sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

2011, vai embora que o futuro me aguarda.

2011 foi um ano chatinho pra mim. Bem chatinho. Um ano chorado, um ano de crise, de decisões grandes e difíceis, um ano que esteve mais pro que "ano" quer dizer em espanhol que em português (pra quem não sabe, "ano" em espanhol quer dizer "ânus". Ano é "año"). Mas, ao mesmo tempo, foi um ano chatamente necessário para as mudanças que estão por acontecer, e que eu ainda não sei bem quais são mas tenho certeza absoluta de que serão pra melhor. Como já diria a grande filósofa Xuxa, depois da tempestade vem o dia claro de verão, pra que chorar então?

Mas também não vou fazer drama. Estamos todos na família e nos amigos vivos e bem. Uns melhores, outros não, mas bem. E no fundo é isso que importa.

Então eu só desejo que 2012 seja mais legalzinho e não me encha o saco. E que a guinada seja bem-sucedida, claro. 2011, já deu, vai logo que o futuro me aguarda!

E pra quem acompanhou o blog, meu muuuuuuuuuuito obrigada e um ano novo maravilhoso!! Espero escrever mais e melhor em 2012 e que o que eu escreva divirta vocês ou pelo menos faça vocês darem um sorrisinho no meio do expediente.  Essa é a intenção.

Feliz 2012!

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Esta época

Muita gente diz que odeia esta época do ano. Que tem estresse pra comprar presente, que tem que se reunir com gente da família que você não vê durante o ano inteiro, que faz um calor desgraçado, que as decorações de Natal são bregas e outros mimimis.

Eu gosto.

Gosto de pensar nas pessoas, no gosto e no jeito delas, pra poder escolher um presente legal. Gosto de me reunir com a família, por mais que não veja todos com frequência durante o ano. Aliás, é justamente por isso que gosto desta época, porque você tem oportunidade de se reunir com pessoas queridas que nem sempre você consegue ver. Gosto de relembrar coisas com meus primos, botar as fofocas em dia, ver que estão todos bem, e este ano vai ser melhor ainda porque temos um membro novo na família, o primeiro da nova geração. Também gosto de comer até o cu fazer bico, mas este ano vou tentar não fazer isso pra não estragar o projeto Sósia da Maitê Proença Jovem 2012.

Gosto do clima de "já estamos de férias, nada importa muito", que rola mesmo quando você não sai de férias. Gosto de algumas decorações, pelo menos dá um toque diferente nas vistas de todos os dias. Gosto das mensagens, mesmo das mais piegas. Gosto da esperança pairando no ar.

Só tem uma coisa que eu realmente não curto nesta época do ano: amigo secreto. Puuuuta que pariu. Quer dizer, se é entre a família ou amigos íntimos, feito como uma forma mais econômica de presentear, beleza. Mas amigo secreto de empresa, faculdade e etc é o horror, o horror. Você se esforça para comprar algo bacana e sempre acaba ganhando merda. Ou você tira alguém nada a ver. Ou alguém que você não curte. Pelamordedeus. Eu participo de qualquer evento que você me chamar, me chama pro batizado do filho da prima da vizinha, mas não me chame pra amigo secreto. Só participo quando não tem outro jeito.

E já que eu gosto desta época, quero desejar a todos um Natal gostoso e que vocês curtam tanto quanto eu!

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Paradoxos dos 30 anos - Parte 2

Depois do estrondoso sucesso (arrã, claro!) da primeira parte de "Paradoxos dos 30 anos", aqui estão mais algumas absurdidades profundamente cotidianas desta nossa vida trintiana (inventei a palavra no post passado, gostaram?). Vamos a elas:

Hoje em dia você tem que ser diferente. Tem que tem seu estilo próprio, parte integrante do seu marketing pessoal e aquela coisa toda. MAS. Você tem que achar seu estilo próprio, desde que esteja na moda. Se não, não é legal, não é cool. Então é assim: ache seu estilo próprio usando espadrilles neste verão como todas as outras milhões de mulheres com estilo próprio. Ou ache seu estilo próprio usando espadrilles neste verão, porque é só o que as lojas estão vendendo, mesmo. Faça tatuagem para se diferenciar do resto, que também tem tatuagem. Resumindo: fazemos tanto para ser diferentes que ficamos iguais.

Mais uma: com essa de blog e twitter e sei lá o que, vivemos julgando os outros, parece que mais que antes até, ou pelo menos mais publicamente. Admito que caio nessa também. Mas às vezes temos que olhar pro próprio umbigo antes de sair falando coisas dos outros. Um exemplo poderia ser uma moça que fala dos erros gramaticais alheios mas tem um marido bem bosta que a faz sofrer. Quem é mais burrinha, a moça que não sabe português ou a do marido cocozento, né?

Tem idade que a gente é só filha. Tem idade que a gente é só mãe, porque a nossa mamãe já foi embora (bate na madeira, toc toc toc). Mas em geral, aos quase 30 é que a gente começa a ser as duas coisas ao mesmo tempo. E às vezes isso da uma pirada, né? Mesmo quem não tem pimpolhos ainda pensa "nossa, e quando eu tiver? Serei como minha mãe? Melhor? Pior? Vou encher o saco dele pelas mesmas coisas?" Maluco, né?

A mulherada aguenta parto normal, depilação com cera nas partes pudendas e outras coisas deveras doloridas sem tomar nada, só xingando até os tataravós do médico ou da depiladora e Deus, que a fez mulher. Mas se tiver uma dorzinha de cabeça ou uma cólica pré-menstrual... REMÉDIOS, POR FAVOOOR! E dá-lhe aspirina!

Outra: hoje em dia tudo é instantâneo. Depósitos em contas pela internet, e-mails pro mundo inteiro em segundos, comida quentinha em um minuto. Mas e pra perder dois quilos???? Difííícil e demooooora...

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Paradoxos dos 30 anos - Parte 1

Essa vida é cheia das contradições, paradoxos, hipocrisias e outras absurdidades profundamente cotidianas. Mas nesta fase nossa dos (quase) (mais de) 30 parece que vivemos umas bem específicas, né?  Já pararam pra pensar?

Por exemplo, aos 30 (e poucos) você de repente já fez uma pós-graduação, se bobear um doutorado. É moça estudada, independente, cheia de si. Mas é incapaz de lidar com pequenices como matar uma barata sem causar comoção no prédio inteiro ou escolher em menos de cinco minutos o que vai vestir na festa.

Eu já disse isso em algum post, mas volto a dizer aqui: os 30 são a única idade em que você tem espinhas e rugas, ou seja, os Clean and Clear convivem em harmonia no armário do banheiro com o Natura Chronos 30+ e você nunca sabe bem qual deles usar (talvez um sobre o outro?).

A mulherada, principalmente nas grandes cidades, pega o carro até pra ir à padaria que está a dois quarteirões de casa. Não levanta nem pra ir pegar água na cozinha se está vendo a novela na sala. Mas gasta fortunas na academia, onde passa horas na esteira fazendo o quê?? Caminhando tudo o que ela não caminha na vida. Né?

Com o advento (adoro essa palavra) da telefonia por internet, você consegue falar todos os dias com a sua amiga de infância que mora na Nova Zelândia. Fala com o seu casinho italiano, com a prima que está em outra cidade. Mas não sabe nem o nome da vizinha da frente. E se lembra vagamente da cara do vizinho do lado, que você cumprimenta com um "oi" murmurado nas 3 vezes por ano que vocês se cruzam.

Férias. Ah, que delicia. Você finalmente vai poder relaxar e deixar os problemas pra trás pelo menos por alguns dias. Mas aí tem o megacongestionamento pré-festas, as filas gigantescas no supermercadinho da praia, o corte de energia elétrica, as queimaduras de sol, o voo cancelado, a intoxicação alimentar depois de comer a maionese suspeita da pousada, o namorado que foi parar no pronto-socorro depois de cair de bêbado e cortar o pé, a chuva, o ar-condicionado quebrado, a briga com a tia Maria no pôquer... enfim, você tirou férias dos seus problemas velhos mas arranjou problemas novos! Relaxar? O que era isso, mesmo?

E esses não são os únicos paradoxos dessa vida trintiana. Pensei em mais alguns, que vão ficar pra Parte 2 do post! E vocês, têm algum pra sugerir?

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Tréplica de um post do TDUL


Hoje li um post no hilário Todo Dia um Look em que o autor comentava sobre as "25 coisas que as mulheres gostariam que os homens soubessem", uma lista que ele leu no Facebook de alguém. Além de morrer de rir com as respostas do moço, incluídas aqui em itálico, pensei numa tréplica porque realmente a lista tinha umas coisas... Vamos lá: 

1. Presentes fora de hora significam mais amor. Inclusive os mais simples.
COMEÇAMOS BEM, HEIN? Depois o Catra canta “Mercenária” e vocês tudo sentem a integridade ofendida. O último presente fora de hora que eu dei foi o dia em que quebrei uma vaca/porta-retrato numa lojinha e fui obrigado a comprar. Acabei dando pra namorada.
Sabe, o que significa mais amor é ele ter consideração e respeito por você, é ele estar sempre ao seu lado pro que der e vier. Claro que presente é bom e todo mundo gosta, mas presentes estão bem longe de significar "mais amor". Concordo com os caras.
2. “Legal” não é a resposta que queremos ouvir quando perguntamos se estamos bonitas.


“Legal” e “linda”, praticamente a mesma coisa. Tudo uma questão de semântica, prof. Pasquale.
É o que sempre digo: mulheres esperam que homens reajam como mulheres ou como homens de comédia romântica. "Oh, você está divina hoje, meu amor, esta cor realça a cor da sua pele e o corte do vestido valoriza as suas curvas que eu tanto amo". Meninas, é simples: não vai rolar. Há exceções, mas na média, homens não dizem isso. O jeito de eles elogiarem é esse: "legal". 
3. Nós sempre esperamos uma ligação e sentimos falta quando você não dá sinal de vida durante o dia.


QUERO MORRER E AINDA FALTAM 22 PRA LER.
Claro, não temos mais nada pra fazer do que esperar o boneco ligar. Entendo a vontade de morrer dos rapazes.
4. Nós ficamos desapontadas quando nos arrumamos toda pra sair e descobrimos que você vai com a camisa de ontem e de chinelo.
VOCÊ PODERIA ESTAR DE CHINELO QUE AINDA ESTARIA LINDA. Mas na boa, é janeiro. Não espera jeans.

Concordo com a moça em partes. A gente gostaria de ver o rapaz medianamente arrumadinho, faz bem pra vista e pro coração. Mas de novo: ele é homem. Se ele não for dos mais vaidosos, ele não vai achar que tem que escolher um look ideal pra obedecer o dress code da pizzaria do bairro com estilo e originalidade. Não é falta de consideração com a moça e nem com as horas que ela passou se arrumando. 
5. Deixe para correr e tirar finas dos carros quando estiver sozinho. Nós dispensamos esse tipo de emoção.
Mas prefere um Vin Diesel do Velozes e Furiosos do que alguém que não sabe dirigir.
Na verdade, um homem bacana jamais deveria correr e tirar finas dos carros, a não ser que seja piloto e esteja em um autódromo. Quem faz essas coisas, sozinho ou acompanhado, na minha humilde opinião é inconsequente e tem probleminhas sexuais, ou seja, boa coisa não é.
6. Nós ficamos desequilibradas antes e durante a menstruação, mesmo sem motivo algum. Aprenda a conviver com isso.

Ok.
Antes, durante e depois. Vide este post meu. Ou seja: não somos lá muito equilibradas. Podemos até tentar, mas... menos mal que eles disseram "ok", se fosse qualquer outra resposta eles iam ter que aguentar muitos comentários de leitoras (provavelmente de TPM).
7. Nós iremos questionar a sua masculinidade quando percebemos que você prefere assistir ao jogo ou jogar vídeo game do que transar.
Aprendam a conviver com isso (ref. cit. menstruação).

Ah sim, afinal o macho tem que estar sempre disposto a copular com a donzela. Sex machine. Gente, isso é mito. Concordo com os rapazes. Eu não questionaria a masculinidade do moço, mesmo porque até onde eu sei em geral a bicharada não senta pra ver futebol e jogar videogame.  Mas questionaria um pouco a relação (isso acontece sempre ou é só de vez em quando? Se sempre, por quê?) ou até as minhas próprias atitudes, afinal nem sempre que eu quero, ele quer, e não tenho por quê achar que ele tem de estar sempre pronto. Às vezes a gente só quer dormir; às vezes, eles só querem ver futebol. 
8. Você não precisa pagar a conta no primeiro encontro, mas saiba que vamos te achar mão de vaca.
Me segurei pra não postar isso na coisa número 1, mas vamos lá: A MULHER E A GALINHA / SÃO DOIS BICHOS INTERESSEIROS / A GALINHA PELO MILHO /E A MULHER PELO DINHEIRO.

Não conheço essa bonita canção e obviamente não concordo com a generalização. Mas sabem, as mulheres lutaram tanto por direitos iguais, para votar, ter destaque no ambiente profissional... por que o homem tem de ser o "provedor" no primeiro ou no milésimo encontro em pleno século XXI? Se ele quiser fazer a gentileza, ótimo, assim como você pode fazer algum dia. Mas sempre - SEMPRE - se ofereça primeiro pra dividir a conta.
9. Consulte uma amiga ou um amigo gay quando for comprar um presente.
Pedir ajuda pra amiga = dar um vale-presente de 50 reais da Saraiva. Se o cara precisa de consultoria, é porque nem vale a pena te dar presente. Na boa, véi. 

Du-vi-do que um homem médio vai chegar pro amigo gay (se é que ele tem algum) e pedir palpite do presente da namorada. Acho que ele pede pra mãe ou pra irmã, se pedir. A mulher que fala pra ele "consultar uma amiga" é a mesma que vai implicar com essa mesma amiga, aposto. Aliás, mulherada, que tal pedir algo em vez de esperar que o rapaz adivinhe?
10. Por mais desencanadas que sejamos, nós não queremos sentir o cheiro do seu pum ou o barulho do seu arroto. Principalmente dentro do carro.
Haha “pum”, haha.

Ok, "pum" é meio 3 anos de idade. Mas a moça tem razão. Infelizmente a maior parte dos mancebos tem um moleque nojento de 12 anos dentro dele, pronto pra fazer essas coisas e morrer de dar risada... sad but true. Mas sou totalmente a favor de manter o glamour até onde der.
11. Você fica sexy se barbeando, consertando alguma coisa, usando camiseta branca com jeans ou dirigindo.
E você fica sexy quando não faz listas. Mas a autora disso aqui, bem disse a Mari Messias, só pode ser viciada em pornografia dos anos 80. 

Adorei a resposta. E não concordo com a moça. Estereótipos puros, não? 
12. Se não nos sentimos amadas e valorizadas, nosso botão de “caça” é ativado automaticamente. Só leva um minuto.
“Botão de caça” é gíria para clitóris, né?
hahaha Meu Deus! Sei lá, acho que uma mulher bacana, se não se sente amada e valorizada, pula fora da relação e não necessariamente vai sair "caçando" por aí. E se leva só um minuto pra acionar o tal botão, é porque o cara não é tão importante assim, não?

GENTE TÁ RUIM DEMAIS, VOU PULAR UNS.
Que pena, mas entendo.


16. Você não precisa engordar, parar de usar perfume ou não fazer mais a barba depois que começamos a namorar. A concorrência é forte.
Fiz os três.
A gente também não precisa engordar, parar de usar perfume e de se depilar depois que começamos a namorar. A concorrência é forte. Mas a vida não é o casamento da Barbie e do Ken. As pessoas envelhecem, têm filhos e às vezes se esquecem delas mesmas, passam por momentos de merda, têm outras prioridades ou simplesmente desencanam. Acontece, namorando ou não.


17. Entre bombons, flores e ursinhos de pelúcia, nos dê um sapato.
Entre 25 dicas, nos dê um boquete.

Homens e boquetes... mas voltando ao sapato: ok, desde que dê pra trocar depois. Eles dificilmente vão acertar. 
Não aguento mais. Meus olhos tão queimando, tá ruim demais. Tô quase cogitando chupar uns pintos tamanha a babaquice que essa lista aplica no sexo feminino. Eu sei que vocês são mais que isso, suas Amelia Earheart.
E caso você tenha gostado da lista, se identificado e ainda assim tem namorado, só posso dizer uma coisa: tua bunda deve ser bem bonita.

Eu não vi a lista completa então não sei se gostei ou não. Não gostei dos itens que eu li. O autor não tem lá muita finesse (quem sou eu pra falar de finesse??) mas ele tá certo: somos muito mais do que isso!

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Onde se consegue leite condensado na Mauritânia?

Puts, tô vendo um programa no Discovery sobre obesidade e diz que na Mauritânia eles engordam as meninas para o casamento, porque a mulher magra é "uma vergonha para a família" segundo a (mauritanesa? mauritaneira? mauritanista?) entrevistada. A gordura é um sinônimo de beleza lá, e diz que o tamanho de uma mulher indica o tamanho do lugar que ela ocupa no coração do marido. Pois é!

Isso me fez refletir sobre a relatividade da beleza, as diferenças culturais, as pressões sociais, a obrigação de ser magra e até mesmo sobre a minha relação com o meu corpo e com a comida, que sempre foram relações um tanto quanto conflituosas.

Cheguei à seguinte conclusão: BORA TODO MUNDO PRA MAURITÂNIA SE ENTUPIR DE BRIGADEIRO E PIZZA E SER GORDA E FELIZ E COM O POVO TE ACHANDO GATA???

(Brincadeirinha, gente. Brincadeirinha. Mas será que tem pizza na Mauritânia? Leite condensado? Pode ser uma alternativa, sei lá...)

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Lições do dia

Hoje foi um dia cheio de lições. Primeira: não comer empanada de carne de origem desconhecida. Ela pode, no melhor dos casos, ter gosto de peixe em vez de carne e, no pior dos casos, bom, vocês sabem.

As outras foram numa palestra do mestrado que eu fui hoje. O cara que deu a palestra é gerente de RH de um banco e tem como hobbie fazer corridas de aventura. Ano passado ele foi fazer uma em um monte, se perdeu, caiu e ficou 41 horas num pedacinho de terra e pedra à beira de um precipício enorme. Não tinha como subir, não tinha como descer (a não ser caindo e morrendo, mas nem era uma boa opção).

Aí ele passou um filminho contando a história, falou de como teve de se controlar pra não se desesperar - depois do desespero inicial, claro - e de como foi um milagre ele ter caído bem nesse mini espacinho que salvou a vida dele. Falou que agora agradece por cada dia e que valoriza muito mais as pequenas coisas da vida.

Bacana.

Mas a verdadeira lição pra mim foi: não vá em palestras dadas por alguém que viveu uma situação extrema quando estiver na TPM. Você pode terminar sendo a única a chorar copiosamente e ainda ter de controlar a vontade de levantar e dar um abraço emocionado no cara!

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

No que você está pensando?

Mas que perguntinha, hein, seu Facebook? Ela dá margem pras pessoas publicarem cada coisa, sabia? Tava lá agora e tava me dando vontade de zoar geral, aproveitando o espírito "chutando o pau da barraca" que eu tenho tido ultimamente.

Tipos, neguinho publica no mural um tratado político? Comento: "ZZZZZZZZZ"

Neguinha bota foto de biquíni toda se querendo? "Amiga, que lindas fotos das férias! Olha, vi que a Onodera tá com umas promoções ótimas de eletrolinfomética contra celulite, aproveita!" No caso dos rapazes, poderia ser algo contra a calvície. 

Mamãe publica imagens do ultrassom dizendo "fulaninho está com 17 cm, 1500 gramas e (insira aqui aquelas medidas estranhas que eu não faço ideia do que significam)? E isso a cada semana? "Olha, eu não faço a mais puta ideia do que querem dizer esses números, mas imagino que querem dizer que o nenezinho tá bem, então felicidades e estou torcendo por vocês!" Precisa ficar detalhaaaando? Pra quem não é mãe ou não é obstetra, essas coisas não tem lá muita importância.

Tem sempre aqueles (em geral "aquelas") que só botam coisa contra inveja, ou dando indireta, dizendo que as pessoas isso isso e aquilo e que elas são muito superiores. Sei lá... eu nunca acho que alguém me inveja, ou nunca paro muito pra pensar nisso. Prefiro me concentrar nas pessoas que eu gosto e que gostam de mim. Fora que, será que a vida delas e elas mesmas são tão maravilhosas assim pra atrair taaanta atenção? Digo isso porque meus amigos bem-sucedidos e/ou geniais de verdade nunca postaram coisas do tipo. 

Pelo menos tem sempre os que postam frases engraçadas, artigos interessantes, belas fotos, piadinhas bem-feitas, opiniões com fundamento, ataques de mal-humor que acabam sendo divertidos... por eles é que vale a pena ter Facebook, né?

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Uma das coisas boas da vida

A vida é cheia de coisas boas, né? Tipo viajar pro lugar que você sempre sonhou conhecer, beijar na boca, entrar na calça que antes não fechava, enfim, a lista é enorme e varia de pessoa pra pessoa.

Mas tem uma coisa muito, mas muito boa mesmo, que dá um prazer incrível, e acho que a mulherada vai concordar comigo. Não, não é isso que você está pensando, safadinha. Nem é brigadeiro. Não, também não é mousse de chocolate. E nem sapato novo.

A coisa boa da vida de que eu estou falando é quando você tem a oportunidade de esnobar um rapaz que te esnobou antes. Aconteceu comigo esses dias e não foi a primeira vez (obrigada, mundo!). Quando você tava toda florida pra cima dele, ele nem tchum, e agora que você está em outra, feliz e contente, ele que vem florido pra cima de você, em geral fazendo aquele contatinho besta de "e aí, como vai a vida? Eu tô bem, tô ótimo, tô solteiro" Pra cima de moi, amigão??

Às vezes o universo te proporciona essa dádiva aaaanos depois que você levou a(s) esnobada(s). Isso é até melhor, porque você pensa "nossa, mas depois de tanto tempo ele ainda lembra de mim" enquanto faz um esforço pra lembrar direito da cara do fantasma e de quando foi a última vez que vocês se viram. Além da vingancinha, a gente ainda fica se achando. Não sei se deveria ser bom, mas é!

A gente fica mais propensa a esnobar um fantasma do passado quando já tem um rapaz, se bem que nem precisa estar namorando/casada/tico tico no fubá pra fazer isso: basta não querer mais o infeliz na sua vida, ou pelo menos não como candidato ao seu coração ou à sua cama. Por exemplo, uma das esnobadas-bumerangue (o cara esnoba e é esnobado de volta) mais bonitas que eu dei na vida foi quando eu estava bem encalhada solteira e o moço veio cheio de graça no MSN. Não quis nem saber: "é, mas então, já se passaram muitos anos, você casou, eu moro em outro país, já era". Teria acrescentado "tománocu antes que eu me esqueça" mas achei melhor não. O mais importante nesses casos é a nossa segurança e nossa auto-estima, e não ter alguém pra chamar de nosso.

Vivi também uma esnobada muito maravilhosa que eu descrevi aqui (quem manja de astrologia, destino, sei lá, essas coisas, por favor leia e me diga o que achou) que nem sei se chegou a ser uma esnobaaaada, porque não ficaram claras as intenções do fantasma, mas foi uma esnobada mais de "não, não tem lugar pra você nem no meu Facebook e nem na minha vida". E tome!

Não é uma delícia? "Agora não quero mais, filhote! Brigada, viu!" Não dá vontade de começar a dançar ao som de "AND IT`S TOO LATE, BABY, NOW IT¨S TOO LATE" ou de atacar de Marisa Monte cantando "o que me impooorta ver você sofrer assim/ se quando eu lhe quis você nem mesmo soube dar amoooor"? Mas em geral a gente só dá uma risadinha boba, sozinha, enquanto pensa "bem-feito, babaca." E é suficiente!

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Engraçadinho

O moço de camisa estranha chega pra ela na balada e diz:

- Sabe o que eu tenho aqui no meu bolso?

Ela achou a pergunta tão descabida que nem parou pra pensar em tudo o que ele poderia ter no bolso e muito menos em por que diabos um homem perguntaria isso a uma mulher em uma discoteca. Só conseguiu responder "ai, o quê?" E ele, fazendo uma voz de comediante dos anos 50 e tirando uma carta de baralho do bolso:

- Um coringa!

Não deu nem dois meses e já estavam morando juntos. Ela achou o máximo essa originalidade dele, esse senso de humor, esse frescor. Ela dizia pras amigas "foi uma abordagem inédita!" e morria de rir. Ele era o que ela nem sabia que estava procurando. Alguém capaz de surpreender, de fazer o inusitado. A vida dela não era fácil, ela precisava de alguém assim, que a fizesse esquecer dos problemas.

Viveu seis meses feliz com o seu piadista, se orgulhava de estar com "um cara super alto astral, sabe? Alegre!" Tinha feito a escolha certa.

Até que um dia ele lançou a do "é pavê ou pacomê?" no jantar de Natal na casa da Tia Eunice.

E depois teve a vez que ela estava com o cabelo meio armado (umidade, sabe como é) e ele disse "morzão, o que você passou no cabelo?"

- Nada, ué!

- Pois devia ter passado um pente!

E começou a gargalhar. Depois dessa ela demorou mais de um mês pra conseguir transar com ele de novo.

E teve o churrasco de aniversário do irmão dela, onde ele ficou horas chamando de "bambi" o sobrinho são-paulino dela de 6 anos. "Por que bambi, papai?"

E depois ele repassou um powerpoint com classificações de peido pra todos os contatos de e-mail dele. Incluindo ela, amigos do casal, parentes.

Mas o negócio degringolou quando, durante um jantar gourmet que ela estava preparando para alguns casais amigos, ele disse pra Gisela, moça finíssima que trabalhava com ela e que vestia uma belíssima blusa de seda com babados:

- Ô GiselE! GiselE! A sua blusa, ó, aqui no pescoço, tá tudo babado!

E começou a gargalhar. Ninguém mais riu e logo voltaram a comentar a crise do bloco europeu, enquanto ele tentava interromper dizendo "babado, de baba e da roupa, entenderam? Hein?"

No dia seguinte ela se mudou de volta pra casa da mãe. A velha sofria de artrose, bursite, gota, obesidade mórbida, pressão alta e psoríase. Ah, e depressão crônica. Morava com um gato preto manco de 16 anos em uma casa caindo aos pedaços num bairro decadente da cidade.

- Mas pelo menos ela não faz piadinha imbecil. Alto astral, o cacete. A vida é uma merda mesmo.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

30 + 1

Aí ontem eu fiz 31 anos e tive que ouvir de novo "e aí, vai mudar o nome do blog?" Não, minha gente, afinal 31 anos é quase 30! "Quantos anos a Nadja tem, 30?" "Não, quase, 31 na verdade". Então o nome do blog fica como está.

Mas mesmo com essa idade tão avançada eu continuo curtindo fazer aniversário e festejar o fato de ter ficado viva mais um ano. Espero que tenha sido mais um de muitos. E é bom curtir um dia em que pessoas queridas te ligam, te mandam mensagem, dizem coisas lindas pra você e te fazem chorar algumas vezes, né?

E como eu cheguei aos 31? Bem. Continuo podendo dispensar a base na maquiagem e o relógio biológico ainda não está gritando. Só estou num momento meio delicado da vida, no qual talvez tenha que dar um grande salto sem saber direito se a rede de proteção está bem colocada. Tanto que tenho repetido pra mim mesma o velho ditado "quem não arrisca, não petisca". Mas faz parte.

Então parabéns pra mim e que eu continue me virando nos (quase) (mais de) 30!

sábado, 5 de novembro de 2011

No espelho (ou "assim funciona a mente feminina")

Nossa, hoje eu estou o cão. O cão chupando limão e olhando pro sol. Mais feia que bater na mãe na frente das visitas. Feia de juntar criança. Olha só como eu sou deformada! Um olho maior que o outro, esse nariz de batatinha. O que é isso? Meu Deus, vai me nascer uma espinha. Uma espinha! Faz um adolescente que fui adolescente e ainda tenho que lidar com espinhas? Os 30 devem ser a única idade em que rugas convivem com espinhas no nosso rosto. E o gelzinho Clean and Clear com o Natura Chronos no armário do banheiro. Que tristeza.

Por que eu tenho a cara tão estranha? As pessoas sabem que eu sou estranha? Elas reparam que eu tenho um olho maior que o outro, e esse nariz, etc etc, ou elas tem mais o que fazer? Elas devem ter mais o que fazer, eu é que tenho essa cara e não posso me livrar dela, trocar por outra. Quer dizer, hoje em dia até dá pra mudar de cara, mas é um dinheirão e dificilmente você fica melhor. Eu tenho esta cara. Por que? Por que esta e não a da Ana Paula Arósio? Ou a daquela moça horrorosa aqui do prédio? Por que esta?


Esta é cara com a qual vou ter que conviver até morrer. Ela vai mudar, claro, mas basicamente vai ser essa. Os olhos vão continuar um maior que o outro, só com mais rugas ao redor. Vai cair tudo. Será que vou ser aquelas senhoras bonitonas? Será que vou pirar na batatinha, tentar correr atrás da juventude perdida, fazer 29 plásticas e virar uma aberração? Será que os cremes que passo desde os 25 vão ter adiantado? Sei não, porque olha só essa ruguinha aqui quando sorrio. E nos olhos. Ai ai ai.

Vou me maquiar que eu ganho mais, se não vou me atrasar pra festa. Base. Corretivo. Sombra. Outra sombra. Oooutra sombra. Lápis, rímel. Ficou bom! Batom, gloss. Pronto.

Pensando bem, até que não sou de se jogar fora, né? Uma boca bonitinha, olhos expressivos. Fico bem com essa maquiagem. Não tenho aquele nariz indecente da moça aqui do prédio. E ontem ouvi "oi, gatinha" de um motoboy quando ia atravessar a rua, então tão mal no estou, né? De pedreiro não adianta ouvir nada, eles falam qualquer coisa pra qualquer uma, mas acho que motoboy tem um pouco mais de credibilidade, né? Pouquinho. Esse meu ângulo realmente me favorece. Vou tirar uma foto assim pra colocar no Facebook. Com biquinho ou sem biquinho? Sem, melhor. Hoje eu tô é linda, isso sim!

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Voltarei e serei milhoes

Eu tava escrevendo um post. Na verdade tem dois incompletos esperando um final. Mas o ritmo esta semana está bem intenso (pra não dizer quase insuportável), então prefiro esperar. Prefiro escrever bonitinho (pelo menos pra mim) do que escrever qualquer cocô caindo de sono só pra publicar alguma coisa e não deixar este pequeno blog às moscas.

E eu não funciono sem umas boas horas de sono. Não adianta.

Então eu vou é dormir e sonhar com posts lindos e bem escritos e divertidos e com milhares de views.

Mas voltarei em breve!

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Da série "a gente sabe que está ficando velha quando..." - na chuva

Este é mais um post da estupenda série "A gente sabe que está ficando velha quando...". Sei que esses posts têm sido frequentes, o que atribuo à falta de tempo para escrever algo mais complexo e à proximidade dos meus 31 anos (domingo!). Mas vocês gostam, né? Espero que sim! Então vamos lá:

Estava com uma amiga andando à noite pelas ruas do centro portenho quando começa uma repentina e incômoda garoa. Minha amiga diz, exultante:

- Nossa, ainda bem que tirei as roupas do varal!

Se jovem fosse, minha amiga estaria com medo da garoa, que estragaria o seu penteado (quem nunca gritou, na fila da balada, "ai, essa chuva vai acabar com a minha escova/chapinha/babyliss?). Mas não. Aos (quase) 30, ela nem pensou nisso, o importante era que as roupitchas dela estavam em um lugar seguro e abrigado.

É... a gente sabe que está ficando velha quando se preocupa mais com a roupa no varal que com o cabelo.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

sábado, 22 de outubro de 2011

Mané problema

- Mozico...
- Fala.
- Você usa seu dinheiro e os presentes que você me dá para evitar os con... con... confrontos? É, confrontos, na nossa relação?
- Nossa, de onde você tirou isso, Danielle?
- Minha terapeuta que disse.
- Ah, você ainda tá nessa de terapia? Já disse que é besteira. Esses terapeutas só querem deixar a gente louco pra continuar indo neles e eles continuarem ganhando dinheiro. Até eu posso ser terapeuta, olha, vou fazer uma sessão agora mesmo com você em uma só frase: é tudo culpa da sua mãe e do seu pai. Pronto. E nem vou te cobrar a sessão.
 - Ela está me ajudando muito a resolver meus problemas, Hélber.
- Que problema, mané problema, Danielle? Você é bonita, gostosa, e namora comigo, um cara boa pinta, com grana e que te dá tudo o que você quer. Que problema você pode ter na vida, Danielle?
- Todo mundo tem problemas, amor. Eu às vezes fico meio assim, sei lá. Ah, e ela disse também que você usa essas coisas pra me subjogar.
- Subjugar, Danielle. Subjugar.
- É, isso.
- Meu Deus... Danielle, olha só, amorzinho: desencana dessa terapia. Escuta o que tô te falando. Pra que você vai pagar alguém pra ficar botando caraminhola na sua cabeça? Bobagem.
- Ai, será? Mas é que...
- Escuta o que tô te falando, Danielle. Eu só quero o seu bem. A melhor terapia pra mulher, sabe qual é?
- Comer chocolate?
- Que chocolate, mané chocolate! Chocolate engorda, né, Danielle? E nenhuma mulher vai resolver seus problemas engordando e embarangando, pelo amor de Deus.
- Então qual é a melhor terapia pra mulher?
- Comprar, né, Danielle? Comprar. A mulher vai lá, compra uma coisinha nova, fica contente, não fica pensando besteira e ainda por cima fica mais bonita.
- Ai, não sei se é tão assim.
- Tô te falando, Danielle. Olha, tá aqui, quanto você quer, 500 reais? 600, vai. Toma. Vai lá comprar aquela bolsa que você adorou lá no shopping e depois você me fala se você continua com algum problema, tá? Tá bom, amorzinho? Que problema, mané problema...

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Da série "a gente sabe que está ficando velha quando..." - novinha

Estava eu numa animado conversa com uma amiga da minha idade, (quase) 31 (puta merda, quase 31, ontem mesmo a gente tinha 18 e tava recebendo trote dos veteranos na facu). Mas enfim.

Estava falando das agruras da vida de uma amiga minha. Idas e voltas, brigas e reconciliações, problemas com filhos, aquela coisa toda. Aí minha amiga pergunta, só de curiosidade: "mas Ná, ela é novinha?". E eu, sem nem pensar:

- Não, ela tem a nossa idade.

Analisemos a frase: eu afirmei categoricamente que ela NÃO é novinha. Afinal, ELA TEM A NOSSA IDADE. Que se formos pensar, é de apenas 31 anos. Considerando a expectativa de vida atual, não é nem metade. Mas na minha cabeça, não, ela não é novinha. Novinha é quem tem, sei lá, metade da minha idade. Eu não sou novinha, nem a minha interlocutora. Já somos mulheres feitas, vividas, lutando contra as rugas de expressão. Ou seja, velhas. Pode não ser verdade, mas na fabulosa mente de Nadja G., é assim.

É... a gente sabe que tá ficando velha quando diz que uma moça da nossa idade não é novinha.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Desafio "Um ano sem comprar roupa" - ACABOOOO OUOUOUOOOO

Não sei se é um grande feito da humanidade, ou pras mulheres, não sei nem mesmo se é um grande feito pra mim, mas sim, eu fiquei um ano sem comprar roupa. CACETE, UM ANO SEM COMPRAR ROUPA!

Eu escrevi sobre isso pela primeira vez em janeiro (tá aqui), mas é algo que eu vinha fazendo desde o dia 12 de outubro de 2010, ou seja, há um ano, desde que cheguei de viagem cheeeia das roupitchas novas, dei de cara com o meu armário pequeno e lotaaado e pensei "gente, pra quê tanto?".

"Mas e aí, Nadjones, saiu comprando tudo o que viu pela frente ontem?" Olhem, na verdade não, porque como eu disse em algum outro post, se eu fizesse isso não teria muito sentido ter ficado um ano sem comprar, afinal eu continuo não "precisando" de muitas coisas (o "precisando" está entre aspas porque o sentido dele varia muito no universo feminino, como escrevi neste post). Mas fui pra São Paulo e, no derradeiro dia 12, comprei uma roupa. COMPREI UMA ROUPA! Um vestido jeans na C&A. Fazia anos que eu procurava um vestido jeans e ainda por cima estava com um precinho camarada, então não tive dúvidas. Foi um presente ideal pra mim mesma por ter conseguido fazer o que fiz. Foi paixão à primeira vista, e olha que nem sou chegada na C&A, entrei lá pra procurar uma coisinha pro meu rapaz. Meu pai estava comigo e até nos abraçamos, foi um momento quase emocionante. Eu tinha dito que estava pensando em esperar perder uns kilogramas pra comprar roupa, mas comprei o vestido meio justinho pra ficar bom quando as banhocas diminuírem (sim, sou realista e digo "diminuírem" e não "sumirem").

Durante esses 365 dias sem comprar roupa, eu passei vontade e foram várias as tentações, mas eu aprendi muito ao ver que podia superar isso sem depender de nada a não ser de mim mesma. E isso com certeza vai me ajudar em outras áreas da vida, porque não é tão fácil reconhecer que podemos cumprir algo que nos propusemos, né? Mas como diria Obaminha, yes, we can!

E agora, José? Como continua minha vida pós-um-ano-sem-comprar-roupa? Não quero ficar acumulando coisas que não uso e nem sair comprando coisas que não preciso (só de vez em quando, né, também sou filha de Deus e não resisto muito a coisinhas coloridas). Então acho que vou fazer o seguinte: entra algo, sai algo. Toda vez que comprar algo do ramo roupas/acessórios, tenho que dar pra alguém ou separar pra caridade pelo menos algum item. Por exemplo, comprei sapatos? Dou um usado. Comprei um vestido? Dou uma camiseta. E assim vai.

Vou começar a fazer isso agora mesmo: comprei o vestido e quatro sapatos em São Paulo. Então vou dizer adeus à minha bolsa da Nike citada neste post, mesmo porque semana passada encontrei uma substituta à altura pra ser minha companheira de viagens e ainda por cima de um jeito mais elegante. E devo ter alguma camisetinha véia que esta lá enfurnada no meu armário também. Como vou chamar esse outro desafio? "É dando que se recebe"? "Comprou, Deu"? Sei lá. Nem sei se chega a ser um desafio.

Mas então é isso, minha gente, consegui ficar um ano sem comprar roupa. CONSEGUI FICAR UM ANO SEM COMPRAR ROUPA! *rojões* *rojões* *rojões*

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Viajando

Tô viajando e curtindo a família e comendo o máximo possível de catupiry, mas já já eu volto a escrever!

E depois de amanha vou poder comprar uma roupitcha! EEEEEE

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Desafio "Um ano sem comprar roupa" - tá acabando!!

Não sei se alguém sentiu falta, mas ando meio ausente, né? É porque tô fazendo uns free lance pra garantir uns presentinho melhor pras criança no Natal, e entre fazer o que se faz por gosto e o que se faz por dinheiro, fico com a segunda opção, afinal não sou boba nem nada!

Mas interrompi meus trabalhos apenas para dizer que daqui uma semana, uma mísera semana, acaba meu desafio de ficar um ano sem comprar roupa. E não pretendo comprar nada de roupa até lá, então YAY! Viva eu! Mas melhor deixar pra festejar quando terminar, né? Nunca se sabe quando a tentação baterá à nossa porta. Ainda mais com viagem marcada pro Brasil bem nos últimos dias do desafio.

Como já disse em algum post anterior, vai ser bem estranho sair de uma loja com  roupas novas, ou achar algo bonito e pensar "ei, posso comprá-lo!" Já me acostumei a ser praticamente uma voyeur têxtil (nossa, forcei), olhando, babando, cobiçando e saindo de mãos abanando. Já me acostumei a desenterrar algo do meu próprio armário quando quero sair com algo diferente, o que aliás eu recomendo muito. Todas nós temos coisas ótimas e esquecidas, podem ter certeza!

Agora estou pensando em um novo desafio, que na verdade não é bem um desafio. É que estou tentando perder uns quilitos (desde 1987, mas abafa) e estou pensando em comprar roupas só depois que eles tiverem abandonado meu corpinho, o que deve demorar alguns meses. Ou pensei em comprar agora roupas que eu possa usar com 8 quilos a menos, mas seria arriscado, né? Primeiro, vai saber se vou conseguir perder esses quilos (e se não vou achá-los logo depois) e segundo, vai saber como eu vou ficar, né (gatérrima, imagino, mas vai saber o que vai ficar bem em mim ou não). Estou pensando até em me dar uma jaqueta de couro bem bacanuda como prêmio se conseguir atingir a meta, e pensar "olha a jaqueta!" cada vez que quiser comer um docinho ou uns pedaços de pizza a mais (afaste de mim esse cálice, pai).

Tenho esta semana ainda pra decidir o que vou fazer. O que vocês acham melhor? Me ajudem a pensar!

Então contagem regressiva pra poder voltar a sair com alguma sacolinha das lojas: faltam 7 dias para terminar meu desafio de um ano sem comprar roupa! EEEEEE

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

As típicas do relacionamento

Bom, já que o "as típicas da solteirice" fez sucesso, vamos falar agora da outra cara da moeda: de quando a gente tem uma companhia masculina fixa, ou seja, quando temos um rolo/namorado/marido/tico-tico no fubá como diria o Silvio Santos. Como no outro post, vamos elencar (gostou?) dez das situações que passamos ao lado dos nossos garbosos pares:

- Ás vezes você fica olhando pra ele quando ele está dormindo ou distraído, e pensa: "nossa, como ele é lindo... olha que fofura... se bem que ele tem o nariz meio estranho, né? E os olhos meio separados demais... aaai, mas são olhinhos tão lindos... mas a cara dele é meio torta, né? Pensando bem ele é meio estranho... mas é tão bonitinho..." e assim vai.

- Pelos e cabelos: nossos belos e sedosos cabelos caem. Eles parecem ter uma preferência pelo ralo do banheiro ou pelos travesseiros e almofadas da casa. Nossos rapazes reclamam, esquecendo que o corpo deles costuma ser coberto de pelos que fazem questão de cair em tudo quanto é canto da casa, principalmente no sabonete. E os pelinhos de barba na pia? O horror, o horror.

- Você quer, ele não quer. Você não quer, ele quer. Quase sempre. E isso serve pra pedir uma pizza, pra sexo, pra ir no aniversário da Tia Tônia, pra ter um filho, pra pintar uma parede do apê de laranja...

- Você vai toda feliz mostrar pra ele o sapato lindo, colorido e diferentoso que comprou. Ele faz cara de nojinho e te olha como se você fosse um E.T, dizendo "eu acho estranho, mas se você gosta..." O mesmo acontece quando ele te mostra a TV LCD HD super surround sound mega DVx que ele comprou em 24 prestações e que tem 230 funções, das quais ele vai usar três (ligar, regular o volume e mudar de canal). "Eu acho estranho, mas se você gosta..."

- Você conta uma história que acabou de acontecer, ba-ba-do!, se esmera em contar os detalhes, as idas e voltas, os personagens e o surpreendente final. Fica matraqueando uns 37 minutos. Ele diz "ah, é? Poxa" e muda de assunto sem sequer fazer um comentário sobre a quentíssima que você acabou de contar.

- Ele sempre diz que você é exagerada, você sempre diz que ele é frio. Segundo o DataNadja, isso acontece em 87% dos casais heterossexuais das classes A, B e C nas principais capitais brasileiras. É ou nao é?

- Outro motivo de constantes conflitos: o cobertor. É comum um dos membros do casal acordar com frio e bravo porque o outro puxou demais o cobertor pro seu próprio lado. Isso costuma ter consequências bem complicadas: trocas de acusações, gritos, cara feia, ameaças (vou te botar pra dormir no sofá, hein!).

- Eles quase nunca acertam quando compram presente pra gente. Só se contam com ajuda, e ainda assim tem que ser ajuda boa, porque não é qualquer ajuda que ajuda (vixe!). Esperamos ganhar uma linda bolsa, ganhamos uma meio brega e baratex (escolhida pela sogra). Esperamos um jantar romântico, ele prefere pedir uma pizzinha porque está cansado. Já a gente repara se ele estava precisando de uma blusa nova, se comentou que queria comprar aquele DVD, então quase sempre a gente acerta. Injustiça.

- Somos seres humanos. Seres humanos suam, exalam, excretam. Líquidos, gases, ruídos, melecas em geral. Eu sou assim, a Beyoncé é assim, o seu namorado é assim. E às vezes, por mais que a gente tente manter o glamour na relação (sou super a favor), a gente perde o controle sobre o nosso corpinho e as escatologias e fisiologias fazem a gente passar vergonha. Mas nisso os casais são diferentes: enquanto algumas moças mandam o mancebo ir dar uma volta só pra elas fazerem seu cocozinho e ele não ver/ouvir/sentir nada, outras fazem concurso de arroto com o moço e dão risada se eles peidam e metem a cabeça delas debaixo do cobertor.

- Se tinha uma coisa que eu odiava quando não tinha namorado era ver casal se falando com vozinhas e apelidinhos babacas. "Tchutchito, pô favô, faz isso pa sua pitinininha". O horror, o horror.  Pois bem. Só que um belo dia o cupido bateu à minha porta e na flechinha que ele acertou em mim devia ter o veneno que faz os apaixonados falarem assim. Então adivinhem como eu falo com o meu rapaz? Não chega a ser uma voz de bebê dessas vomitáveis, mas é uma vozinha. E grande parte dos casais faz isso, né? Tem que ter pelo menos o bom senso de não falar coisas tipo "pitchuco, hoxe eu não quelo ir no supelmelcado" na frente de outras pessoas.

Ter um relacionamento é bacana, mas também rolam várias frustrações, conflitos e afins de diferentes intensidades. Às vezes é uma delícia, às vezes cansa e você pensa "ai, será?". Só que então você lembra das típicas da solteirice  e aí...

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Da série "a gente sabe que está ficando velha quando..." - tá comendo direito, menino?

Agora no Facebook aparecem umas fotonas na nossa página inicial, né? Às vezes não precisa nem clicar nelas pra ver.

Aí hoje apareceu a foto de um amigo que foi morar do outro lado do mundo há alguns meses. Ele é um moço muito bom, gracinha de rapaz, e é uns 6 anos mais novo que eu.

Achei ele mais magro na foto, e então a minha linha de pensamento foi a seguinte: "nossa, parece que ele emagreceu... também, coitado, morando lá na casa do chapéu, sozinho, na balada, não deve estar comendo direito..."

Comecei a escrever um comentário na foto: "menino, você está comendo direito??" Por sorte eu pude me controlar a tempo e apaguei a frase. Quantos anos eu tenho pra perguntar isso pra um rapaz de 20 e poucos anos?? 65?? Sou amiga dele ou sou a Tia Cotinha?? Em vez de pensar se ele está gatinho ou feio, se eu pegava ou não pegava, me preocupo se o rapaz está comendo direito??

É... a gente sabe que está ficando velha quando tem vontade de perguntar "tá comendo direito, menino??" pros próprios amigos.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Frase do dia

"Para um homem se dar bem com uma mulher, ele precisa aprender apenas quatro letras do alfabeto: O, B, D, C" (roubada do Facebook alheio)

sábado, 17 de setembro de 2011

Um momento raro de chatice extrema

Eu escrevi uma vez um post sobre a chatice das pessoas e como ela me fascina.  Digo e repito que todo mundo é chato. Uns mais, outros menos, alguns em graus extremos. E alguns como um ser que eu revi hoje depois de anos, que vai além de extremamente chato. Não há palavras para descrever a chatice dele. De 0 a 10, ele é um chato nota 1000000. Não olhei pra confirmar, mas acho que a definição de "chato" do Aurélio deve ter o nome dele lá. Se não, deve estar no verbete "babaca". Certeza.

Escrevo este post às 3 e pouco da manhã, ainda sob o impacto de um momento que presenciei graças à tal figura e que foi emocionante de tão raro, pois concentrou diversos indicadores de chatice e sem-noçãolidade em poucos minutos. Fiquei até sem palavras logo depois, e olha que pra me deixar assim é difícil. As últimas vezes que lembro de ter ficado sem palavras foi em 2008, quando presenciei o Felipe Massa perdendo o título da F-1 em Interlagos na última curva e fiquei uns 10 minutos olhando pra cara do meu amigo global sem conseguir dizer nada; e em 2009, ao realizar um dos meus sonhos visitando a Hagia Sophia em Istambul. Pra vocês verem como foi uma experiência intensa.

Então vamos aos fatos: a moça organiza uma reuniãozinha em seu diminuto apartamento, sexta-feira, lá pras dez da noite. Convida 3 amigos daqui, 4 de lá, dois de acolá. Os grupos interagem, bebem cerveja, comem quitutes, os que não se viam há tempos botam as fofocas em dia. Tudo corria bem até que a dona de casa anuncia: fulano tá vindo pra cá. Convidei porque ele me fez um favor e vai trazer cerveja.

Fulano é conhecido na comunidade pela chatice. É o mayor da Chatolândia. Um dos seres humanos mais chatos que já habitou este planeta na história da humanidade. Mas vai trazer cerveja.

Chega o mala sem alça, sem rodinha e com zíper quebrado (porque chamar ele de "mala" é pouco). Às duas da manhã, quando quase todos tinham ido embora e éramos apenas cinco. Com cerveja e mais dois amigos: um narigudo de chapéuzinho e outro com uma cara de fezza* e mais peito que eu, e olha que eu sou bem fornida.

O narigudo está com um violão e um amplificador.  Pergunta pra dona de casa se pode ligá-lo, e ela, desencanada que só, diz que sim. Eu acho que tenho um treco se nego que eu não conheço chega ao meu apartamento às duas da manhã com um violão e um amplificador. Um amplificador. Pra tocar em um ambiente de 6 m2 com meia dúzia de gato pingado. Um amplificador!!!

Os babacas  rapazes armam o show. O chatonildo faz cara de circunstância e diz, com voz impostada, que o do chapéu é um grande violonista, que ele aliás tinha acabado de roubá-lo de um show. "Só se for show no metrô, né?", pensamos. Nós continuamos conversando, eles pedem atenção. "É que faz tempo que não nos vemos, preferiríamos conversar", digo eu do alto da minha meiguice. Mas minha patada meu doce comentário é ignorado e eles começam a tocar. Tentamos continuar conversando.

Aí eles tocam Elba Ramalho, e considerando que estamos em outro país, o povo, saudoso, se empolgou um pouco. Depois tocaram "chooora/me liga/implooora..." de João Bosco e Vinicius, hit do verão por estas bandas. Viram que os presentes começaram a cantar junto e se empolgaram: o chato cantava aos gritos, o Tetinhas batia palma, o do violão começou a fazer macaquices pelo "palco" (relembrando, uma salinha) subindo no sofá, pulando, subindo no amplificador, pulando de novo, como se fosse uma estrela de rock num palco no Maracanã. Numa dessas, sem querer deu uma voadora no peito da dona da casa, que passava desavisada em busca de um copo de cerveja e só conseguiu dizer "ai, caralho!". Coitada.

Eu fui ao banheiro e, quando voltei, a tchurma tava querendo tirar foto. O do chapéu se pendurou no pescoço da minha amiga, moça séria e compromissada, que antes do flash fez malabarismos pra se livrar dos braços do infeliz. O Peitinhos parece que dizia "olha o passarinho" e tocava o seu respectivo passarinho, mas isso eu não vi, me contaram.

Era demais pra mim e pra minha amiga. Nem beber eu bebo pra poder aguentar essas figuras com leveza no coração. Antes de ir embora ainda pude ver o Samsonite fazendo air guitar e cantando cara-a-cara com o do chapéu, emocionados, como se estivessem no Madison Square Garden fazendo um dueto pra 30 mil pessoas. Minha gente, é batata: todo chato faz air guitar em momentos inoportunos. É até uma coisa meio Tostines: faz air guitar porque é chato ou é chato porque faz air guitar?

Meu Deus.

Quem chega no apê de uma pessoa com a qual não tem tanta intimidade assim, às duas da manhã, com dois panacas, e tenta fazer um Rock in Rio em uma salinha??? Tudo isso que contei aconteceu em, sei lá, meia hora. Por isso disse que foi um raro momento de concentração de chatice em poucos minutos. Não sei como terminou porque não pude suportar tamanha imbecilidade e fui embora. Quem faz isso, minha gente?? Acho que só alguém cuja foto deve aparecer se você procura "chato" no Google Images. Não tem outro jeito.

* fezza = palavra do dialeto siciliano que minha avó usa pra chamar alguém de fezza babaca

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

As típicas da solteirice

Atualmente eu tenho um macho pra chamar de meu, mas nem sempre foi assim. Aliás nunca tinha sido assim a não ser durante breves meses na adolescência. Acho que por isso me sinto mais à vontade pra falar de solteirice que de relacionamentos. Vendo blogs de solteiras, fiquei lembrando da minha longa e não tão longínqua solteiritude e pensei numas situações pelas quais as moçoilas desprovidas de companhia fixa masculina passaram, passam ou passarão na vida. Ô, dureza. Vamos a dez delas:

- Você tá louca pra ir pra guerra balada. A sua amiga, não. Você azucrina tanto a coitada que ela topa. Ela pega um gatinho e fica com ele a noite toda; você é obrigada a conversar com o amigo fedorento dele que só fala de redes sociais até conseguir dar um perdido no moço. Vai embora sozinha.

- Você foi convidada para o aniversário do seu amigo jogador de rugby. Fica empolgada, imaginando todo um cardápio de rapagões fortes e  parrudos à sua disposição. Metade deles vai à festa com as respectivas namoradas; a outra metade esta mais interessada em se entupir de cerveja, dar soquinhos uns nos outros e dançar "I Gotta Feeling" pulando abraçada com 13 marmanjos suados.

- Você olha. Ele olha. Você olha. Ele olha. Você sorri, ele se aproxima, chega bem pertinho. Ele está com um bafo insuportável de cigarro e cerveja e estômago vazio. Você disfarça a cara de nojo e logo diz que tem que ir procurar a Ana Paula, que disse que ia ao banheiro e não voltou mais, deve estar perdida, coitada.

- Casamento da sua prima. Você é a única solteira. A família inteira diz "e o namorado?", você diz que não tem, dizem "nossa, tão bonita, o que acontece?" Mas duvido que te escutariam se você sentasse e começasse a contar o que acontece. "Olha, sabe o que é, tio Astolfo? O último cara que eu saí, o Fernando, pulou fora porque disse que estava confuso e depois eu descobri que ele tinha namorada, aí..."  As pessoas te olham com cara de dó. A tia-avó mais saidinha diz "tá certa ela, ela é nova, tem mais é que aproveitar!" Já a tia Cileide te empurra pra ir pegar o buquê.

- Ele é uma graça. O papo foi ótimo; os beijos, uma delícia. Você acha que desse mato sai cachorro, fica contente. Ele não liga. Você manda mensagem, ele responde vagamente. E não liga. Você manda outra mensagem. Ele nem responde. E não liga. Nunca mais você ouve falar dele.

- Você, deitada na cama e olhando pro teto, tem a clara impressão, a nítida sensação e praticamente certeza de que nunca mais vai ter um namorado na vida. Se imagina velhinha, grisalha, com 17 gatos e uma estranha mania de acumular objetos. Ah, e solteira.

- Você capricha. Maquiagem belíssima, cabelos sedosos, unhas feitas, roupa sensual, salto alto. É hoje que eu tiro a barriga da miséria, você pensa ao se olhar no espelho antes de sair. Mas quem acaba chamando a atenção dos rapazes na noite é a sua amiga loira, bunduda e meio brega. O único que te lançou olhares gulosos foi o flanelinha de 17 anos, que pelo menos não cobrou nada pelo árduo trabalho de "cuidar" do seu carro.

- Ele não é bonito. Ele é chato. Você fica com ele. Ah, é que ele estava tão quentinho e cheiroso...

- Ele te adora. Como amiga. E come a sua amiga.

- Todo mundo diz que você deveria expandir seus horizontes pra aumentar as possibilidades de conhecer alguém com os mesmos interesses. Frequentar novos lugares, fazer cursos. É mesmo, né? Aí você resolve estudar alemão. Na sua turma tem duas meninas meio ripongas de uns 20 anos, uma senhora de 58 cujo filho foi morar na Alemanha e um executivo seríssimo de quase 50 anos, casado, três filhos. O professor é até bonitinho, mas você tem quase certeza de que é gay. Depois de dois semestres, você não conheceu ninguém e continua sem falar pirongas de alemão.

Pois é, minha gente, a solteirice não é doce e nem é mole, não. Quer dizer, eu acho que todas as fases da vida tem suas delícias e vantagens, mas é que na solteirice a gente passa por cada uma, né? Se bem que em um relacionamento também, mas isso fica pra um próximo post.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Desafio "Um ano sem comprar roupa" - reta final

E nisso já estamos em setembro, o que significa que falta apenas um mês, um mísero mesinho, pra terminar o meu ano sem comprar roupas. Ontem fez 11 meses. Acredita? Nem eu!

Pois é, estou há quase um ano sem comprar roupa e pasmem, não tive de sair pelada, não fiquei mal arrumada e nem fui mal vestida a nenhum evento social. O que comprova que se você, assim como eu, gosta de comprar roupas e costuma fazer isso com certa frequência, acredite: você tem roupa SIM. E não, você não precisa de nada novo. Você pode querer, mas não me venha com preciso.

Ah, mas é que tá na moda e eu queria comprar... sim, sim. A moda basicamente é o seguinte: primeiro dizem que calça justa é a coisa mais legal do mundo. Passa um tempo, dizem que não, que o bacana agora é calça larga. Aí dizem que o nude (o velho e bom bege) é tudo o que você pode desejar na sua vida, mas meses depois tá out, o negócio agora é color blocking, ou seja, blazer laranja com camisa verde com saia rosa. E assim vai, cada hora inventam uma coisa diferente (e de preferência oposta ao de antes) e a gente vai lá e compra o que dizem que a gente tem que comprar pra ser elegante e valorizada.

Claro que tem muito mais coisas envolvidas nisso de comprar. A gente gosta e não é fácil ficar sem esse prazerzinho. Eu mesma tinha dito que não ia comprar nada "de pôr no corpo" nos últimos 4 meses do desafio. Nada de sapatos, cremes, acessórios e etc. Mas aí eu fui pro Brasil e cismei que queria um esmalte lilás. Só que fui numa loja perigosíssima, com corredores e corredores cheios de esmaltes e afins. Resultado: comprei o lilás e mais uns cinco. É que é tao baratinho, né? E como onde passa boi, passa boiada, comprei uma bolsa e uma nécessaire na loja da frente. E desde entao comprei umas bobaginhas baratex, tipo brinquinho, grampos de cabelo, mas o mais importante, que eram roupas, NADA. Nadica.

Ultimamente as pessoas têm feito umas perguntas interessantes a respeito do desafio. Uma delas: "e quando terminar, você vai sair comprando roupa por aí?" Não, se não não teria sentido ter ficado um ano sem comprar, né? Pretendo fazer uma listinha de coisas que eu quero/preciso e vou tentar me ater a essa lista. Além disso, pretendo comprar principalmente em pontas de estoque, liquidações e afins, porque não tá valendo a pena aqui comprar do jeito "normal". Pretendo também fazer um "bazar da Nadja" com roupas e acessórios que não uso mais. Isso porque durante todo este ano eu dei roupas e afins pras amigas, pra caridade, pra empregada, e mesmo assim continuo com coisas sobrando.

Outra pergunta: "você não sente falta de comprar roupa?" Olha, a essa altura do campeonato, eu juro que não. Continuo fascinada pelo meu armário e tentando bolar novas combinações com o que já tenho. Não fiquei um ano sem roupa nova já que ganhei presentinhos da família (valeu, gente), que também nem foram tantos assim, acho que foram umas cinco peças. Talvez isso tenha tornado o desafio mais fácil de cumprir. Mas ir a uma loja pra dar uma olhada e sair de mãos vazias já é o normal pra mim, tanto que acho que vou estranhar muito quando comprar uma roupa nova. Estranho, né?

"Nao comprar roupa teve algum impacto econômico?" Olha, sinceramente eu não sei. Sou meio desligada e este ano tive que gastar com várias outras coisas, então acabei nem vendo o quanto isso teve efeito nas minhas contas.

"Nadja, como você consegue?" Boa pergunta, também não sei. No comeco é mais difícil, depois você se acostuma e, como eu disse antes, isso vira o normal. Queria muito, muito mesmo, aplicar estes mesmos princípios pra comida. Não algo radical como ficar um ano sem comer chocolate (pelamordedeus!) mas pensar essa diferença entre querer e precisar, comer o necessário e não por gula, ansiedade, tédio, enfim, coisas que fazem a gente comer (e comprar também). Complicado...

Então é isso, falta muito pouco pra terminar meu desafio de ficar um ano sem comprar roupas e eu tô conseguindo. Viva eu, viva tudo, viva o Chico barrigudo!

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Fina

Quase todo dia, quando ela estava retocando a maquiagem no banheiro da empresa, aquela moça entrava e olhava feio. Que boba, devia ser inveja. A moça era meio abrutalhada, sempre com umas roupas escuras, cabelo meio desgrenhado. Um horror! Era inveja, com certeza, inveja dela toda bem-cuidada, cheirando a Angel, maquiada, chapinha impecável no cabelo com mechas californianas, unhas sempre feitas, roupas que poderiam estar na vitrine de qualquer loja de marca (e ás vezes de fato estavam).

Apesar de se saber superior àquela pessoa desagradável, já que claramente se cuidava muito mais e é isso que uma mulher tem que fazer, ela se incomodava com esse encontro quase diário. Se sentia julgada, como se fosse pecado querer estar bonita. Pecado é usar essas calcas largas de moletom puído, isso sim! Ela não estava fazendo nada de mal indo se ajeitar no banheiro pelo menos seis vezes por dia. Não prejudicava ninguém e ela achava que não afetava o trabalho. Que mulherzinha desagradável aquela, com aquelas camisetas velhas.

Ela se incomodava com o suposto julgamento da outra mas tentava não dar bola. Vai fazer o quê, discutir com a sujismunda? Fazer barraco, justo ela, moca tão comportada? Arrancar aquele frufru velho e encardido puxando o cabelo da louca? Bem que ela poderia fazer isso, seria um favor pra moça chata. Mas não, ela só olhava de relance e continuava reaplicando o corretivo como se nada estivesse acontecendo.

Até que um dia foi o fim da picada. O fim!

Ela estava lá retocando o blush quando a sujinha entrou e fez aquela cara de bunda (bunda, porque ela não podia falar "cu", era feio). Entrou em um dos banheiros, fechou a porta, fez o que tinha que fazer e saiu. Parou do lado dela, de frente pro espelho do banheiro, para lavar as mãos. Enquanto fazia isso, PASMEM! Soltou um sonoro pum. Praticamente na cara dela! Ela ficou sem reação, só conseguiu olhar pra porca, a boca aberta de incredulidade.

A moca deu de ombros, olhou  pra ela e disse, bem debochada: "Pelo menos eu tô no lugar certo pra isso, né, amiga?" Virou as costas e saiu do banheiro.

Como pode uma mulher fazer isso?? Ela só fazia em casa, sozinha no banheiro e ainda assim ligava a torneira pro marido não ouvir nada. Porca!

Decidido: a partir de agora, ela só ia usar o banheiro do terceiro andar. Com cara de bunda ela podia lidar, mas com ruídos e odores corporais alheios era demais. Demais!

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Vinte e tchau

Colega de trabalho liga pra mim. Foi aniversário dele ontem.

- Ô, parabéns! Quantos aninhos?
- Vinte e tchau.

VINTE E TCHAU. Achei genial. Devia ter sido o nome do blog quando o criei. Mas agora já foi, mesmo porque estou chegando aos 31...

terça-feira, 6 de setembro de 2011

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Dinheiro não é tudo e nem é 100%

Diz a sabedoria popular que dinheiro não traz felicidade. Dizem os espertinhos que dinheiro não traz felicidade, mas manda comprar. Dizia o Falcão que dinheiro não é tudo mas é 100%. Dizia o Tim Maia que não queria dinheiro, só queria amar. Eu fico mais com a voz do povo, mesmo.

Dinheiro pode trazer conforto, estabilidade e prazer, o que às vezes é confundido com felicidade. Mas ah, se pra ser feliz a gente só precisasse dessas coisas, tava bom, né? O buraco é mais embaixo, e beeeem mais embaixo. Dinheiro pode ajudar você a ter mais possibilidades e melhores condições de escolher o que é bom pra você, mas não garante nada por si só.

É fácil falar que dinheiro não traz felicidade sendo que nunca passei necessidade nessa vida. Imagino que deva ser difícil você estar estalando de felicidade com a barriga roncando e os filhos morrendo de desnutrição em um lugar fedorento e perigoso. Mas mesmo neste caso extremo, dinheiro ajudaria muito, muito mesmo, mas não garantiria muito mais que conforto material e seus derivados. O buraco sempre é mais embaixo.

Não vou entrar na discussão sobre o que é felicidade e como encontrá-la, mas pra resumir, é o seguinte: se você é infeliz, minha filha, vai ser infeliz num barraco em Heliópolis ou numa mansão em Beverly Hills. Se seu namorado for um bosta e fizer da sua vida um inferno, vai ser um bosta e fazer da sua vida um inferno vestido de Lojas Americanas e viajando num Fiat 147 em Santos ou vestido de Ermenegildo Zegna viajando num iate em Mikonos.

Você não vai ser mais feliz se ganhar mais, ou pelo menos não pelo simples fato de ganhar mais mas talvez sim por ter conquistado o que queria. Você não vai ser mais feliz se comprar uma Mercedes, vai apenas ter mais prazer e conforto ao dirigir, e mais status também, se isso importa pra você. Não vai ser mais feliz se comprar aquele sapato que estava paquerando há dias, vai apenas ter o prazer efêmero de cumprir um desejo.

Dinheiro ajuda em muita coisa na vida, mas não garante felicidade mesmo. Pra ninguém.



sexta-feira, 2 de setembro de 2011

100

Ontem o blog chegou aos 100 seguidores. EEEE!

Queria agradecer MUITO a todos vocês que seguem o blog. Escrever é o que mais gosto de fazer na vida e é muito gratificante saber que tem gente que gosta do que eu escrevo. Muito mesmo.

Se quiserem, podem curtir a página do blog no Facebook (aqui do lado) e seguir o twitter @seviraquase30, onde publico não so coisas minhas mas também dou dicas de posts de outros blogs, coloco piadinhas bobas, comentários, etc.

Voltem sempre  :-)

Beijos!

(eu ia assinar mas aí não seria um post, seria um e-mail, né?)

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Da série "a gente sabe que está ficando velha quando..." - MS DOS

Conversa animada com os amigos, todos na faixa dos 30 ou um pouco menos.

Das frases ouvidas, muitas entrariam pra série "a gente sabe que está ficando velha quando...". Tipo gente dizendo que, na adolescência, amava o Ralado. Ralado era o personagem do Marcelo Faria na Quatro por Quatro, novela de 1994 (ou seja, de 17 anos atrás, ou um adolescente prestando vestibular). Ou discussões sobre como era o "chat" pelo qual conversavam o famigerado cigano Igor e a Dara da novela Explode Coração, de 95 (ou seja, 16 anos atrás, ou um adolescente terminando a escola).

Mas uma frase ficou marcada e, quando foi dita, logo sugeriram que ela viesse pro blog: "conheci meu primeiro namoradinho no curso de MS-DOS."

MS-DOS, gente. Sistema operativo dos anos 80/90. Que era aquele lance assim:


A amiga que disse isso, senhora casada e empresária de sucesso, é uns dois anos mais nova que eu. E conheceu o primeiro namorado em um finado curso de algo que não existe mais há uns 15 anos (ou seja, uma debutante).

É... a gente sabe que esta ficando velha quando alguém mais nova que a gente conheceu o primeiro namorado num curso de MS-DOS.