segunda-feira, 28 de junho de 2010

Preguiça de ser hexa

Ai, gente, tô com preguiça de ser hexa. Claro que estou torcendo muito pro Brasil, embora esteja com um pezinho atrás, mas quando penso quantos problemas o hexa traria pra gente, já me dá um bode...

O primeiro problema que eu penso é: onde a gente colocaria a sexta estrela na camisa do Brasil? Não cabe mais estrela em cima do escudo da CBF! Ia ter que diminuir as estrelas pra caber mais uma, será? Espremê-las? Colocar uma embaixo? Ou em cima das outras? Teria que fazer tipo um puxadinho no desenho pra colocar a estrela a mais? Onde ficaria melhor? Que decisão difícil!

A gente também ia ter que renovar camisas, faixas e tudo o que diz coisas do tipo "rumo ao hexa", já que não dá pra voltar a usar essas coisas na Copa que vem se ganharmos essa. Fica feio usar coisa tão obviamente velha, não cai bem. E lá se vai o nosso dinheiro!

O hexa também forçaria a gente a fazer enormes esforços físicos. Por exemplo, a gente seria obrigado a usar um dedo a mais pra mostrar pros argentinos que a gente é hexacampeão. Os cinco de uma mão já não bastariam. Olha a força que a gente teria que fazer pra levantar o dedo da outra mão! Além disso, é muito duro ficar gritando tantos gols, isso acaba com as cordas vocais da gente. De tanto tocar cornetas e vuvuzelas da vida, vai que a gente fica com problema no pulmão? Ficar pulando a cada lance de risco e a cada gol também é superproblemático, deve prejudicar os joelhos, as articulações. Pode dar um mau jeito no ombro quando a gente joga os braços pra cima com os punhos cerrados pra comemorar. E o risco de ficar com cirrose pra quem bebe pra festejar as vitórias brasileiras? Sem falar do nervoso que a gente passa a cada jogo, que pode dar úlcera, picos de estresse e até, deus-me-livre-e-guarde, um infarto. Complicado, gente! Lá se vai a nossa saúde - e o nosso dinheiro de novo!

Outra coisa complicadíssima é pronunciar "hepta". Nem soa bem ficar falando "heptacampeão!", que é o que a gente teria que dizer em 2014, bem na nossa casa, se o Brasil fosse o campeão da Copa da África do Sul. E o que rima com hepta?? Nada! Como a gente faria musiquinhas? "A seleção adversária é inepta/ Brasil rumo ao hepta?" "Das boas jogadas a gente é adepta/ Desta vez o Brasil é hepta?" Horrível, né, gente? A gente já tem esse problema com "hexa". "Penta" pelo menos rima com "tenta". E agora hepta? Tá louco!

E o estresse de organizar tantos eventos? É ver onde você assistir ao jogo, ou chamar a galera pra ver com você e ter que comprar comida e bebida, perder horas de trabalho, pegar trânsito antes dos jogos... uma confusão! Fora as prefeituras que têm que botar telão em praia ou em praça, fazer todo um fuzuê, depois limpar a sujeirada que o povo deixa. Tanta festa a toda hora enche o saco, né?

O hexa poderia chegar até a complicar nossas relações internacionais. Qualquer país demoraria anos pra alcançar a gente. A Itália, que é a que está mais perto da gente com os seus quatro títulos, já voltou pra casa. Vai que os outros países ficam com inveja e fazem tramóias pra prejudicar a gente não só no futebol mas no âmbito econômico e político? Vai que o Mercosul, que não é grandes coisas, desanda de vez? Vai que declaram guerra contra a gente pra acabar com essa pose do Brasil no futebol? Imaginem só, amigos da Rede Globo!

Por todos esses graves problemas que eu nem sei se vou ficar triste caso o Brasil perca esta Copa (bate na madeira e vira essa boca pra lá, Nadja!). É muito duro ser brasileiro quando se trata de futebol, né? A gente sofre horrores! *suspiro*

domingo, 27 de junho de 2010

Se Vira nos Quase 15

Comprei uma revista que fala sobre a crise dos 40. Estou bem longe dessa por enquanto e, como se deduz pelo nome do blog, ainda atravessando a dos (quase) 30.

Não li a reportagem toda ainda, mas folheando a revista vi que uma filósofa disse que há dez anos, quando começou o século, uns cientistas chegaram à conclusão de que tem que descontar 15 anos da idade das mulheres hoje em dia, comparando com as de 100 anos atrás.

Diz a filósofa: "temos 15 anos a mais de juventude para desfrutar, porque há uma visão muito mais positiva das capacidades femininas. As mulheres se cuidam mais, comem melhor, estão menos fechadas e se realizam pessoalmente. Há mais vitalidade e mais projetos (...)".

Por essa conta, nós de quase 30 na verdade temos quase 15. Que beleza, então nem sou tão véia quanto eu pensava! Vou lá curtir minha adolescência e já volto!

terça-feira, 22 de junho de 2010

Escolhendo suas brigas

Hoje um colega de trabalho quase amigo brigou comigo por besteira. Brigou feio. Por algo mínimo, sem importância. A empresa não deixaria de ser o que é pelo que ele estava discutindo, nem perderia dinheiro, nem nada. De um probleminha, ele fez um problemão. Levou pro lado pessoal, teve uma postura bem pouco profissional me agredindo e agredindo quem trabalha comigo também. Por nada. E não foi a primeira vez.

Além de ficar passada na manteiga Teixeira, fiquei pensando cá com os meus botões: como a gente tem que escolher as nossas brigas nessa vida, né? Ás vezes a gente não pode, quando vai ver já está no olho do furacão - foi o que aconteceu comigo hoje, eu fui oferecer um chocolate para o indivíduo e ele já começou a vomitar os impropérios pra cima de mim. Mas ele sim poderia ter escolhido melhor o motivo pra ficar esquentado desse jeito.

Quanto desgaste por pouco... como a gente fica nervosa e se sente mal por coisas tão pequenas... quanta picuinha... precisa mesmo de tudo isso?

Antes de sair batendo o pé e dando porrada por aí - literalmente ou não - tem que pensar antes. O que vai mudar essa briga? Alguém realmente está me desrespeitando, ou fazendo a minha vida mais difícil do que já é? Isso realmente me incomoda a ponto de eu ter que rodar a baiana? No caso do trabalho, o que isso vai mudar para mim, para o meu departamento, para a empresa? Vale mesmo a pena brigar?

Temos que tentar escolher o que vai deixar a gente possessa. Brigar feio assim muitas vezes nem serve pra nada, só pra deixar a gente nervosa e com aquele peso de coisa desagradável no estômago. E aos poucos ficar assim sempre acaba com a gente, né? Gastrite, problema no coração, dores de cabeça... e o pior de tudo: RUGAS! O horror, o horror!

Tem mais é que respirar fundo, contar até dez, 20, 100, e pensar ESCOLHA SUAS BRIGAS antes de sair gritando cobras e lagartos pro povo. E dá-lhe maracujina!

quarta-feira, 16 de junho de 2010

É tudo palhaço?

A mulherada adora xingar os homens. Dizer que não prestam, que são uns bostas. Se eles dão um fora, são filhos da puta. Se não dão e simplesmente somem, são uns covardes idiotas. A gente vive botando os machos pra baixo de cu de cobra, né? Vide o sucesso do Homem é Tudo Palhaço, que é bem legal mas ás vezes exagera, na minha humilde opinião. Será que eles são mesmo tão péssimos assim?

O problema não são os homens, amiguinhas. O problema é o ser humano, esta coisinha muito complexa e intrincada. Ou vocês se acham simples e perfeitas? Ou relacionamentos lésbicos são perfeitos, já que homens seriam o problema? Qualquer forma de relação entre seres humanos tem algum problema. Não é só culpa deles!

A gente se preocupa tanto em falar mal dos rapazes que raramente reflete sobre as nossas atitudes em relação a eles. Acho que a gente só pensa nelas com inseguranças e neuroses, tipo "ele não deve ter gostado de mim porque sou gorda!". Mas dificilmente a gente pensa com lucidez ou vê que nossas atitudes, e não a nossa pobre pessoinha em si, podem ter afastado o pretendente.

E se a gente fosse menos ansiosa? E se a gente escutasse em vez de vomitar palavras até deixar eles sem rumo? E se a gente não enchesse o saco com coisas que não valem a pena? E se não tivéssemos tanto ciúmes? E se a gente não criasse tantas expectativas? E se a gente não se deixasse envolver por quem a gente sabe que não deve, tipo homem casado?

Óbvio que tá cheio de cretinos por aí. Todas nós já nos deparamos com algum. Homens sem caráter, ou que não estão nem aí pra nada, mulherengos, enfim, os famigerados filhos da puta. Mas não dá pra generalizar, né? Neste mundo tem muito mocinho bom e de família, como diria minha vó. Não tem só moço que não presta!

Prefiro acreditar que boa parte das mancadas deles é por imaturidade, insegurança ou só por pensar diferente da gente. O que pra eles é um comportamento normal, pra gente pode ser uma falta de consideração, por exemplo. Parem pra pensar em todas as coisas que os mocinhos já aprontaram com vocês. Com outro ponto de vista, provavelmente vocês vão ver que boa parte delas não foi filhadaputice pura e simples.

Hoje li um post ótimo da Gisela Rao no Vigilantes da Autoestima. Ela falava de um tema mais específico, mulheres que são "mães" dos seus respectivos. Mas uma frase dela, ótima aliás, me fez pensar: "Depois não reclamem se eles preferem ver na frente o chupa-cabra a uma aliança de casamento. Cuida da sua vida, da sua autoestima. Deixa o bofe em paz!". Taí uma verdade, né, Gisela?

Se homem é tudo palhaço, a mulherada também tá disputando com eles um lugar no picadeiro, viu...

domingo, 13 de junho de 2010

Da série: a gente sabe que está ficando velha quando...

Sabe quando a gente vê foto nossa e fica botando defeito? Todo mundo faz isso, né? Por que será? Será que a gente vê mais as nossas tortices do que as alheias? Porque torto, no sentido de não perfeitamente simétrico, todo mundo é!

Mas atualmente eu vejo mais que tortices. Eu vejo olheiras que antes não estavam lá. Rugas ainda não, mas uns projetinhos de ruga, dependendo da luz. Os cabelos brancos ainda não saem na foto, mas não vai demorar muito pra isso acontecer, viu?

É... a gente sabe que está ficando velha quando vê nas fotos defeitinhos que não tínhamos antes.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Barrinha de cereal

Taí uma coisa que define o adjetivo "sem-graça": barrinha de cereal.

Você já viu alguém falando "nossa, que vontade de uma barrinha de cereal agora"? Nem eu. A gente até come, uns mais, outros menos, mas é porque é diet, né? Não é porque gosta.

Colocam pedacinhos de frutas secas, de não sei o quê, cobertura de uma coisa com sabor de chocolate que não é chocolate, mas não adianta: nada tira aquela impressão de estar comendo isopor com papelão moído.

Um dia, comendo uma barrinha de menta com chocolate (90 calorias segundo a embalagem), eu pensei em duas coisas. Primeiro: será que não vale mais a pena comer um Baton, que tem 60 calorias, e matar a vontade de doce com doce mesmo e não com essas misturebas? Será que não é meio enganação a gente achar que barrinha faz bem? A barrinha sustenta mais que o Baton, é verdade, mas é bem menos gostosa... Bom, sei lá.

E outra: não tem umas pessoas muito barrinha de cereal? Que por mais que a gente tente achar que é legal, dar uma chance, são difíceis de engolir? E não há coca-light que ajude a descer!

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Belezoca

Parafraseando Vinicius de Moraes, os feios que me desculpem, mas beleza é fundamental. Não digo que a gente deva sair só com rapazes que poderiam ser o Ken, namorado da Barbie, em escala humana. Tampouco creio que um pretendente tenha que ser lindo acima de tudo. Também não acho que só a aparência conta, de jeito nenhum.

Mas um mínimo de harmonia estética é sempre bem-vindo, né? Um ombrinho largo, um maxilar de respeito. Não gosto de homem feio pra dar beijinho. Pois é, falei. Óbvio que nenhum dos que passaram pela minha vida era perfeito ou um modelo de grandiosidade masculina, mas todos eram no mínimo palatáveis. Eu acho o que está atualmente ocupando a vaguinha do meu coração uma belezura só, mas eu sou suspeita pra falar, né?

É claro que o que pra mim é bonito, pra você pode não ser, e vice-versa. Eu posso achar aquele carequinha mais feio que trombada de fusca com caminhão, mas vai ver que você achou nele um detalhinho que te agradou e pronto, você acha ele lindo. Também tem a lente do amor, que faz o objeto visto através dela parecer uma coisa iluminada de Deus mesmo sendo feioso, né? Taí uma das belezas dessa vida.

Diz a sabedoria popular que quem ama o feio, bonito lhe parece. Mas a minha tia diz que quem ama o feio, é porque o bonito não aparece. Adoro! Quem será que tem razão?