sábado, 27 de novembro de 2010

Frase do dia

 "Marido é aquela pessoa que nos ajuda a resolver todos os problemas: aqueles que não teríamos se fôssemos solteiras". - Membro não-identificado da minha família, no Facebook

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

(Mais) historinhas de mulheres de (quase) 30 - a de hoje

Eles tinham dado umas bitocas umas duas vezes. Nada demais.

Se encontraram numa festa de amigos em comum. Ela veio toda florida pra cima dele.

E ele: "sabe o que que é, Adriana? Imagina que cê ta chegando numa festa e vê aquele monte de bandeja cheias de docinhos. Você vai querer provar todos: o brigadeiro, o cajuzinho, o quindim... não vai querer ficar comendo só um a festa inteira, entendeu?"

Ela entendeu.

Nunca mais ficaram.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Historinhas de mulheres de (quase) 30 - uma que ouvi hoje

A moça, uns 25 anos, tinha se casado nova com o namoradinho de desde sempre. Ele tinha sido o único tudo dela, e as coisas iam bem até  que começaram a não ir tão bem.

Ela começou a se engraçar com um colega de trabalho. Ficaram de paquerinha um tempo, troca de olhares, gracinhas. Na festa de fim de ano da empresa - o Carnaval dos casados - finalmente se pegaram. O marido da moça tinha ido viajar pra pescar, mas parece que foi ela que acabou mordendo iscas alheias. Descobriu um outro mundo - "outra pica, imaginem!", disse ela pras amigas. Estava maravilhada.

Mas no dia seguinte o marido voltou. Cheirando a peixe, cansado. Foi tomar um banho, mas antes disse para a moça, com piscadelas traquinas: "ô mulher, depois do banho, eu e você, aquela coisa toda, hein, hein?". Sorriso amarelo.

Enquanto via o marido de cueca indo para o banheiro, o pensamento começou a fervilhar na cabeça dela. Ai meu Deus, não gosto disso, não gosto dele, não quero, não quero mais, não quero. Desespero. Ela pegou uma mala, colocou umas roupas. Foi ao banheiro e vomitou as palavras ao marido: "vou embora!"

O que? Como assim, aonde você vai?

Não, não, eu vou embora daqui, embora de vez.

E se foi.

Na esquina de casa, ligou pro moço do trabalho: "me separei!"

...

...

Ele desligou na cara dela.

Frase do dia

"Me pergunto se a vida moderna não estará tendo mais de moderna que de vida." - Quino, cartunista argentino

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Da série "a gente sabe que esta ficando velha quando..." - 3 em 1

Esses dias, numa festa, tocou "Total Eclipse of the Heart" da Nicki French. É uma musica da década de 90, versão dance de uma musica mais velha ainda. Mas você, leitor(a) de quase 30, seguramente já chacoalhou o esqueleto cantando "tuuuuurn aroooound" nas baladinhas em 1995 e comprou o CD das 7 melhores Jovem Pan que tinha essa bonita cançao. Lembra?

Então.

Quando ela começou (Uoooo oh ooooh ohhhhh), eu rapidamente pus as maozinhas para cima, dei um gritinho e disse "ai, essa é da minha época!". Meu primo, 17 anos: "nossa, nem conheço essa musica".

É...

1 - a gente sabe que esta ficando velha quando as musicas da nossa adolescência já são flashback;

2 - a gente sabe que esta ficando velha quando ouve uma musica e diz "ai, essa é da minha época!";

3 - a gente sabe que esta ficando velha quando ve que um adolescente nao conhece uma musica de quando a gente era adolescente.

 Desculpem a acentuaçao zoada, tô apanhando de um teclado desconfigurado!

domingo, 21 de novembro de 2010

White is beautiful

Hoje em dia, além de ter que ser tudo o que dizem que a gente tem que ser - bem-sucedida, magra, culta, saudável, cheirosa, malhada, bem-comida, bem-vestida, eficiente, pós-graduada, jovem, informada, etc etc etc - a gente também tem que ser bronzeada.

Não importa se é inverno, não importa se você não tem tempo de ficar lagartixando no sol, não importa se você é branquela de nascença. Ser ou estar branca é o horror, o horror. As pessoas te olham feio, as mais chatinhas comentam "nossa, você tá branca, né? Precisa tomar um solzinho!". Você é quase uma pária na sociedade.

Recursos para estar bronzeada mesmo sem sol não faltam. Bronzeamento artificial - que dá câncer, mas quem se importa?, auto-bronzeadores, bronzeamento em spray, bases e pós com efeito bronzeante e por aí vai. Só é branca quem quer, e quem vai querer ser branca, né? Afinal o bonito é ser bronzeada. E só.

Essa mania já virou até doença, a tanorexia, que é a obsessão por bronzear-se. Claro que isso é um extremo, mas é bem comum gente que tem uma leve paranóia com isso. A mulherada acha lindo parecer que esfregou um tijolo nas bochechas, ficar laranja como uma cenoura ou ter diferentes cores em diferentes partes do corpo. Fora aquelas que, depois de décadas torrando no sol, parecem uma cobra descamada - e parecem 10 anos mais velhas do que são.

Agora começa o meu manifesto: pra quê tudo isso, minha gente? Há tantas belezas diferentes nesse mundo, por que temos que seguir mais esse padrão? Claro que uma pele bem-cuidada e bronzeada é bonita, mas uma branquinha também tem seu valor. Belezas morenas, belezas clarinhas. Cada um com seu cada um.

Não vou me embadurnar de auto-bronzeante e sujar todo o meu banheiro. Não vou sair por aí parecendo uma escultura de barro. Não vou me arriscar a desenvolver um câncer de pele pra ser algo que dizem que eu deveria ser. Prefiro ser branquinha mas ter cor de gente, não uma cor artificial. Meus genes eslavos me deram olhos verdes mas não me deram morenice alguma, fazer o quê? Me enfiar numa claustrofóbica cama solar que mais parece um caixão pra sair dela com cor de terra e mais rugas? Não, obrigada.

Sou branquela e sou feliz!

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Dó de usar

Como auto-presente pelos meus 30 aninhos eu comprei um estojo de maquiagem de viagem da Lancôme. Foi duro pro meu bolso que ganha em pesos argentinos, mas 1 - presente de 30 anos e 2 - vivo viajando e o estojinho é bem menor e mais prático que uma nécessaire. Vou usar bastante!

Na verdade, aí que está o problema: usá-lo. O estojinho é uma coisa tão delicadinha, tão completinha, tão bonitinha, que tô com dó de usar. Tenho vontade de deixá-lo aberto em alguma prateleira, como um enfeite, só pra ficar olhando. Não queria violá-lo com minhas brutas mãos, deixar aqueles pozinhos nos seus cantos, sujar horrivelmente a esponjinha e os pincéis. Coitado do estojinho!

Também comprei uma Melissa. Aí ontem pensei em colocar pra ir trabalhar mas deu uma coisinha, pensei "será que não deveria deixar pra estrear em um dia mais importante, pra sair, sei lá?" Ela é tão cheirosinha e coloridinha, como vou enfiar meus pés nela e ainda ficar esfregando a coitada no chão sujo com os meus passos? Não dá...

Por que a gente tem essa dó de usar algumas coisas? Que besteira, né? Elas foram feitas justamente para cumprir uma função, ou seja, para serem usadas! Além disso, a maquiagem vai ficar velha de qualquer jeito, a Melissa vai ser substituída por outros sapatos-xodó, e o tempo passa, a vida passa, então por que ficamos com essa firula toda em vez de usar e pronto? 

Uma vez li uma frase em francês que dizia "dans la vie tout passe, tout casse et tout se replace". Sei lá se tá escrito certinho, mas quer dizer que na vida tudo passa, tudo quebra e tudo se substitui. O negócio é curtir as nossas coisinhas, mesmo porque as compramos pra isso...

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

E aí, já casou?

A pergunta do título é a coisa que mais tenho escutado nos últimos tempos. Ou essa ou algumas variações, como "e aí, quando você casa?" ou "você é a próxima, né?". Uns me perguntam pelo meu "marido" - sendo que nem morar com o meu namorado eu moro - outros, mais espírito de porco, dizem "nossa, 30 anos e não está nem pensando em casar?"

Mereço?

As pessoas sempre encontram uma razão para te encher o saco. Quando você está sozinha, é "quando você vai arrumar um namorado?". Aí você arruma um e passam a te pressionar pelo casamento. Você casa, e o povo logo começa com "e aí, já fizeram a encomenda pra cegonha?". Você tem um filho, e logo os sorridentes perguntam "e aí, o próximo é pra quando?"

Merecemos?

Acho que essa encheção não é por mal, mesmo porque em geral vem de pessoas que gostam de você. Por isso sempre levo na boa e dou uma resposta engraçadinha. Mas depois de 356 respostas engraçadinhas, o negócio começa a irritar até a mais zen das mortais, né?

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Why worry?

Tava remexendo nas minhas tralhas do passado, separando o que jogar fora e o que continuar guardando. Depois escrevo um post sobre isso; o que vou colocar aqui agora é um texto que, que eu me lembre, estava pendurado no armário de uma amiga (com certeza ela vai lembrar se ler isso). Eu achei legal, escrevi em um pedaço de papel e ele ficou uns 13 anos lá esquecido. Aí ontem o encontrei e achei legalzinho de novo, então aqui está:

There are only two things to worry about: either you are well or you are sick.

If you are well, then there is nothing to worry about. But if you´re sick there are only two things to worry about: whether you will get well, or whether you will die.

If get well, then there´s nothing to worry about. But if you die, there are only two things to worry about: whether you go to heaven or hell.

If you go to heaven, then there´s nothing to worry about. 

And if you go to hell you will be so busy shaking hands with old friends, you won´t have time to worry.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Casamento bom

O que faz com que um casamento seja bom, feliz e duradouro? Sei lá. Sou solteira e não pretendo me casar tão cedo. O post na verdade é sobre festas de casamento. O que faz com que uma cerimônia dessas seja boa, mas boa mesmo?

Primeiro eu acho que tem que ter gente jovem e/ou bem disposta. Parece óbvio, mas não é: já fui a casamento cheio de velhos, onde não havia ninguém que você olhava e pensava "ah, essa é amiga da novia, esse do noivo". Nada contra, mas esse povo quer mais é encher a pança e ir pra casa. Não vão ficar na pista dançando até as 6 da manhã, a não ser aquele tio que sempre foi mais alegrinho. Não anima.

Tem que ter música que a gente reconheça, goste e cante junto gritando. Se ficar só aquelas musiquinhas que o DJ adora mas ninguém conhece, nem rola. Tem que ter gente pulando abraçada, mulherada sem sapato, homens que perderam a gravata - e se o casamento for muito, muito bom, perdem até o paletó.

Casamento bom tem que fazer o povo chorar em algum momento. Ou com aqueles vídeozinhos cheios de fotos, ou uma música especial, discursos, ou com a entrada dos noivos, sei lá. Tem que ser emocionante, mesmo que a gente nem saiba direito por quê exatamente está chorando.

Alguém tem que dar vexame pra festa ser boa. A mãe da noiva bêbada dançando com a molecada, algum primo que cai na pista, uma solteira se estabacando ao tentar pegar o buquê jogado pela noiva, até um peito pra fora do tomara-que-caia. Se todo mundo se comportar muito direitinho, é porque o casamento não tá bom. 

A festa tem que ter alguma coisa brega. Pode ser uma Gretchen, pode ser os amigos do noivo cantando o hino do Bragantino, pode ser um funk daqueles quando todo mundo já estiver trilili. O cara mais enjoadinho e que só curte música cool a essa altura tem que estar no meio da pista com a gravata amarrada na cabeça cantando é bailão, é rodeio, festa de peão também tô no meio - aos gritos e dançando freneticamente. Aquela prima chatinha tem que estar no meio do trenzinho com as mãos na cintura de uma tia bem gorda e com um tio bem suado atrás, todos cantando a semana inteira fiquei esperando pra te ver sorrindo pra te ver cantando. Casamento sem um pingo de cafonice nem é bom.

Mas mesmo o casamento sendo muito, muito bom, não adianta: alguém sempre vai falar mal de alguma coisa. Se é simples, é porque é muito simples. Se é muito cheio das coisas, é porque é exagerado. Sempre tem alguma coisa pra falar mal: desde a maquiagem da noiva até a quantidade de sal no molho madeira, passando pelo volume da música ou pela desfeita de algum familiar. Não tem jeito...

sábado, 6 de novembro de 2010

Chegou

Pois é. Estou fazendo 30 anos hoje.

Meus 30 começaram como eu sei que ainda vou passar muitos momentos na vida: no aeroporto, chegando de viagem. A primeira pessoa a me dar parabéns foi a minha irmã, por telefone, depois meu namorado e meu pai, que foi me buscar.

Meu presente pra mim mesma foi um estojinho de maquiagem pra viagem da Lancôme (é da Lacombe, né, filha?, disse meu pai quando eu mostrei pra ele.). Cansei de ficar carregando nécessaire de um lado pro outro. Tô velha pra ficar carregando peso!

Não notei nenhuma ruga nova, não morri, não mudei de ontem para hoje. Aliás, me sinto muito bem!

Agora vou lá me arrumar pra comemoração. Se vira nos 30, Nadjones!

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Quase...

"Eles estão chegando. Falta pouco. Muito pouco. O tempo passa. Rápido. Impiedoso. Um dia, uma dia que está chegando, você vai acordar, receber os parabéns, se olhar no espelho e pensar: 30 ANOS!"

Já leram isso em algum lugar, né? Então. É que esse dia está chegando MESMO pra mim. É sábado, dia 6.

Medo!

Já me perguntaram se o blog vai mudar de nome. Também já me perguntei. Acho melhor não. Primeiro porque é um saco mudar tudo, e que as pessoas tenham que mudar seus links e etc. Além disso, vai que o Faustão me processa se eu tiro o "quase". Não seria nada bom.

Também é melhor manter o nome porque eu, do alto dos 30, posso falar ao público que ainda não chegou nesta avançada idade. Dos 30 posso orientar quem tem quase 30 - quem sou eu pra orientar alguém em alguma coisa, mas enfim.

E na verdade eu não vou fazer 30. Vou fazer 28. É o que vou dizer quando perguntarem a minha idade. Aliás, pelos próximos cinco anos eu vou fazer 28, e só em 2015 vou fazer 30. Então o Se Vira nos Quase 30 continua assim mesmo, quem sabe até 2015!

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Duas coisas ás que as mulheres não resistem

Antes se dizia que as mulheres eram o "sexo frágil". Nem preciso dizer que a expressão caiu em desuso e que a mulherada tá com tudo e não tá prosa - opa, taí outra expressão que não se usa mais. Mulheres lideram famílias, empresas, partidos, países. Mulheres são fortes.

Mas toda fortaleza tem seu ponto fraco. Não gosto de generalizar, mas há duas coisas às que a mulherada não resiste, por mais inteligente e determinada e forte e durona que seja: loja de coisinhas coloridas e palavras bonitas.

"Loja de coisinhas coloridas" que eu digo é lojinha de acessórios, sapatos, enfim, coisas pequenas mas bonitinhas. Entra numa Acessorize pra você ver: a mulherada passa longos minutos zanzando entre uma infinidade de brinquinhos, pulseiras, bolsas, coisinhas brilhantes. Não necessariamente pra comprar, mas é que ficar vendo essas coisinhas é gostoso, distrai. Eu diria até que é quase hipnotizante. Quer atrair um monte de mulher? Pendura um moooonte de brinquinho e colar em qualquer lugar. A gente vai dar pelo menos uma olhadinha.

Adoro observar a mulherada em loja de sapato tipo Shoestock, essas em que os sapatos ficam expostos em estantes conforme o número e os preços costumam ser bons. As mulheres ficam andando de um lado pro outro em frente ao número que corresponde, pegam 28 modelos pra experimentar, calçam um por vez e ficam mancando pela loja e se olhando num espelho baixinho que só reflete os pés. Elas se trombam mas nem percebem, fuçam em outras prateleiras mesmo que não seja do número delas, dão palpite nos sapatos que a amiga está experimentando, fazem um monte de coisa mas nada que não tenha a ver com o momento todo especial de estar rodeada de sapatos. É como homem vendo a rodada de futebol do domingo: não adianta entrar pelada na frente da TV, ele não só não vai te olhar como vai te xingar.

E as palavras bonitas. Que mulher não se desmancha quando escuta um "que linda que você está" de um rapazinho mais falastrão? Por mais que se faça de gostosa e faça aquela cara de "é, eu sei", no fundo a mulher se derreeeete feito sorvete no microondas ao ouvir este tipo de coisa. Aliás esse é um dos grandes problemas das mulheres: damos tanta importância ao que nos dizem que ás vezes esquecemos de checar se os fatos correspondem ás palavras.

Mas nem precisa ser de homem. A gente fica toda pimpona se nos elogiam, independente de quem seja. Ou se nos dizem coisas bonitas como "obrigado por tal coisa", "graças a você eu pude lá lá lá". E a gente chora, e a gente ri, é uma beleza. Quer deixar um monte de mulher feliz? Um elogio - de preferência sincero - pra cada uma.

É ou não é?

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Na academia

Vamos lá, vai. Esteira. Gostoooso não é, mas vai lá, você sabe que dá resultado. Da última vez você queimou 510 calorias! Três vezes por semana queimando isso e é quase como se você não tivesse comido por um dia. Vamos lá! Exercício emagrece, endurece e libera endorfinas que geram uma sensação de bem-estar, como você já leu em tantas revistas. Força!

Botãozinho verde, quick start. Primeiro devagar, isso. Vamos lá. Afffff. Que saco, viu. Queria estar em casa. Na cama. Comendo uma trufa de chocolate daquelas de padaria mesmo, bem enorme. O problema é que essas trufas deixam a gente bem enorme também. Foda. Vamos lá, Nadjones, força! Gordurinha, gordurão, vai saindo de montão! Gordurinha, gordurão, vai saindo de montão!

Aumenta um pouco a velocidade. O que está passando na TV? Friends. Ah, mas já vi esse episódio umas quinze vezes, o da camisa rosa do Ross. Friends é o novo Chaves, que a gente já sabe os diálogos de cor e salteado. Mas pelo menos distrai um pouco. It´s not pink, it´s salmon. Vamos lá! Já aumentou a frequência cardíaca. Já perdi, vamos ver... 101 calorias. Já é alguma coisa! Força!! Exercício emagrece, endurece e libera endorfinas que geram uma sensação de bem-estar. Tem que repetir isso como um mantra!

Nossa, como aquela lá tá correndo rápido. Que raivinha. E essa, se alongando desse jeito aí, bem pra onde todo mundo que tá fazendo esteira tem que olhar? Ok, você pode pôr o pé atrás da orelha, parabéns! Já colocou isso no seu currículo? É tão importante! E essa magrelinha se esguelando? Provável vítima de distúrbio alimentar. Nossa, que cara peludo. Se fosse no Brasil a turma já estaria chamando ele de Tony Ramos. Falaê, Tony, beleza? Engraçado que a maioria dos peludos é careca, diz que é por causa do excesso de testosterona, né? Mas se cresce pelo no corpo todo, por que o cabelo, que é o mais importante, cai? Sei lá. Ufffff preciso respirar um pouco. Mais devagar. Pronto, pronto. Mas não pára, força! Exercício emagrece, endurece e aquela coisa toda. Endorfinas.

E nego diz que se sente bem melhor depois de fazer exercício. "Nossa, me relaxa tanto!". Diz até que as tais endorfinas viciam. Sei, sei. Eu me sinto mesmo é cansada depois da academia. Muito. Nossa, e esse cheirinho azedo de suor coletivo pairando pelo ar? Misturado com produto de limpeza e Rexona. Argh. Mas tem que aguentar, aguenta firme! Força, Nadjones! Aumenta a velocidade de novo. Gordurinha, gordurão, vai saindo de montão! 283 calorias já, olha só que beleza. Já gastou o seu café da manhã! Nem é tão ruim assim, vai. Você se sente melhor mesmo, só não sei se pelas endorfinas ou pela consciência. Acho que é a segunda opção. Isso de que exercício relaxa... o que me relaxa é deitar na cama e dormir, cazzo. Isso sim é relaxante, e não ficar que nem um hamster confinado, andando numa maquininha sem sair do lugar.

Quantos minutos? Ah, tá. Falta pouco. Falta pouco!! Yes, we can! Gordurinha, gordurão, vai saindo de montão! Tá terminando! O Friends também. A magrelinha foi embora. Deve ter ido vomitar. Hummm olha esse na natação, que belezinha. Gosto de corpo de nadador. Ué, não é porque tô de dieta que não posso olhar o cardápio, né? Affff canseeeeeeei socoooooooooooorro me tira daquiiiiii! Calma, Nadja, falta muito pouquinho! Dois minutos, o que são dois minutos na vida do ser humano? Na história da humanidade? No universo? Olha lá a TV, começou Two and a Half Man! Man man man maman maman man man haha adoro essa musiquinha. Vou terminar de ver em casa.

Terminando, terminando! Contagem regressiva! 3, 2, 1... Aaah pronto! Terminou! Viu, você sobreviveu. Nem é tão ruim assim. Exercício emagrece, endurece e... como era mesmo o negócio das endorfinas?