terça-feira, 31 de agosto de 2010

Crise dos 33

Esses dias dois amigos meus indicaram um post do Antonio Prata, que tem um blog no site do Estadão e é filho do escritor Mário Prata. Meu amigo Túlio foi um deles, e também escreveu sobre esse post no blog dele.

Publicado no dia 22 de agosto, o texto fala do balanço da vida que ele está fazendo aos 33 anos. Bom, não só ele como todos nessa faixa etária - inclusive nós de quase 30.

O texto todo é fantástico, mas a frase que mais me tocou foi a última do penúltimo parágrafo: "Se tudo der certo, você não está nem na metade do caminho.". Taí uma verdade, né, Antonio? A gente ainda tem tanto pra viver... por que ficar achando que já deveria estar tudo encaminhado e definido? Por que achar que não dá pra mudar? É tarde demais pra quê?

Eu amei o post, até deixei um comentário. É o tipo de texto que gostaria de ter escrito. Vão lá ler!

sábado, 28 de agosto de 2010

Duas alternativas

Sábado, 22:30 da noite. Sozinha em casa. O tempo está agradável, embora tenham anunciado que vai ter um temporal daqueles nas próximas horas. Estava eu com os meus afazeres - vendo TV e fazendo pulseirinha de miçanga - quando começo a ouvir uma música. Parecia tocada ao vivo. Ué...

Saio na varanda e vejo de onde vem a música. Tá rolando uma festa em um apartamento em frente ao meu. Com mariachis. Num apartamento que não deve ser muito maior que o meu - que é pequeno - enfiaram um monte de gente, um cachorro enorme, uma mesa de bebidas com garçom e mariachis. Mariachis!

"Era só o que me faltava", pensei. Aí fiquei vendo e até que comecei a curtir. "Aaaayy aaaaay ay ay caaaaantaaa y no llooooreeees..." "Solameeeeeente una veeeeez améééé en la viiiiida...". Voltei pra dentro, mas deixei o vidro aberto e fiquei aqui escrevendo e curtindo a música.

Isso tudo me fez lembrar de algo que venho pensando há algum tempo. É que a gente sempre tem duas alternativas em situações sobre as quais a gente não tem muito controle: sofrer ou curtir.

Sempre penso nisso quando entro em um avião. Avião é um troço complicado, né? Não é a coisa mais confortável do mundo - pelo menos não pra nós, pobres mortais que viajam na classe econômica - e a gente não entende bem como funciona. É difícil dar merda, mas quando dá é uma merda enorme. Então, aí quando eu estou em um, eu penso: "Você pode passar as próximas horas com medo, sofrendo por algo que tem uma chance muito mínima de acontecer, suando frio. Ou pode curtir as cores do céu, as belezas da Terra vista de cima, aproveitar o tempo pra tirar uma soneca ou ler revistas."

E em geral a vida é assim, pode reparar. Na maioria das situações, você pode se estressar e se irritar e xingar e sentir o coração acelerado e falta de ar e a longo prazo ter uma úlcera ou um enfarto. Ou pode curtir, relaxar, respirar fundo e tentar tirar algo de bom do que quer que esteja vivendo, desde um congestionamento até uma situação difícil na família.

Claro que nem sempre dá. Pode ser que a gente não esteja de bom-humor mesmo, pode ser que tudo seja uma merda mesmo. Por exemplo, acho que se eu estivesse tentando dormir e escutasse os mariachis, ia ficar bem brava. Mas é um bom exercício pra tentarmos fazer, esse de sempre tentar ver o que podemos tirar de positivo das coisas. Só temos a ganhar!

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Como chegar aos 30

Hoje minha melhor amiga, uma japinha muito figura que mora na Inglaterra, chegou aos 30 em grande estilo: ela se deu de presente uma viagem ao Japão. Foi ontem pra lá. Delícia, né? Adorei a atitude e o lugar escolhido! Um dia ainda vou pra lá.

Aí fiquei pensando nas formas de comemorar a chegada dos 30. É, comemorar, porque lamentar não dá, né? Algumas nem ligam muito. Outras fazem algo num barzinho pros mais próximos, e em geral nem todo mundo vai porque nessa idade o povo anda tão ocupado e cansado com as suas vidinhas, né? Tem o churrasco, tem a balada, tem não fazer nada, tem festejar com a família e o namorado (ou marido, ou namorido, ou mulher). São tantos jeitos...

Eu tô pensando no que vou fazer. Meu aniversário cai num sábado, eu muito provavelmente vou estar no Brasil... minha idéia mais desvairada seria fazer uma festona e chamar gente que não vejo há muito tempo, tipo o moleque que eu gostava aos 11 anos e outros personagens do passado, amigos do colégio, das viagens, da faculdade, da vida... Seria bem legal, né? Ver como está o povo a esta altura do campeonato. Será que devo?

Mas sei lá... de repente faço algo mais discreto, só pros mais próximos. Mesmo porque festona = dinheirão, né? E todo o trabalho de organizar, convidar... Bom, tenho uns meses pra pensar ainda.

E você, como quer chegar aos 30? E se tem mais de 30, como chegou? Post interativo no Se Vira nos (Quase) 30!

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Coisinhas muito pequenininhas que me deixam felizinha

Tava tomando banho agora e aconteceu uma coisa daquelas que você pensa "isso dá um post". Uma pequena epifania, um fugaz momento de beleza que me inspirou, então aqui estou. Nossa, falei bunito e ainda rimou!

Eu apertei o frasco de shampoo e, junto com ele, saíram voando pequenas bolhas. Adoro quando isso acontece! Me faz lembrar de quando eu tinha uns 4 anos e passava horas com meus primos no quintal da minha avó soltando bolhas de sabão. Não precisava de bonecas que falam 562 frases e fazem xixi, nem de videogames 3-D, nem do MP3 da Hannah Montana. Era só um copinho de detergente com água e um canudinho. Era tudo tão simples. Minhas maiores preocupações naqueles momentos era não engolir o detergente e se as bonecas iriam gostar da sopa de terra e folhas que a gente faria depois.

Acho que é pelas boas lembranças que eu adoro quando acontece o que aconteceu agora há pouco, mas vai ver que é só porque é bonitinho. Ás vezes rola com o sabonete líquido, ás vezes até quando você fala enquanto escova os dentes. Aí fiquei pensando em outras coisinhas mínimas e detalhes tão pequenos de nós dois que me fazem feliz. Escolhi dez:

- Um cheiro bom inesperado: andando pela rua, de repente você vira a esquina e suas narinas são tomadas por um cheiro de doce. Ou de pipoca. Ou de pipoca doce. Pode ser também que você entre em uma loja e venha um cheiro gostosinho - não de incenso. Odeio incenso. Abomino incenso!! Mas uma essência, vela, sei lá que cazzo eles colocam. Delícia!

- O sol ou a lua bem grandões: sabe quando eles estão enooormes, aquela bolona mesmo? Não importa se é em uma paisagem linda ou no meio da cidade. Coisa boa!

- Atender o telefone com voz de recepcionista: de novo, pode ser algo da minha infância, quando passava horas passando trote, fazendo vozes diferentes e morrendo de rir. Ou pode ser que meu sonho secreto seja ser recepcionista e passar o dia atendendo o telefone dizendo a mesma coisa, na mesma ordem, no mesmo ritmo, de preferência com a voz anasalada. Algo como: "Pereira Santos e Associados, Rosicleidy, boa tarde, em que posso ajudá-lo?" Como não pude seguir esta vocação, dou asas ao meu talento atendendo o telefone mais ou menos assim quando algum coleguinha mais próximo me liga no trabalho. Também gosto de ligar pros amigos fazendo vozes diferentes antes de dizer quem sou ou fazer pequenas pegadinhas telefônicas com a família. Não me julguem!

- Identificar lugares quando estou no avião: adoro quando estou no avião e reconheço lugares que estou vendo lá de cima. Já vi os Alpes, os Pirineus, as geleiras da Antártida, o autódromo de Interlagos, a Av. Paulista, o La Bombonera, Puerto Madero, a parte do Rio de la Plata que abre e dá pra ver a Argentina e o Uruguai ao mesmo tempo, o Mar Negro, umas ilhas gregas. Lindo!

- Quando o queijo vem torradinho: um prato gratinado, uma pizza com aquela sobra de queijo na borda, aquele queijinho que caiu do misto quente e torrou. Prazer total!

- Um chocolate na hora certa: você está trabalhando e bate aquela vontade de comer um chocolatinho. Mas você não tem nenhum. Parece que ninguém em volta tem. Mas de repente aparece aquela alma caridosa, com quem você nem fala muito, e te dá aquele bombonzinho que estava esquecido na gaveta dela - ela nem é tão chegada em doce. Também aprecio muito brigadeiro roubado antes do parabéns, principalmente em festa de criança. Emociona!

- Homem com criança: ver um pai conversando com a filha de 3 anos. Um tio brincando com o sobrinho. Um grandão com um bebezinho mínimo no colo. O olhar babão, o sorriso orgulhoso. Pode ser em foto, pode ser no restaurante. Ternura instantânea!

- Estar no carro e acenar pra desconhecidos: essa eu fazia mais aos 20 anos, agora nem lembro a última vez que fiz. Mas deveria fazer, porque é um baratinho! É melhor em grupo, porque aí a tchurminha do barulho se diverte com as reações dos pobres transeuntes. Bi-bi, um sorrisinho e um tchauzinho, aí é só observar as reações: alguns cumprimentam de volta, a maioria fica com cara de "quem é você?", outros xingam. É divertido, juro!

- E-mail com notícias dos amigos: hoje em dia quase ninguém mais escreve e-mails contando da vida, como andam as coisas, como foi a viagem ou o encontro de ontem. O povo fala da vida no blog (oi!), no twitter, no facebook. É assim que você fica sabendo da vida dos outros, ainda mais se mora longe. Por isso adoro quando recebo e-mails com novidades bacanas, ou fofoquinhas, ou divagações sobre a vida. É raro, e talvez por isso mesmo seja tão bom!

- A piada certa no instante certo: pode ser que você que solte a tirada, se estiver inspirado. É bom quando isso acontece. Mas pode ser aquele amigo figura, pode ser a amiga da amiga que você acabou de conhecer. Mas não é uma benção quando alguém solta aquela frase que desencadeia uma sessão de gargalhadas daquelas de doer a barriga? Amo!

Lembrei de um blog gringo que descobri há pouco tempo, o 1000 Awesome Things, que até já virou livro. A cada dia o autor posta sobre alguma dessas coisas bonitinhas da vida. Admito que ás vezes não tenho muito saco de ler os posts inteiros, mas é bom pra ver e dar aquele sorrisinho no meio do expediente. Quem sabe este meu post não tem o mesmo efeito, né?

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Que venham os 31!

Minha grande amiga Laura, do Moda pra Ler, me mandou uma matéria que achei fantástica: diz que um estudo britânico mostrou que o auge da beleza da mulher é aos 31 anos.

Pra dizer a verdade, a grande maioria das mulheres que eu conheço desde os 20 estão mais bonitas agora, aos 30 (ou quase). Incluo Laura, incluo minha própria pessoa e muitas outras. Quase todas estão mais bem-resolvidas, mais cuidadas, mais estilosas. Foram poucas as que embarangaram.

Que bom, né? Mais um motivo pra não se desesperar aos quase 30. A gente não tá ficando véia, tá ficando mais gata!

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Magra? Não. Fazer o quê...

Não sou magra.
Nunca serei magra.
Não posso querer ser magra.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.

Estou parafraseando Fernando Pessoa, mas o que estou dizendo é verdade. Eu sou uma moça muito boa, medianamente inteligente, tenho senso de humor, bom caráter e sou bonitinha até, mas não sou magra. Nunca fui. Nunca serei. Mesmo que digam que eu tenho que ser.

Talvez eu fosse magra se tivesse um personal trainer e malhasse com ele três horas por dia todo dia seguindo um plano de exercícios personalizado. Ou se eu comesse muito mais salada. E uma porção do tamanho de um punho de arroz integral no almoço acompanhada de frango ou peixe grelhado. Claro que eu teria que cortar doces e frituras, além de não comer carboidratos depois das seis da tarde. Talvez eu pesasse 50 quilos se seguisse todas as dicas da Boa Forma e fizesse algumas lipos, algo tão banal, que todo mundo faz. O que é uma cirurgia, minha gente? Nada, coisinha boba.

Mas não. Não vou fazer nada disso. Prefiro ocupar três horas do meu dia com coisas que me fazem feliz - pelo menos as horas que posso escolher como passar. Até gosto de franguinho grelhado e saladinha, mas não dispenso um prato de macarrão e muito menos uma bela pizza. Cortar doces? Prefiro cortar os pulsos. Pesar 50 quilos? Já pesei 48, mas eu tinha 11 anos. Fazer lipo? Prefiro usar o dinheiro pra fazer uma viagem. Fazer ginástica, ok, tô fazendo já, faz bem mesmo. Me sinto melhor. E estou mais magra. Mas não magra, claro.

Não como muito mais que a média, não sou mais preguiçosa que a média, mas meu corpo é assim. Não é da minha natureza ser magra. Sou larga, grandona apesar de não ser alta. Nunca vou pesar 50 quilos, a não ser que pegue uma doença, mas aí também não seria uma boa idéia, né? Antes rechonchuda e saudável que magrela doente.

No momento, estou emagrecendo - sem pressa e sem neura - porque realmente a gente fica mais gatinha. O rosto aparece mais, as curvas ficam mais definidas, a roupa cai melhor. E é mais saudável comer melhor. É verdade, infelizmente. Mas quero chegar até onde puder, até onde eu continuar com saúde e sorridente e não tiver que fazer sacrifícios enormes, porque para mim isso de não comer chocolate nunca não é vida. Quero ficar melhor, e não necessariamente magra. Porque eu não sou magra.

À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Crisis? Qué crisis?

Esses dias estava falando com quatro mulheres mais velhas que eu, entre os 40 e os 50 e poucos. A mais nova, de 40, disse que estava na crise dos 40. E eu logo comentei que estava na dos 30. As quatro disseram ao mesmo tempo: "mas por quêêê? Você ainda é tão nova!"

Todas eram mulheres bem de vida. Todas conseguiram o que queriam ou estão a caminho de. Viajadas, boa situação financeira.

Todas disseram que não passaram por esta crise. Que é uma idade ótima, que realmente é uma idade boa pra dar o "pulo do gato" profissionalmente mas que eu tenho mais é que aproveitar.

Então tá, né...

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Fora de Ritmo?

Esses dias a TPM publicou uma reportagem cujo título era "Fora de Ritmo", que dizia o seguinte: "Tem 30 anos e não sabe o que quer da vida? Tpm prova que você não é uma fracassada".

"Que legal", pensei. "Vamos ver o que a TPM diz sobre isso, que é quase a razão de ser da minha crise e do meu blog". Que decepção...

Pegaram um tema interessante e fizeram uma salada meio sem sentido. A reportagem virou uma mistureba de temas em que um parágrafo não tinha muito a ver nem com o de cima, nem com o de baixo. Fala do absurdo de ter que respeitar alguns "padrões" impostos pela sociedade mas ao mesmo tempo coloca Madonna, Demi Moore e George Clooney como ícones de uma nova geração de cinquentões ou quase. Diz que não tem problema não saber bem o que se quer aos 30, mas mostra como exemplo dessa "geração" uma moça de 20 que supostamente é fodona porque é sommelière-chefe de uma rede de hotéis. Ué...

O melhor mesmo foi ler os comentários. Até eu deixei um! O povo caiu de pau na reportagem, principalmente nos exemplos de mulheres que supostamente se encaixam neste perfil. É que mostraram quatro mulheres bem-sucedidas de diferentes idades e pra cada uma fizeram uma listinha de coisas que elas supostamente deveriam ter feito na idade delas. Alguns itens eram bem bobinhos, como "saber tudo de home broker", "saber andar de salto como se estivesse descalça" ou "saber passar delineador sem parecer rockstar".

Acho que a intenção foi mostrar que você pode estar bem na vida sem necessariamente ter feito tudo o que se espera de você em determinadas idades, mas não rolou. Para ser mais coerente, deveriam ter mostrado mulheres de idades diferentes que se acharam na vida mais tarde que o esperado.

Aliás, acho que essa incoerência é uma das falhas da Tpm, revista da qual eu gosto e acho bem melhor que as Nova da vida. Quer dar uma de descolada e fora dos padrões, mas ao mesmo tempo acaba estabelecendo outros padrões, como que você só é muito legal se for surfar no Havaí, por exemplo. Posa de alternativa mas na edição comemorativa número 100 botou a Grazi Massafera na capa, e quer coisa mais mainstream e Contigo e sonho-da-classe-média-baixa que a Grazi?

Mas voltando à reportagem: se alguém na crise dos quase 30 começou a ler a reportagem em busca de alento, se estrepou. Melhor ler o Se Vira nos Quase 30 mesmo! hihihi





quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Calcinha bege - uma maldição?

Acabo de ler no sensacional blog do Surfista Platinado um post falando mal - bem mal - das calcinhas bege. Isso, leitora, aquela mesmo que te acompanha, que me acompanha, que tá lá sempre presente no nosso dia-a-dia. Ou vai me dizer que você vai passar 8 horas em um escritório ou correndo de lá pra cá de tanga vermelha fio-dental com um coração de strass no triângulo das bermudas? Duvido!

O Surfista disse que as calcinhas bege tem um "efeito assombroso na libido masculina". Um argentino que passou pela minha vida chamava o bege de "marrón mata-pasión". É, realmente as carçola dessa cor - BEGE, não tem essa de "nude" -não são coisas lindas de Deus. E em geral a gente também nem dá muita atenção a elas, compra dessas Tri-fil sem costura nas Lojas Americanas e tá beleza. Ninguém investe muito em calcinhas bege. Pra quê, se a gente sempre parte do princípio de que ninguém vai vê-las?

Aliás, essas calcinhas são feitas justamente para não serem vistas. Ok, elas são feiosas, broxantes, o cão chupando manga do mundo da lingerie, o patinho feio das nossas gavetas. Mas é que são tão práticas, né? Não marcam na roupa, principalmente nas roupas claras. São ideais praqueles dias em que você sabe que não vai rolar nada. Quer dizer, sempre pode rolar tipo um acidente em que paramédicos tenham que tirar a sua roupa, mas acho que nessa hora a última das suas preocupações vai ser a cor da sua calcinha. Mas enfim, a bege é a calça jeans das calcinhas! Por isso toda mulher precisa ter pelo menos uma. Bom, com certeza toda mulher tem mais de uma, isso sim!

Concordo com o Surfista: não tem nada que usar calcinha bege na hora do "vamuvê". Homem nenhum é obrigado a olhar pra essa coisinha insossa cobrindo nossas partes pudendas, assim como a gente também não curte uma cueca que tá mais pra pano de chão. Mas sabem o que é? Na verdade, mulher que sabe que vai dar não bota calcinha bege, não! Aliás, se um cara sair com uma mina e vir que ela está usando um exemplar, tem mais é que ficar feliz: ela não estava pensando em dar, aliás ela nem queria, mas não resistiu e acabou rolando de calcinha bege e tudo...

Então, rapazes, se virem uma dessas quando estavam esperando uma tanga preta com peninha, não se sintam mal: sintam-se irresistíveis! E uma dica pra mulherada: se estiver com esta tão mal-falada peça (ou qualquer outra feiosa, velha, rasgada, desbotada, etc etc), não precisa deixar de ter uma sessão de tchuf-tchuf por causa disso: é só tirar tudo de uma vez, junto com a roupa. O moço não vai nem lembrar que existe calcinha...

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Feliz com o que se tem

Minha mãe tem uma tia de 87 anos, a Tia Dalila, que é um baratinho.

A vitalidade dela é admirável. Sempre animada, disposta, super ponta firme. Sobrancelhas bem desenhadas, arrumadinha, cabelo sempre cortadinho e tingido.

Não que a vida da tia tenha sido moleza. Dinheiro, por exemplo, nunca sobrou. Ela perdeu um filho por doença há alguns anos. Depois foi um neto, repentinamente. O marido se foi de velhice, não faz nem um ano.

Mas ela está aí, firme e forte. E a minha avó, irmã dela, sempre diz: a Dalila é feliz com o que ela tem, e sempre foi. Por isso ela está sempre bem.

Ela mora há decadas em uma casinha de um bairro humilde, que foi ficando pior com o tempo. Mas ela adora. Os vizinhos a conhecem e a acompanham. As rosas do jardim dela são as rosas mais lindas do mundo para ela. "Se eu dou uma roupa que era minha pra ela", disse a minha avó, "ela fica toda feliz, acha a coisa mais linda o que eu dei."

E assim ela vai vivendo a vidinha dela. Feliz.

Acho que a gente tinha que ser mais como a tia Dalila. Sempre queremos mais, ou outra coisa. Não costumamos prestar muita atenção no que temos, só no que ainda queremos ter ou no que os outros têm. Se a gente está satisfeito hoje, amanhã já não tanto. E de curtir o que a gente já conseguiu, a gente lembra?

Estou adotando o "feliz com o que se tem" quase como um mantra. Não por isso vou deixar de querer sempre mais, afinal isso é o que impulsa a gente a crescer e a progredir. Mas também não vou deixar de valorizar minhas coisinhas, afinal a felicidade tem mais é que estar no aqui e agora.

Sou feliz com o que tenho!

domingo, 8 de agosto de 2010

Cara nova

Assim como a pessoa que vos escreve, este blog está buscando uma identidade. Por isso a mudança de look.

Enquanto um template exclusivo e fofo não fica pronto, mudei pra este verdinho porque não aguentava mais nem olhar para o anterior. E olha que eu tinha achado ele bonito, tanto que o escolhi para ser a carinha deste blog por um tempo, mas enjoei dele de tal maneira que não sei nem explicar. Sabe quando você compra aquela blusa diferentosa, você até a usa algumas vezes, mas depois cansa, ela fica encostada no fundo do armário e só sai de lá quando você lembra dela e dá pra uma amiga? Foi mais ou menos isso.

Porque a vida é assim mesmo: o que você ama num dia pode odiar no seguinte, o que você quer hoje pode não querer amanhã e assim vai!

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Um post chato

Se tem uma coisa que me fascina no ser humano é a chatice. Não estou dizendo que gosto de gente chata, mesmo porque venho notando que tenho cada vez menos paciência com a chatice alheia. O que acho fascinante é a riqueza de matizes de chatice. Cada uma é única! E o pior é que o tema me intriga tanto que ás vezes eu não resisto e vou atrás da chatice alheia, provocando pra ver o que o chato diz ou vendo o que o chato escreveu na internet, por exemplo. É como tirar casquinha de ferida: você sabe que não é legal mas não pode resistir!

Tem a chatinha da voz fininha que só fala bobaginha. Tem o chato-enciclopédia, aquele que sempre sabe de tudo e fica vomitando informações que ninguém pediu. A chata cheia de frescurite, o chato que quer ser legal mas não consegue - esse é um dos piores! A chata que não cala a boca nunca, a que nunca fala nada. O chato ansioso demais, o chato molenga demais. A chata que, não contente em ser chata ao vivo, divulga sua chatice escrevendo blogs, twitters, etc. Puts, será que essa sou eu? Espero que não!

Eu tenho uma teoria: olhando de perto, todo mundo é chato. Cada um tem suas manias, seus traumas, suas encanações, seus tiques, enfim, diferentes elementos que podem chegar a conformar a chatice propriamente dita. Eu tenho, você tem, seus pais tem, seus amigos, seu namorado. Uns mais, outros menos. Uns suportáveis, outros não. Mas todo mundo é chato de algum jeito, em algum momento ou em relação a alguma coisa.

Haja paciência, né? Chato bom é chato longe, isso sim!