quinta-feira, 30 de setembro de 2010

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Da série: "diálogos incríveis pelo MSN"

Contexto: era um dia, anos atrás, em que eu e a pessoa com quem eu conversava tivemos pequenas decepções amorosas.


N - coloquei uma frase em nossa homenagem (nota: coloquei na frase do MSN “el día de los corazones partidos”)

L – hehe. Eu vi. É consolador...

N - saber que tem mais gente no mesmo barco

N - o barco dos rejeitados haha bom, se bem que vc não foi rejeitado, né

L - se juntar muita gente dá pra fazer uma festona no barco!! hahaha

N – hahahaha aí seria a suruba dos rejeitados

L - não, mas eu tava começando a gostar mesmo dessa mina

L - hahahaha

L - pronto mudei minha mensagem tb. Algo mais positivo (nota: ele colocou “suruba dos rejeitados”)

N - hahahahahahahaha

L - vou criar um evento no facebook

N – HAHAHAHAHAHAHAHA ótimo

L - Suruba dos Rejeitados - Garanta já a sua entrada

L - hahahaha

N - hahahahahahaaha

N - melhor que "dia dos solteiros", né

L - claro, eu prefiro mil vezes ir a uma suruba dos rejeitados

N - mais divertido pelo menos

N - a gente pode até fazer um jingle

N - em vez de dizer "eu tô na lanterna dos afogados" a gente diz "eu vou pra suruba dos rejeitados". Canta pra ver, cabe direitinho

L – hahaha versão axé

(...)

Passa um tempo. Uns cinco minutos. E eu:

N – Meeeeu, agora que me toquei que "garanta já a sua entrada" tem duplo sentido hahahahaha

*******

Contexto: um rapaz fedendo a suor com talco estava perto de mim

N - tô sentindo o aroma

B - viu só... a vó dele ficou com o estoque de talco desfalcado

N - vale lembrar que ele tem namorada

B - outra fedida ou então tem tara por gente que cheira mal

B - afinal aquele outro lá da outra sala vem fedendo todos os dias e é casado

N - o amor, além de cego, não tem olfato

B - e não toma banho

B- imagina as partes íntimas

N - dá-lhe queijinho

B- que nojooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo

N - talvez elas gostem

N - comam com pão

B - ecaaaaaaaaaaaaa

B - o do meu ex tinha cheirinho de sabonete hehehe

N - cheirinho de PAUmolive HAHAHAHA

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Frase do dia

Casar-se é como comprar uma coisa que se passou anos admirando na vitrine. Você pode adorar a compra e só então descobrir que ela não combina com o resto da casa. (Jean Kerr, escritora)

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Olhos de turista

Uma das coisas que mais amo nessa vida é viajar. Adoro mudar de ambiente, ver como as pessoas vivem em outros lugares, aprender sobre a cultura, a língua e a história e sentir que não pertenço àquele lugar, mas que a partir do momento em que estive lá ele vai fazer parte de mim de alguma maneira. Tirar fotos, ficar olhando a paisagem e pensando na vida, ler as placas e não entender direito, fazer comprinhas, ficar fascinada com a arquitetura ou com a natureza, reparar nas pessoas, não ter horários fixos, passear... amo muito tudo isso, como diria o filósofo Mc Donald´s!

Só que nem sempre dá pra viajar quando a gente quer, e menos ainda pra outros países. Viajar demanda tempo e dinheiro, e não é tão fácil ter os dois na mesma oportunidade. Então será que estamos condenados a viver nossa vidinha mais ou menos só na rotina e nos lugares de sempre até que todos os fatores se alinhem a nosso favor e possamos nos libertar?

Não, minha gente! O bom é que também dá pra curtir bastante sem sair da nossa própria cidade. Quando foi a última vez que você foi a um ponto turístico da sua cidade, se é que já foi alguma vez? Você já saiu por aí com uma máquina fotográfica na mão registrando belezas, feiúras, detalhes e curiosidades de lugares próximos a você, ou até pelos quais você passa todos os dias? Você já saiu de casa pelo simples gosto de passear, sem um objetivo definido como ir ao supermercado ou ir visitar a tia?

Todos nós de vez em quando deveríamos sair pela cidade onde moramos com olhar de turista. É como o marido que já quase nem olha pra mulher com quem se casou há mais de 20 anos e de repente, em um momento especial, a vê com outros olhos, lembra quais são suas belezas e volta a se sentir apaixonado. Renova e reanima!

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Voltamos já já, depois dos comerciais

Hoje estou saindo de férias. Programei uns postinhos pra não deixar o blog abandonado, então não me deixem só. Vocês vão ter que me engolir, como diria o grande filósofo Zagallo.

Espero voltar feliz e contente, cheia de histórias pra contar, fotos lindíssimas, recordações maravilhosas e, claro, comprinhas, que eu também sou filha de Deus.

Delícia!!

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

No vestiário da academia

Muito bem, dona Nadja! Venceu a preguiça e veio pra academia. Chegou a inventar várias desculpas, como sempre, mas não aceitou nenhuma e veio. Boa! Agora vai lá se trocar.

É, vestiário de academia é uma coisa engraçada. É divertido ver a variedade de corpos femininos: mais branquinhos, mais escurinhos, magrinhos, gorduchos, velhos, novos, com plástica, naturais. Esses com certeza são silicone. Esses não, mas um siliconinho ajudaria. Nossa, que calcinha feia. Que coxa torneada, olha só... quanto tempo mais pra minha coxa ficar assim? Uns 10, 15 anos? Merda. E essa magrinha, que magriiiinha... e essa gorducha, deve estar aqui pelo mesmo motivo que eu. É duro, né, amiga?

Também é curiosa a variedade de pudores: algumas não fazem nada sem se cobrir com uma toalha e só a tiram quando já estão pelo menos de lingerie e camiseta. Ou fazem malabarismos pra colocar o maiô sem tirar toda a roupa de uma vez. Em compensação olha aquela lá, batendo mó papo com a colega só de calcinha. Bom, ela deve ter pago caro por esses peitos, talvez por isso queira mais é mostrá-los mesmo. Ai meu Deusinho, esta senhora está totalmente pelada e parece que vai se agachar pra pegar os chinelos. Sim, ela está se agachando, ai ai ai, olha pro outro lado, Nadja... tarde demais. Tudo bem que todas nós temos cu, mas precisa mostrar ele pro mundo assim sem mais?? Poxa, minha senhora! Nem o seu marido deve ver com frequência o que eu acabei de ver.

Cara, eu sou uma coisinha estranha. Passo um tempão escolhendo a roupa do dia, vendo o que combina com o quê mas sem que seja tudo "combinandinho", que nem uma colega que bota sombra rosa, camiseta rosa e tênis preto com a meia rosa. Ai, que irritante. Mas na academia ligo um foda-se, né? Não faço tanta questão de estar gatinha, mesmo porque eu sempre saio suada, descabelada e com a cara muito vermelha, parecendo uma cereja superdesenvolvida. Não há roupa que me deixe bonita nessas condições, então pra quê o esforço? Nem tô paquerando mesmo... até aí não tô paquerando em lugar nenhum e tento estar sempre bonitinha. Sei lá. Hoje vai ser camiseta preta da Fórmula 1, bermuda azul e... tênis preto com meia rosa. Quem mandou falar mal da coleguinha?

Falando em meia, foi legal aquele dia em que eu esquci de trazer meia. "Foda-se" com fé, agora já tô aqui mesmo, e lá foi dona Nadja G. fazer ginástica com meias 3/4 cor-da-pele, enfiando-as por baixo da barra da calça pescador. Não sei o que é pior, alguém ter visto e achar que eu estava sem meia ou ver que era dessas meias finas. O horror, o horror. Bom, vamos lá, acaba de se trocar.

Camiseta, monitor cardíaco, tênis. Taí uma coisa que não sei fazer: amarrar cadarço. E saber se é "cadarço" ou "cardaço" ou sei lá. No meu boletim do prézinho veio que eu não sabia amarrar. Eu lembro. Vinte e seis anos se passaram desde que eu era uma linda criancinha de bochechas rosadas e eu ainda não aprendi. E também continuo tendo as bochechas rosadas. Meu amor por pizzas também não mudou desde aquela época, quando o grande pavor da minha vida era a manicure da minha mãe roubar a minha pizza como ela ameaçava. Desgraçada. Aliás, se a gente for pensar talvez tenha sido essa minha íntima relação com a pizza e outros carboidratos que me trouxe a esta academia, né? Se não fosse isso, quem sabe eu seria mais magra. Mas não. Então vamos lá.

Oi, tudo bem? São essas as minhas coisas. Como chama onde a gente deixa as bolsas na academia? Chapelaria? Sei lá. Meu numerinho. Cuidado pra não perder como naquele dia.

Prender os cabelos. Cacete, desde que cortei o cabelo curto tá difícil de prender, ficam caindo mechinhas por todos os lados. Fivelinha aqui, fivelinha aq... não. Mais pra cima. Pronto, vamos lá.

Força!!!

domingo, 19 de setembro de 2010

Qual é a sua relação com a moda?

Não seria um exagero dizer que hoje em dia a moda é um dos pilares da nossa sociedade. Além de ser uma indústria que move bilhões e bilhões em todo o mundo, essa "entidade" - tão entidade como "a mídia" ou "a Globo" - dita comportamentos, modos de pensar e influi de alguma maneira na vida de todo mundo.

Comida gourmet, carros crossover, prédios neoclássicos, IPad, ir pra Turquia nas férias, twitter, facebook, meninas beijando meninas na balada, ser emo, calças fosforescentes, esmalte verde-água, vuvuzelas... a lista do que está ou esteve recentemente na moda continua, mas pode estar desatualizada quando você acabar de ler este post.  A moda é efêmera e ás vezes você só fica sabendo da existência de uma quando ela já passou, como uma estrela cadente.

Mas neste post vamos nos ater à moda no sentido de o que a gente coloca sobre o corpo antes de sair na rua pra pelo menos cobrir as partes pudendas e, dizem, mandar alguma mensagem pro mundo, desde "ei, estou alegre, coloquei uma camiseta colorida" até "uso preto e coturno, não quero falar com ninguém".

Você se liga no que está na moda pra se vestir? Vê revistas, dicas, blogs sobre isso? Já tá usando seu clog, pintou sua unha de azul cueca fosco, comprou sua legging florida e sua camiseta navy? Ou tá feito cavalo na parada de 7 de Setembro - cagando e andando - pra tudo isso?

Particularmente, eu até gosto de ver coisas sobre moda ás vezes e vitrines. Me distrai. Gosto de design, de coisas coloridas, de ver as combinações. Daí a usar o que dizem que eu tenho que usar... não quero ser igual a todo mundo. Não que eu seja "a diferente", mesmo porque ser diferente hoje em dia na verdade é ser igual a outros "diferentes". Mas não faço questão de seguir tendências, uso o que acho bonito e que fica bem no meu curvilíneo corpinho. Posso até me inspirar em algo que vi, em alguma pessoa que acho estilosa, mas tento fazer o meu próprio estilo e não seguir o dos outros.

E você?

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Da época que eu era solteira

Fuçando meus arquivos, achei um texto engraçadinho que veio lááá do passado em um email que mandei pra uma amiga . Resolvi publicar aqui com pequenas modificações porque muitas solteiras de quase 30 vão se identificar com a situação com certeza! Lá vai:

"Deus ou o que quer que haja lá em cima ouviu minhas preces, mas ou ele as levou muito ao pé da letra ou ele está sendo bem irônico comigo, deve estar lá em cima rindo e falando 'ué, não era isso que você queria?'

Resolvi sair com um rapaz do meu inglês que dava em cima de mim. Ele nunca me atraiu em absolutamente nada, muito pelo contrário, mas resolvi dar uma chance porque todo mundo sempre disse que eu era exigente e nunca dava chance pra ninguém, o que não era mentira, então vamos ver. Ele é bacaninha, poxa.

Saímos uma vez. Bonzinho o moço, um amor, me levou no cinema. Depois fomos comer pizza. Bonzinho o moço, um amor. Nem tentou me beijar, apesar de se insinuar o tempo todo. Puxa, que respeitador, bonzinho o moço, um amor.

Saímos uma segunda vez, depois que o rapaz falou todo santo dia comigo no MSN. Fomos comer e depois fomos tomar sorvete. Bonzinho o moço, um amor. Me deu uns selinhos no carro quando deixei ele em casa e só. Puxa, que respeitador, bonzinho o moço, um amor, mas podia ter dado um beijo decente, né? Já não me atraaai - e de camiseta laranja, menos ainda - e ainda não me pega de jeito... sendo que o "de jeito" que eu digo é apenas um prosaico beijo, um beijo anatomicamente correto, lábios, língua, coração acelerado e aquela coisa toda.

Desanimei.

'Dá mais uma chance', diziam as amigas. 'Dá mais uma chance', dizia a mamãe. 'Dá mais uma chance', dizia o mundo. E o rapaz, coitado, MSN todo dia, todo fofo, poxa, preciso de alguém que me trate bem, eu que andava me sentindo um par de peitos ambulante.

Terceira vez.

Foi a última.

Meu, bonzinho o moço, um amor, mas pelo amooor de Deus ou o que quer que haja lá em cima, quem aos 29 anos não sabe beijar??? Beijar! Não digo atingir o ponto G, fazer a gente ter orgasmos múltiplos ou o canguru perneta, mas apenas BEIJAR!

A gente foi em um barzinho, e ele passou a porra da noite inteira me dando selinhos e beijos na mão e selinhos e beijos na mão e selinhos e beijos na mão. 'Ok, vai ver que é porque estamos em público'. E ele é tão bonzinho o moço, um amor. Mas entramos no carro e selinhos selinhos selinhos... pra você ter uma idéia, eu virei pra ele e disse 'por que você não me dá um beijo BEIJO?' hahaha jurooo pra você ver como estava a coisa!

Cara, aí ele até tentou mas o que ele entende por beijo BEIJO eu entendi como ... papel em branco. Vazio. Nem tesão, nem carinho, nem vontade, nem nojo, NADA. Bonzinho o moço, um amor, mas não dá. Eu tentei, juro que tentei. Porque ele é realmente bacana, trabalhador, inteligente, culto, atencioso. Só que não adianta ele ter todas essas qualidades, ser bonzinho, um amor, mas eu não ter a menor vontade de ficar com ele, certo? A menor. Eu penso em dar mais uma chance, mas já me sinto tão mal só com a idéia que não vale a pena. Não?'

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

O preço da paixão

Ontem saiu uma matéria no site da Folha de São Paulo dizendo que se apaixonar "custa" dois amigos próximos, ou seja, que quando você começa um relacionamento você acaba se afastando de pelo menos dois amigos. Se você leu estas frases e não pensou "ah é? Foda-se", leia a matéria aqui

Não sou nenhuma pesquisadora de Oxford ou expert em comportamento, mas li a matéria e pensei "taí uma verdade, né, Folha?". A gente passa mais sábados enfurnadas com o eleito, deixa de fazer programas que antes fazia com a turminha, e isso aos poucos inevitavelmente afasta os amigos, principalmente os solteiros que ainda estão curtindo a balada.

Eu fui encalhada  solteira a minha vida toda, e só há relativamente pouco tempo tenho um mancebo pra chamar de meu. Realmente senti que amigas próximas se afastaram um pouco. Não de propósito, mas porque eu já não tinha mais a mesma disponibilidade e, quer queira ou quer não, estamos em sintonias diferentes. Também acho que deixei de aprofundar amizades novas por preferir ficar com meu gatão. Você rejeita um convite, rejeita dois, e quando percebe o povo nem te chama mais porque já imagina que você não vai. E isso afasta.

Não acho essa situação o máximo, mas é natural. Fico meio assim ao pensar nisso porque sempre dei muito valor às amizades e faço muita questão de manter contato com pessoas queridas. Mas não se pode ter tudo ao mesmo tempo...

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Mães e filhas

Esses dias eu estava em uma loja dessas grandonas de materiais de construção, móveis, objetos, enfim, coisas pra casa.

Vi uma mãe com uma filhinha de uns 3 ou 4 anos. A menina estava com alguma coisa da Disney na mão que eu não pude identificar, só vi que tinha a Branca de Neve e a Bela. Acho que era desses adesivos pra parede, mas não sei bem. Só vi que não era nada muito útil.

A mãe tentava continuar com as suas compras enquanto a menina chorava e fazia birra pedindo o negócio. A mulher mal olhava pra fedelha, só dizia que não e continuava empurrando seu carrinho com aquele ar blasé. E a menina xingando a mãe. Sua feia! Malvada! E a mãe, nem aí. E foi isso que me incomodou.

Pra mãe, pode não ser nada um cotoco de gente dizendo palavras que mal deve saber o que significam. Mas pra filhota era importante, ela estava ali querendo chamar a atenção, enfrentando a mãe do alto dos seus 3 ou 4 anos. E a mãe não reagia, não falava pra pequena que não, ela não pode dizer que a mãe é feia e malvada porque não vai fazer algo que ela quer.

Talvez a mãe já estivesse tão anestesiada pelo cansaço de um dia de trabalho que nem percebia o real significado daquele momento. Talvez já estivesse acostumada com as birras da garotinha, aquela era apenas uma mais.

Sei lá.

Mas fiquei pensando que provavelmente essa menininha vai crescer achando que é ok xingar a mãe e que não tem problema, porque ninguém falou pra ela que é errado e que ela tem que respeitar a mãe ou quem quer que seja. Vai ser daquelas adolescentes sem limite algum e que acham que o mundo gira ao redor delas, como tantas da geração atual. E a mãe vai chorar pensando onde foi que ela errou.

Coitadas.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Que fase!

Tenho um amigo que sempre diz "que fase!", frase esta que serve tanto para quando os momentos bons se acumulam quanto para os ruins. É só mudar a entonação. "Nossa, tá tudo ótimo! Que fase!" ou "nossa, tá tudo uma merda. Que fase!"

Falei isso esses dias para outro amigo que em poucos meses perdeu namorada e emprego. Que fase!

Ás vezes parece que acontecimentos positivos ou negativos se acumulam na vida. Há épocas em que tudo dá certo e a vida sorri um sorriso Colgate pra você. Tudo se encaixa e você anda por aí saltitante e cumprimentando as florzinhas pelo caminho. Mas há fases que estão mais pra sensibilidade nos dentes, aquela coisa incômoda e dolorida. Tudo dá errado, você perde certezas, seguranças e as estribeiras. Complicado!

Mas o melhor das fases é que elas, como tudo nessa vida, não duram pra sempre. Se fossem só fases maravilhosas, ai, que chatice. Se fossem só fases horríveis, tá louco, que dureza!!

Seja lá em que fase estivermos, nunca podemos esquecer de uma coisa: tudo passa.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

O que toda mulher inteligente deve saber

Esses dias eu fui a uma livraria e fiquei chocada com a quantidade de livros de autoajuda nas prateleiras. A maioria era sobre como ter sucesso no amor - esses mais dirigidos às mulheres - ou como ficar rico - imagino que os homens comprem mais desses que as mulheres. Também há centenas sobre dietas, ou sobre auto-estima, o poder da mente, enfim, toda uma gama de temas relacionados com melhorar a vida das pessoas.

Não vou dizer que esses livros não servem pra nada porque quem sou eu pra falar isso, né? Ainda mais sem ter lido nenhum - pelo menos não completo. Mas é engraçado como eles dão a impressão de que tudo é tão fácil, que é só comprar um livro que tenha mais a ver com o desespero do momento - emagrecer, subir na carreira, arranjar um namorado - e pronto, seus problemas acabaram. Muitas revistas também são assim: dicas infalíveis pra ser uma deusa do sexo, pra ter a barriga dos sonhos em um mês, pra ter o trabalho que sempre quis. A felicidade está ao alcance, é só pagar algumas dezenas de reais e seguir as receitas que alguém que nem te conhece está te dando. Ridículo de fácil! Só não é feliz quem não quer.

Um dos títulos que me chamou a atenção foi "O Que Toda Mulher Inteligente Deve Saber". Obviamente falava de homens, porque o que mais uma mulher inteligente precisa saber que não tenha a ver com isso, né? Dei uma olhada no livro e é uma coisa mais ou menos no estilo "por que ele não ligou no dia seguinte", tema explorado por 10 entre 10 artigos, livros, revistas e afins que dão dicas pras moçoilas.

Pois sabem o que toda mulher inteligente deve saber mesmo? Que nenhum livro, revista, blog ou guru vai resolver as coisas por você. Nada é assim tão fácil. Eles podem até ajudar, fazer pensar, apontar uns caminhos. Ou podem prestar um desserviço e te confundir ainda mais. Vai depender de você mesma discernir entre um e outro (gostaram do "discernir"?). E só de você mesma.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Casaco roxo

Granada, Espanha. Inverno. Eu andando feliz pelas ruas com uma sacola que continha um casaco que eu tinha acabado de comprar numa lojinha qualquer. Roxo, um modelo meio diferentinho, um preço óóóótimo.

Sorridente e saltitante, eu já estava imaginando várias combinações de roupas pra colocar com o casaco, como eu ficaria européia com ele e meus olhos claros e como tudo seria mais lindo com ele e como eu ficaria moderna e estilosa com ele. Modernérrima e estilosíssima!

Quando fui atravessar a rua, a cor do casaco de uma velhinha chamou a minha atenção. Roxo. Era uma velhinha baixinha e gorducha, os cabelos curtos tingidos de acaju. Com um casaco IGUAL ao meu. Não era da mesma cor, não era parecido, era O MESMO casaco. Uma velhinha! E eu me achando A MODERNA E ESTILOSA... tontinha.

Moral da história: antes de se achar a fodona, veja bem quem é que está nas mesmas condições que você. E outra, que poderia ser da série "a gente sabe que está ficando velha quando...": quando vê uma velha com a roupa igual à nossa.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Pelos, por que tê-los?

Amiga minha me mandou um link pra uma notícia intrigante: a de que um movimento feminista "pró-excesso de pelos" chegou ao Brasil. Leiam aqui.

Segundo o texto, uma das integrantes do movimento disse que "a intenção é mostrar para as mulheres que a mídia é a culpada por mostrarem sempre como normais as mulheres sem pelos nas pernas, nas axilas e no rosto". Já deu o que tinha que dar essa história de culpar a mídia por tudo, não? Agora a gente ter que depilar é culpa da mídia? Não seria questão de gosto pessoal e, principalmente, higiene? Daqui a pouco vão se rebelar contra escovar os dentes e tomar banho. Afinal, a mídia é culpada por mostrar como normais pessoas limpas. Ora, faça-me o favor.

A bobagem ganhou o nome de "Hairy Awarey", que foi traduzido como "peludas conscientes". Espero que este nome se refira ao fato de que elas estão conscientes de que o sovaco vai feder mais se elas não se depilarem, o suor vai causar mais desconforto, as pessoas vão falar mal e esteticamente não é lá muito bacana - isso porque estou falando só das axilas. Não quero nem pensar como fica a situação nas partes pudendas... argh!!

Na verdade acho que essa neura com depilação é coisa de país latino. Alguém já pediu informação nas ruas de Roma pra alguma italiana, por exemplo? Dê preferência a uma que estiver de regata e você vai ver: quando ela disser "é por ali" e apontar com o braço, você vai achar que o sovaco da moça sofreu uma mutação repentina e virou a Maria Bethânia. Puro luxo italiano!

Eu achei o movimento uma besteira, mas acho que cada um faz do seu sovaco e da sua cachufleta (fantástica palavra argentina para isso aí mesmo que vocês estão pensando) o que bem entender. Cada um no seu cada um... só não vá estender essa pelaiada toda na minha cara no metrô!

sábado, 4 de setembro de 2010

Da série "a gente sabe que está ficando velha quando..."

Sempre tem aquela amiga, vizinha ou colega de trabalho que vende produtos da Natura.

E uma vez por mês elas vêm com aquela revistinha cheia de tentações: hidratantes, perfumes, colônias, óleos de banho e outras coisinhas cheirosas. Sem falar nas várias linhas de maquiagem com trocentas cores de sombras, batons, lápis de olho e outras coisinhas coloridas.

Só que você tem quase 30, minha filha. E em meio a tudo isso, qual é a primeira coisa que você quer ver? Em qual página você abre avidamente a revistinha, louca pra ver como é que tá, o que mudou, quanto custa??

Nova linha Natura Chronos. Nomes estranhos como passiflora, flavonóides, bio-firmador, bio-regenerador. Cremes antissinais para mulheres a partir dos 25 anos. E você fica de olho mesmo na linha "30+", cujo nome já se explica.

É... a gente sabe que está ficando velha quando, em meio a centenas de opções de cosméticos, vai ver antes de tudo os cremes anti-rugas.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Maçã não é brigadeiro

Minha amiga Carol tem um twitter, o @sabeoqueirrita, no qual ela escreve sobre essas pequenas coisas que nos irritam no nosso cotidiano. Esses dias ela escreveu que "irrita quando você diz para um médico que você não consegue ficar sem comer doce e ele te sugere comer uma fruta no lugar". Aí eu escrevi pra ela com uma resposta imaginária pra esse doutor: "senhor médico, maçã não é brigadeiro". E fiquei pensando nas coisas que a gente tenta fazer que substituam outras coisas mas que, na verdade, não substituem.

Pois é, uma maçã não é um brigadeiro. Assim como uma barra de cereal não é um pãozinho com requeijão. Uma hora na esteira não é uma hora andando num parque lindo. Ver as ruas de Paris no Google Earth em 3D não é caminhar pelas ruas de Paris. Um Gleid de jasmim não é um ramo de jasmins. Um peguete não é um namorado, o twitter não é um amigo, um poodle não é um filho. E por aí vai.

Ás vezes a gente tem que se virar com os substitutos-que-não-substituem porque es lo que hay. Mas, como diz o grande filósofo Alejandro Sanz, nooo eeees lo mismo!

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Ah, a carência

Todo mundo é carente. Uns mais, outros menos. O ser humano precisa basicamente de alimento, água e amor, quase como aquele feijãozinho que a gente plantava no algodão molhado em um pote de danoninho quando era criança.

Tem gente que se sujeita a coisas inimagináveis por carência. Tem gente que faz das tripas coração pra tentar agradar todo mundo. Tem quem tente suprir a carência com animais de estimação. Com compras. Com comida. Com sexo. Com bebida. Ou querendo chamar a atenção seja como for.

Mas o pior é que não adianta: a gente sempre vai estar carente de alguma coisa. Nunca vai estar tudo completo. Se você não tem namorado mas curte muito os amigos, vai sentir falta de ter um namorado. Se tiver o namorado, vai sentir falta de estar mais com os amigos. Se tiver os dois, de repente vai pensar que faz tempo que não passa bons momentos com a família. E se tiver tudo isso, não se preocupe, de alguma coisa você vai estar carente.

Maldita carência que não deixa a gente ficar totalmente satisfeito nunca, viu!