.

Então fechou: só vou fazer 30 aos 35. E me esforçando pra fazer 35 aos 40 e assim vai.

Não é uma boa?

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Os Fantasmas do Passado

Esse mundinho virtual é foda. Você acha pessoas do seu passado como a professora e os coleguinhas do jardim de infância, a molecada que morava no seu prédio, colegas do colégio e, óbvio, ex. Ex-namorados, ex-amigos. Que bacana. O problema é quando os ex acham você. Pior: acham você e se manifestam, depois de anos. Pior ainda: acham você, se manifestam e ainda por cima dando uma de simpáticos.

Hoje de manhã, estava eu me preparando para mais um dia de labuta quando, ao checar meus emails, me deparei com "Fulano de Tal quer ser seu amigo no Facebook". E uma meiga mensagem dizendo "oi, Nadja, faz tempo que queria me conectar com você". E um sorrisinho assim :) .

Vejam vocês que fofo, não é mesmo? Acontece que Fulano de Tal é o protagonista de uma importante, longa e dolorosa história da minha vida. Fulano de Tal é o cara que arrancou meu coração, jogou futebol com ele, depois cortou em pedacinhos e deu pros cachorros comerem. Fulano de Tal é o cara de quem eu não tinha notícias há quatro anos, desde que deu a merda que deu. Fulano de Tal é o cara que não respondeu o último e-mail que eu mandei toda bonitinha, dizendo tipo "valeu, adeus, tenha uma boa vida", que aliás foi a minha resposta pra um e-mail deveras cuzão dele.

E agora Fulano de Tal "quer ser meu amigo"?? Quer ver as fotos das minhas viagens, dos meus amigos, da minha família, do meu namorado, dos meus bichos?? É o que eu falei esses dias: o Facebook deveria ter três botões da solicitação de amizade, sendo "confirmar", "ignorar" e "NEM FODENDO!". Eu apertaria este terceiro várias vezes neste caso.

Eu tinha certeza absoluta de que esse infeliz ia reaparecer quando eu estivesse bem feliz com alguém. Não deu outra!

Não sei ainda o que fazer. Como amigo no Facebook, repito, nem fodendo. Minha vontade é escrever só um enorme POR QUÊ?, que abarcaria desde "por que você foi tão cuzão comigo?" até o "por que você resolveu me procurar agora?", entre outros. Mas estou entre o ignorar (o que ele fez comigo várias vezes) e o responder sucinta e seca, tipo "bom saber que você tá vivo. Abraço."

Não vou retomar o contato. Não tem mais lugar pra ele nem na minha vida nem no meu coração. Eu seria uma imbecil se desse um mínimo de espaço pra ele agora e mais ainda se deixasse isso ameaçar o amor lindo que aos poucos tô construindo com alguém igualmente lindo. Agora, depois de tanto tempo, sei que na verdade a história toda foi mais fruto de uma idealização minha que realidade. Sofri, chorei, passou e agora tudo isso tá lá na gavetinha de lembranças, de onde não vai sair mais.

Pior é que eu nem pensava mais nele (salvo lembranças muito de vez em quando por algum motivo), mal lembrava da cara dele, e agora parece que ele tá aqui. Parece que ele tá na minha frente, parece que ouvi a voz dele ontem. Eu, hein!

Quem vive de passado é museu. Volta pro mar, oferenda!

domingo, 2 de maio de 2010

A tábua de salvação

A mulherada de quase 30 ou por aí tá complicada. Bem que meu pai fala. Por exemplo: elas mal conhecem um mancebo que parece ser mais bacaninha e pronto, já saem fazendo mil planos e gerando mil expectativas e falando mil maravilhas do rapaz.

Elas não dizem claramente, mas a impressão que dá é que elas acham que o coitado é a tábua de salvação que vai tirá-las do horror absoluto de ser solteira e das trevas da solidão, resolvendo todas as carências delas e levando-as direto pra felicidade suprema que é ter um macho pra chamar de seu. Elas ficam naquela ansiedade. Se eles não ligam é o fim dos tempos, se eles não aparecem mais é o apocalipse. E na maioria dos casos, o que acontece? As moças caem das nuvens e se estabacam rapidinho, rapidinho.

Acorda, mulherada! Homem é um negócio legalzinho, sem dúvida. Tem aquela barba que faz cócegas, aquela voz que arrepia a gente e aquele brinquedinho interessante entre as pernas. Tem aqueles ombros que fazem a gente se sentir protegida (que bobinha que a gente é!) e aquela cabeça que muito frequentemente a gente não entende mas curte. Mas homem não vai tirar ninguém da merda, não!

Quer dizer, pode até tirar, mas não jogue essa responsa nas costas do coitado, que ás vezes nem sabe que tem quase a obrigação de te resgatar da escuridão. Complicado pôr essa carga em alguém, né? Primeiro fique bem com você mesma, curta a sua vida, viaje, aprenda, leia, escreva, saia com as amigas, paquere, dê risada, compre roupas, o que quer que seja que faça você sentir o coração quentinho. Não ache que a sua vida só será boa se tiver um namorado. A sua vida tem que já estar boa - dentro do que você pode fazer pra isso - e depois você vai dividir isso com o felizardo.

Se chegar logo alguém pra compartilhar a vida, UHU! Compartilhe. Viaje com ele, aprenda com ele, saia com ele, dê beijos no pescoço dele e outras coisas mais. Ele tem que complementar o que já era bom, não tornar fantástico o que era horrível. Pense nisso!

E se não chegar o escolhido dentro do esperado, não apele. Não saia se submetendo a coisas que não quer, não ache que aquele cara que te trata como uma boneca inflável um dia vai acabar vendo que você é a mulher da vida dele e que vocês vão se casar e ter bebês de comercial da Jonhson e Jonhson´s. Seja realista e respeite-se acima de tudo.

No fim das contas, a gente tem que ser feliz com o que a gente tem, mulherada!