sexta-feira, 30 de julho de 2010

Eles sempre voltam

Esses dias aconteceu algo engraçado. Um rapaz com o qual saí umas duas vezes só me chamou no MSN, como ele faz de vez em quando. Disse que queria me ver.

Coitado, ele é um moço muito bonzinho, por isso até que resolvi dar uma chance na época, mas não rolou. Foi tão excitante quando beijar uma folha de papel sulfite. Mandei um "não é você, sou eu" pro rapaz - o que me fez ver que realmente é mentira quando te dizem isso - e fui viver.

Mas o moço encafifou com a minha pessoa e sempre dá um jeito de manter contato. Sendo que a história toda já tem mais de dois anos, a gente nunca mais se viu e ele tá careca de saber que eu namoro.

Respondi "já nem sei mais o que te dizer" porque já cansei de dar fora no pobrezinho. Ele nem respondeu (graças a Deus).

Enquanto ele falava comigo, abri meus emails e tava lá um "Fulano de tal quer ser seu amigo no Facebook". Esse Facebook é do peru, né? É cada Fulano de Tal que me aparece que vou te contar...

Desta vez, Fulano de Tal era um mocinho no qual eu dei umas duas ou três bitocas numa noite qualquer, que eu me lembre foi uns meses antes de eu sair com o papel sulfite. Em poucos minutos, Fulano teve as manhas de demonstrar ser um belo de um idiota. Beijei porque, como diz uma prima minha, ele estava tão quentinho e cheiroso. Mas enfim. Sabia o nome completo do rapaz porque ele me deu um cartão dele, depois me adicionou no MSN ou algo assim. Nunca mais nos falamos. Mas só há pouco tempo, durante aquelas limpezas gerais, eu joguei o cartão dele fora. E eu me pergunto: por que ele "quer ser meu amigo?" Ele não deve nem saber quem eu sou!

Aí fiquei pensando com os meus botões, relembrando fatos e fotos desses meus quase 30, e cheguei a uma conclusão: eles sempre voltam, né? Incrível! Na verdade, o que quero dizer com isso não é que os rapazes sempre voltam a procurar a gente, mesmo porque infelizmente a gente sabe que não é bem assim. Mas parece que a gente sempre encontra os mocinhos em algum lugar, ou fica sabendo da vida deles de algum jeito, e eles voltam a estar na pauta do dia da nossa vida, mesmo que brevemente. E hoje em dia então, com internet, Facebook, Google e etc, isso é ainda mais fácil. Até na Caras já fiquei sabendo de um moço do meu passado! Meu primeiro namorado, do qual não tinha mais ouvido falar desde 1996, estava numa fotinho em um evento, parece que é gerente de um hotel. Achei muito louco!

Parem pra pensar e vocês vão ver como é verdade o que estou dizendo. Parece que, no fim das contas, ninguém sai definitivamente das nossas vidas...

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Cara de bunda

Li hoje no G1 uma matéria dizendo que cada vez mais brasileiras colocam silicone no bumbum. Não, ninguém falou pra elas "enfia esse silicone no cu!", elas só fizeram uma plástica pra deixar a traseira mais arredondada. Tá bom, problema delas. Será que a bunda brasileira, tão famosa no mundo inteiro, já não é mais a mesma? Sei lá. Mas enfim.

Na verdade, o que me chamou a atenção na matéria foi a frase de uma mulher de 41 anos que passou pelo procedimento há menos de um mês. Ela disse: "O resultado foi maravilhoso. Foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida. Qualquer calça cai bem, estou muito satisfeita. Ficou um bumbum redondinho, durinho e empinado”.

"Foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida". Esta frase ficou ecoando na minha cabeça. Fiquei passada! Relembremos: ela tava falando do silicone no rabo. A melhor coisa da vida de uma mulher de 41 anos, que já deve ter vivido tanta coisa, foi ter uma bunda supostamente mais bonita??? Meu Deus!! Que vida essa mulher teve?? E que mundo é esse, onde a melhor coisa que acontece na vida de alguém é ficar com "um bumbum redondinho, durinho e empinado?"

Fiquei imaginando uma conversa com essa mulher, ou a entrevista em si. Será que ela disse mesmo que a melhor coisa que aconteceu na vida dela foi isso? Imaginei continuações: "A segunda melhor coisa da minha vida foi ter tido meu filho Carlinhos, de 7 anos"; "meu marido adorou, agora ele só me chama de 'minha tanajura'"; "fiquei uma semana deitada de bruços, meu chefe não perdoou as faltas e me demitiu, mas valeu a pena!". Coisa mais ridícula!

No fundo, coitada. A vida de alguém precisa ser muito cocozenta pra que bunda a mais ou a menos ganhe tanta importância. Mas vai ver ela estava só exagerando: na verdade, é o que eu espero.

Se bem que, se a vida dela é boa ou não, e daí? Agora com certeza tudo vai melhorar, afinal qualquer calça cai bem nela. E o que mais a gente quer da vida do que uma bunda boa pras calças caírem bem, não é mesmo?

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Quem disse?

Boa parte dessa minha crise dos (quase) 30 é achar que a minha vida já deveria estar resolvida a essa altura do campeonato. Que eu já deveria saber direitinho o que eu quero e que já deveria ter feito ou estar fazendo todas as escolhas supostamente necessárias para chegar aonde eu quero.

Mas esses dias eu pensei com os meus botões: quem disse? E isso originou uma série de perguntas.

O que é tão urgente que eu tenha de fazer JÁ e não possa fazer aos 31 por exemplo? Por que eu já deveria ter certeza absoluta do que eu pretendo pro resto da minha vida profissional e pessoal, sendo que ainda tenho muito tempo pela frente e nunca se sabe o dia de amanhã? Por que eu acho que já deveria ter alcançado o auge da minha carreira? Só porque alguns já alcançaram na minha idade? Ou porque eu acho que alguns estão melhores que eu? Mas melhores em quê? Ganhando mais dinheiro é estar melhor?

Sim, eu estou um pouco perdida. Sim, estou avaliando as alternativas que se apresentam ou que eu acho que tenho. Estou perdida não por falta de opção, mas por excesso. Olha só que beleza, dona Nadja! Um mundo de opções à sua frente! Por que não curtir isso e ir apostando algumas fichas em cada uma, ao invés de ficar angustiada?

Acho que a gente não necessariamente precisa ter um plano de vida exatinho numa planilha de excel. Mas tem que ir fazendo a nossa parte pra poder ter alternativas e assim poder escolher um rumo quando chegar na encruzilhada. Uma parte das coisas que acontecem na vida é sorte, é acaso, mas tem uma parte bem importante que é responsabilidade nossa. Então estude, viaje, conheça gente, se cuide. Nada vai cair do céu, ninguém vai bater na sua porta oferecendo um trabalho bacana, um marido, a felicidade.

Mas bem que poderia, né?

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Casamento gay

Aqui onde eu moro tá um bafafá porque estão discutindo sobre o casamento gay no Senado. Há cartazes por todos os lados sobre isso, tanto contra quanto a favor. Agrupações religiosas fizeram uma marcha hoje contra a lei. O slogan deles é "as crianças tem direito a pai e mãe".

Biológica e logicamente, é preciso um homem e uma mulher para se fazer um filho. Puxa, vejam só. Mas quanto à educação, eu acho que o fato de uma criança pertencer a uma família "tradicional" não é garantia de nada. Aliás, ás vezes isso até atrapalha, por exemplo quando os pais fazem um esforço enorme para manter esse modelo de família mas acabam frustrados e infelizes, transmitindo toda essa carga para os filhos e dando nós na cabecinha deles.

A garotada têm direito a ser bem criada, bem educada, saudável, feliz. Um pai e uma mãe não garantem tudo isso só por serem um homem e uma mulher. Isso é o de menos. O equilíbrio, a dedicação, a disponibilidade e o amor são bem mais importantes que o sexo de quem cria. O que é melhor, um casal hetero totalmente neurótico e que mal consegue lidar com as próprias vidas cuidando de uma criança, ou pessoas equilibradas e bem-resolvidas que se relacionam com alguém do mesmo sexo? Eu acredito na segunda opção, sem dúvida.

Tem também o aspecto legal da coisa, que na verdade é o que se está discutindo. Hoje ouvi no rádio um homossexual falando sobre o tema e concordei com cada palavra que ele disse: que perante a lei somos todos iguais, só que heterossexuais podem se casar perante a lei mas os homossexuais, não. Então não somos todos iguais, né? Que paradoxo.

Fora que na verdade a lei só respaldaria situações que já existem, afinal se sabe que casais gays adotam crianças no nome de um deles ou têm filhos por inseminação artificial, como o Ricky Martin e... bom, eu ia dizer Cristiano Ronaldo, mas esse é duvidoso (se bem que aquelas paradinhas antes de bater falta e as caras e bocas durante os jogos não me enganam, hummmm...)

Tem também o fato de que, para um estado laico, supostamente preceitos religiosos não influem nas leis. Então por quê só um homem e uma mulher podem se casar, assim como na Igreja? Uma coisa não é uma coisa e outra coisa é outra coisa?

Aliás, não vou nem entrar no âmbito religioso da coisa toda, mas só digo que aí também há vários paradoxos. Exemplo: supostamente Deus criou tudo. Só não criou o homossexualismo? Por quê? E aquela história de bondade, tolerância, tudo isso não se aplica a meninos que gostam de meninos e meninas que gostam de meninas? Quem disse?

Voltando à bichinha na rádio, ele disse que se aprovarem a lei não significa que vão sair dando crianças para casais gays. Não vão nas portas das baladas gays com pimpolhos pra bicharada escolher. Só vão poder decidir, por exemplo, "este casal gay pode adotar", "este casal hetero não", e vice-versa. Taí uma verdade, né, bichinha?

Em um mundo onde há cada vez mais gente, cada vez mais misturas, cada vez mais mudanças e, portanto, cada vez mais diferenças individuais, o respeito ao próximo, a compreensão e a tolerância devem ser prioridade. Uma família composta por um casal gay pode ser "diferente" do tradicional, mas os tempos mudam e as sociedades avançam, né? Ou pelo menos tentam, porque ás vezes ficam atravancadas por causa de gente retrógrada que se aferra a ideias do arco da velha.

Deixem os gays se casarem, gente! Podem ter certeza de que isso não vai mudar nada na vida de ninguém a não ser na deles e na dos envolvidos, não na minha e nem na de quem é contra o casamento homossexual. Se a gente pode, por que eles não?

domingo, 4 de julho de 2010

Melhor assim

Ai, gente, ok, a Copa acabou pra gente. Mas melhor assim, porque como disse no meu post anterior, o hexa seria muito problemático. E pelo menos a gente teve o consolo de ver a Argentina tomando 4 gols da Alemanha... não, não vou fazer nenhuma piadinha do tipo "de 4 é mais gostoso".