sexta-feira, 29 de julho de 2011

Prazeres proibidos

Não, este post não tem nada a ver com o que a Sandy faz ou deixa de fazer com o toba terceiro olho brioco roela roscofe orifício anal * dela. É que hoje eu curti fazer uma coisa que supostamente não se pode, mas eu, com todo esse meu espírito contestador e rebelde (cof cof cof), fiz mesmo assim. Vocês vão ver, pelos meus exemplos de "prazeres proibidos", como eu sou born to be wild:

- Fazer supermercado comendo - foi isso que eu fiz hoje, e não foi a primeira vez. Diria até que é uma nova mania minha essa de ir comendo pistache enquanto faço minhas comprinhas. Não é nada prático: o saquinho abre demais, tem que abrir a casquinha pra comer o pistache, depois não tem o que fazer com as casquinhas (algumas eu enfio até no bolso), mas é boooom. Pra que esperar chegar em casa pra ativar o paladar sendo que você está cercada de comida? Aconselho coisas pequenas e de comer com a mão tipo biscoito de polvilho (hummmm aqui não tem :-( ) ou salgadinhos em geral. Mas olha, tem que ser born to be wild porém honesta: não esqueça de passar o que você comeu/está comendo pelo caixa. Eu sempre passo primeiro o saquinho de pistache pra não esquecer.

- Roubar brigadeiro em festa de criança - cara, faz tempo que não vou a uma festa de criança e menos a uma que tenha brigadeiro. Mas se tem uma coisa que eu curto (além das coxinhas, pizzinhas, cachorrinhos quentes, balas de coco, cocretes, etc etc) é chegar como quem não quer nada perto da mesa dos doces e NHAC! antes do parabéns. Às vezes até arrumo cúmplices. Criminosa!

- Fuçar no banheiro dos outros - oi, eu já fui na sua casa? Então me desculpe, mas é provável que eu tenha fuçado no seu banheiro. Não que eu fique escarafunchando armários e gavetas em busca de pomadas duvidosas, apetrechos eróticos ou qualquer outra coisa queima-filme. Mas eu olho, assim só com os olhos mesmo, o que tem em cima da pia, no box, e se pá eu abro de leve uma gavetinha ou um armarinho. Mas nem mexo, viu? E esqueço o que tinha dois minutos depois. Gosto principalmente de ver perfumes, desodorantes, shampoos, cremes, sabonetes. E se tiver nécessaire com maquiagem, eu não mexo, claro, mas pergunto pra proprietária se eu posso fuçar. Invasora de privacidade!

- Ouvir conversa dos outros - pratico muito isso quando estou sozinha. Uma vez, em uma sorveteria, fiquei horas ouvindo o papo de duas amigas. Uma tinha se separado, e saído com um cara que tinha dois filhos, também separado, e ele veio com essa de nada sério, e ela não topou porque ela não é mulher disso, sabe? Se ela está com alguém, está com alguém pra valer. Já a outra era casada há anos, e quando a amiga perguntou porque ela não tinha filhos ainda, ela disse que o marido não queria e começou a chorar, deixando a amiga constrangida e pedindo desculpas. Não, imagine, tudo bem. A vida das pessoas pode ser fascinante, né? Adoro ouvir conversa dos outros daquele jeito sem-querer-querendo, me sinto uma espiã!

- Mentir sobre a sua vida - não pra família e amigos, mas sim pra desconhecidos curiosos demais (coisa comum quando você é estrangeira). Já fui italiana, ucraniana, portuguesa, já não falei espanhol, já tive namorados inexistentes inventados pra taxistas pararem de se insinuar pra cima de moi e até namoradas. Pra que viver apenas uma vida quando você pode inventar outras, né? Se bem que mamãe ensinou que mentir é feio... Ooops!

- Ficar descalça em lugares onde não deveria - no trabalho, ficar descalça é lindo. Quer dizer, lindo pra você, os outros nem deveriam perceber que seus sapatinhos estão lá jogados debaixo da mesa. Ficar de meia também vale. Já tive a pachorra de ir de meia (roxa) ao banheiro do trabalho. Meu coração até acelerou. Loca loca loca, não?

Totalmente contraventora, eu... daqui a pouco lançam o proibidão da Nadja ou me acusam de apologia ao crime. Como diria Ricky Martin, living la vida loca!

* = Coloquei esse link porque não estava lembrando de muitos sinônimos de cu, aí procurei no Google (sim, tive as manhas de fazer isso) e achei essa preciosidade!

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Frase do dia

As pessoas fazem coisas horríveis por dinheiro. Inclusive trabalhar. (Francisco Meireles, que não sei bem quem é... a frase estava no livro de frases que eu tinha na adolescência)

terça-feira, 26 de julho de 2011

Look do (Na)dia

Às vezes penso como seria se eu tivesse um desses blogs de mostrar o look do dia (que parece que é o que faz sucesso só, além dos que falam de maquiagem, cosméticos, esmaltes, celebridades, etc etc). Acho que é porque tenho visto vários ultimamente, primeiro porque me distrai e segundo porque assim fico inspirada a usar o que eu já tenho de formas diferentes, o que é útil pra quem tá ficando um ano sem comprar roupa.

A questão é que as moças desses blogs quase sempre colocam onde compraram a roupa, os acessórios e afins e quanto custaram. Se fosse eu, como eu ia fazer? Ia ter coisas como: pulseiras - a primeira eu achei no chão do aeroporto, a segunda comprei numa ilha grega mas tem idêntica na 25 de março, a terceira foi presente da minha tia. Blusa: comprei na Costume em 1996. Colar: meu pai me trouxe da Ucrânia em 98, na época achei horrível, ficou guardado por anos até que eu o achei e comecei a usá-lo, aliás com muito sucesso. Vestido: de quando a minha irmã inventou de vender roupa, vendeu algumas, ficou com muitas e peguei várias. Jaqueta: acabei levando de graça numa loja há 8 anos... foi assim: minha irmã comprou uma camiseta enquanto as vendedoras me ajudavam a escolher uma jaqueta, cobraram, pagamos e só depois percebemos que não tinham cobrado a jaqueta, mas eu andava meio tristinha e interpretei como um presente de Deus e não voltamos na loja. Nunca mais.



Fora que eu moro em outro pais há 8 anos (ler isso ao som de "don`t cry for me Argentina) e nos últimos cinco anos tive a oportunidade de viajar com certa frequência (valeu, papai do céu), então muitas das minhas roupas atuais (pra não dizer "quase todas") não foram compradas no Brasil. E ia ficar meio esnobe colocar a toda hora coisas tipo "lenço: comprado em Paris". Por três euros, made in China e numa lojinha de souvenir, mas quem precisa saber disso? Só de dizer "Paris" o povo já acha que você tá se achando. Por causa dessas viagens, às vezes tenho praticamente uma reunião da ONU no meu corpo: lenço da Turquia, camisa da Suíça (ler isso ao som de "se fosse só sentiir saudadeee, mas tem sempre algo maaaais"), saia da Argentina e umas brasileiríssimas Melissa (ler isso ao som de "você não vale nada mas eu gosto de você").

Se bem que a maioria das coisas que comprei em viagens são de marcas internacionais como H&M (ler isso ao som de "eu te aaamo e vou gritaaar pra todo mundo ouviiiir) , Zara, Benetton e MNG. Não são coisas muito típicas de um lugar específico, a não ser uma ou outra coisa, principalmente bijuterias. É o que meus pobres pesitos podem pagar. Mas ia ficar meio monótono, né? "Camiseta: H&M/ Bermuda: H&M/ Casaco: Gucci... mentira, H&M". Sem-graça.



Além disso, eu tenho muitas coisas velhas. Em ótimo estado, mas que já têm anos. Claro que não tenho mais minhas camisetas Pakalolo e minhas calças baggy da M.Officer do inicio da década de 90 com aquelas etiquetas verticais com desenhos estranhos (lembram?). Mas a coisa da blusa da Costume de 96, por exemplo, é verdade, ela tá firme e forte (e inteira!) no meu armário. A bolsinha que eu mais gosto de usar pra sair à noite é uma que comprei na Itália em 2000. A camiseta da Mulher Maravilha que estou usando na foto do meu perfil (e que usei na foto pra Revista Criativa) tem bem uns 3 anos, e assim vai. Também estou cumprindo meu auto-imposto desafio, como vocês bem sabem, então as poucas coisas novas que tenho foram presentes.

Eu na verdade acho interessante quando a roupa também tem uma certa historinha além de expressar o que você é, o seu humor no dia, seu bom-gosto, seu estilo. Como essas que contei no segundo parágrafo (todas verdadeiras!) ou tipo "ah, esse brinco? Minha amiga que fez!" ou "Nossa, essa echarpe comprei num bazar em Istambul, tive que negociar por um tempão e no fim o cara que me vendeu quis me dar um beijo!" Eu só não gosto de roupa de brechó, não tenho nenhuma porque me dá uma certa aflição boba, eu vejo um e fico pensando "aaaaaaaah roupa de gente morta, roupa de gente morta!" Prefiro que as historinhas da roupa sejam minhas mesmo ou no máximo de algum parente ou amiga. Mas isso é bobagem minha, né?

Então, como eu colocaria todas essas coisas em um blog? Que anunciante se interessaria em patrocinar uma moça que usa essas coisas meio "difíceis", que não dá pra alguém ir lá e comprar? E com um monte de roupa véia? Quem se interessaria realmente pelas historinhas das minhas roupas? Sei lá. É, melhor continuar com o blog assim como está, porque se fosse esses de look do dia, acho que não ia rolar...

sábado, 23 de julho de 2011

Levantamentos que deveriam ser feitos só por curiosidade

- Quantas toneladas de lenços de papel são usadas por dia no mundo todo em sessões de terapia por mulheres choronas contando suas agruras ao terapeuta?

- Quantas horas por semana gastaríamos se seguíssemos TODAS as dicas de beleza de revistas e blogs para hidratar/exfoliar/limpar pele, lábios, cabelos, pelos, unhas, cutículas, cílios, etc etc etc?

- Quantos por cento ficaríamos mais bonitas se fizéssemos isso?

- Quantos litros de água por ano são desperdiçados no Brasil por mulheres que ligam a torneira ou o chuveiro só pra que o namorado/marido/peguete não ouça que ela está cagando?

- Quantas cantadas idiotas uma mulher média ouve durante a sua vida reprodutiva na América Latina?

- Quantos gramas de sombra uma mulher economiza por ano depois que começa a namorar e pára de se emperiquitar toda pra ir pra balada 2 ou 3 vezes por semana?

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Rizólis

*mais um continho de ficção*

Agora era pra valer: ela ia emagrecer 12 quilos de qualquer jeito. Pegou a dieta que tinha feito a amiga perder 20 quilos em 3 meses, se matriculou na academia, se encheu de bolo de mousse de chocolate "pra se despedir" e, a partir daquela segunda, era peso novo, vida nova. Dessa vez ela ia conseguir.

No primeiro dia, seguiu o regime à risca. Comeu uma fatia de torrada com queijo branco light e iogurte light no café da manha e ficou pensando como realmente poderia se satisfazer com pouco, como comia mais por gula que por necessidade e como não precisava nem sentir um gosto bom pra comer, já que esse café da manha, por exemplo, não teve gosto de porra nenhuma e mesmo assim ela comeu e ficou sem fome.  Começou bem.  Levou duas barrinhas de cereal ao trabalho, e uma delas foi devidamente comida horas antes do almoço. Hummm, parece isopor com alpiste. Magreza. Depois veio a marmita que ela trouxe de casa, com um peito de frango grelhado, folhas verdes e uma porção de arroz integral do tamanho de um punho (e ela mediu a porção comparando-a com o punho dela, achou pouco e abriu um pouco o punho, mas aí ela pensou que estaria se enganando, voltou a fechar e a medir a porção com a mão bem fechada). De tarde foi a vez do outro pedaço de isopor, digo, da outra barrinha. Depois do trabalho ela foi à academia, onde correu meia hora na esteira e fez mais meia hora de spinning, perdendo assim 467 calorias segundo o medidor. Ao chegar em casa fez um frugal jantar com salada de alface, cenoura, tomate e um pouquinho de atum. Antes de dormir, dois biscoitinhos de água que poderiam ter sido substituídos por papelão, ou pelo menos o gosto seria o mesmo.

No segundo dia também deu tudo certo. Só à tarde ela teve um impulso de ir comprar uma trufa de chocolate com marshmallow na padaria ao lado do escritório, como ela fazia umas duas ou três vezes por semana, mas resistiu bravamente. Magreza.

No terceiro dia ela acordou com um ronco estranho. Olhou pro lado mas lembrou que estava dormindo sozinha. Foi a barriga dela, mas poderia ter sido um dinossauro se ainda houvesse dinossauros nesta Terra. "Não é fome, é meu corpo consumindo a gordura", iludiu-se. Logo depois do almoço, a Vanessa do marketing passou vendendo pães de mel, mas ela fingiu que não viu embora tenha ficado com PÃO DE MEL piscando em letras de neon na cabeça por uns 15 minutos. Foi à academia e, com os exercícios, perdeu 512 calorias e a vontade de viver.

No quarto dia ela já se sentia mais leve. Foi se pesar: 400 gramas a menos. "Cazzo, provavelmente isso é só o cocô que fiz ontem". Foi almoçar no quilo com as colegas e teve que fazer um esforço enorme pra ignorar os pastéizinhos de queijo e o conchiglione de quatro queijos ao sugo. Comeu bastante salada de verdes e salmão grelhado, mas não pôde evitar o olhar babão pro bife à parmegiana com fritas e pros três croquetinhos no prato de uma delas. Da mais magra.

No quinto dia, levou marmita pro trabalho. Beringelas. Pareciam baratas gigantes esmagadas, mas não, beringelas. Huuummm. Quem precisa de pizza quando se tem beringelas? Quem precisa de mousse de chocolate? A moment in your lips, forever on your hips. Não vale a pena. É bom, mas não vale a pena. É maravilhoso, mas não vale. Vale mais entrar nas calças. Né?

Saiu do trabalho e resolveu dar uma volta ali pela avenida, dar uma olhada nas vitirines, ver as roupas que poderia usar quando estivesse mais magra. E nisso estava quando sentiu um cheiro forte de fritura. Daqueles que te fazem ficar cheirando fritura por dias. Nossa, que delícia. Isso é que era comida, não esse mato que andava comendo.

O cheiro vinha de um boteco pequenininho quase na esquina da avenida. Ela foi lá ver, afinal cheiro não engorda, né? Pelo menos o cheiro ela podia sentir sem culpa. "RIZÓLIS CARNE QUEIJO R$2."  Nossa, dois reais. Recém fritinho. Crocante. O coração dela começou a acelerar. Rizólis? Não era risole? Não importa, não posso comer. Água na boca. Centenas de calorias. Mais do que se pode perder em meia hora correndo na esteira feito ratinho de laboratório. Mais água na boca. Fritura barata, cheia de gordura que vai direto tapar suas artérias e se acumular na barriga. Ou seja, deliciosa. Um só, vai. Não. Meio. Não. Unzinho e ela não comeria nada mais até o jantar do dia seguinte, pra compensar. Então ela poderia até comer dois. Não, imagina! Ela já tinha se esforçado tanto, não poderia pôr tudo a perder. Um risole. Não.

Ela não estava aguentando a briga entre o anjinho e o diabinho na consciência. Certeza que o diabo era magro. Um risole. Não. Um rizólis. Não, vai embora logo, sai correndo. Ninguém morre por um risole. Ninguém engorda por um risole. E menos por um rizólis. Um? De queijo ou de carne? Nenhum, alface. Ela começou a chorar. Um. Nenhum. Parem, me deixem em paz! Eu vou embora. Não, fica, come um risolinho. Não. Sim.

Ela entrou correndo no boteco, o que assustou a senhorinha que estava no balcão. Estava chorando. Demorou pra começar a falar. Respirava alto. Apoiou-se no balcão e vomitou as palavras, gritando por entre as lágrimas:    "ME DA UM RIZÓLIS, MOÇA!". E chorava. A senhora, com um certo medo daquela louca: "ééé... queijo ou carne?"

OS DOIS! E NÃO QUERO NEM SABER!

A senhorinha achou melhor nem falar nada. Colocou os risoles num pratinho de plástico, deu a ela junto com o troco e ficou lá olhando a mocinha comendo e chorando. Coitada, vai ver tem algum familiar doente...

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Se um homem te quer

Esses dias li um post em um dos ótimos blogs da revista TPM, o da escritora Clarissa Correa. Aperte aqui para lê-lo se quiser. Era um texto bom, embora na minha humilde opinião tenha alguns defeitinhos que eu vou guardar pra mim, afinal quem sou eu pra sair julgando post dos outros. Mas teve um parágrafo em especial que achei interessante, e é o que vou reproduzir abaixo em itálico com meus comentários ao lado.
Se um homem te quer ele demonstra. É verdade, mas nem sempre demonstra como queremos, como achamos que ele deve ou como esperamos. A gente espera que ele demonstre como uma mulher acha que ele deve demonstrar, afinal somos mulheres. Mas os homens, não, eles são homens! Quem diria, né? E às vezes o que pra nós é estranho ou irrelevante, pra eles é uma declaração de amor. Às vezes a gente espera um beijo e recebe um tapinha sacana na bunda, que é o jeito dele de fazer carinho.

Se um homem te quer ele não vai ter medo de te apresentar para os amigos. Pode ser, mas a insegurança não é privilégio feminino. Pra alguns, o que os companheiros de manada vão pensar importa mais do que deveria. Por isso muitos preferem desfilar com troféus acéfalos e malhados que com mulheres "de verdade", por exemplo.

Se um homem te quer ele não vai ter receio de ir na sua casa no domingo à tarde, quando toda a sua família está reunida na sala vendo o Faustão. Não diria "não vai ter receio" mas sim "vai ter a paciência para". E não vai ser sempre que ele vai ter essa paciência, por mais que ele te queira.


Se um homem te quer ele vai assistir filmes de mulherzinha. Ele vai saber a marca de absorvente que você usa. Ele vai entender que a TPM deixa as mulheres malucas. E ele vai cuidar para não te deixar mais maluca ainda. Se um homem te quer ele te ouve. E te consola. E te dá apoio. E te dá conselho. Peraí, você tá falando de homem ou de melhor amiga? Uma melhor amiga faz tudo isso; um homem, dificilmente. Filme de mulherzinha tem que ser visto com mulherzinhas (amigas, irmãs, primas, o que for), não com o namorado, assim como você não quer ser obrigada a ver coisas com robôs e explosões e lutas e violência. Isso pode até acontecer, mas na base do "de vez em quando". Ele vai saber a marca do absorvente que você usa?? Por quê?? Ele provavelmente mal sabe a marca do sabonete que ele usa, ou do creme de barbear, ou da camiseta ou de qualquer outra coisa do gênero. Por que ele prestaria atenção na marca do absorvente? E por que isso seria uma demonstração de que ele te quer? De novo achando que ele tem que mostrar o amor dele como uma mulher. Quanto à TPM, ele pode não entender, mesmo porque nem nós mesmas entendemos direito, mas pode aceitar e tentar sair ileso desta fase tão perigosa quanto passageira. Vai ter cuidado pra não te deixar mais maluca ainda pelo bem dele, na verdade. Fora que quando estamos "naqueles dias" o cara pode ser um santo mas vamos nos irritar justamente com o fato de ele ser um santo. Se um homem te quer ele realmente te ouve, te consola e te dá apoio, mas do jeito dele. Não espere conselhos, não espere que ele comece a discutir o tema e a fazer hipóteses como alguma amiga faria. Ele provavelmente vai ser bem mais sucinto e vai dizer algo como "já vai passar", ou "não é tão grave assim". É o jeito deles.

Se um homem te quer ele não vai esquecer das coisas que são importantes para você. É, mas também não espere que ele adivinhe o que é importante pra você. Fale, demonstre.

Se um homem te quer ele vai saber que você prefere Coca a Pepsi. É, isso é básico em qualquer relação... se bem que se ele apostar na Coca acho que tem mais chances de acertar e a gente ficar felizinha, né?

Se um homem te quer ele vai entender que o seu não é sim. E que às vezes você é atrapalhada e fala o que não deve. Verdade, e vai ter saco pra lidar com nossas confusas cabecinhas.

Se um homem te quer ele não vai arrumar desculpas para não te ver. Concordo em gênero, número e grau. Se não pode ver em um dia, vai fazer de tudo pra ver no outro.

Se um homem te quer ele sabe exatamente o que te magoa. Depois de quanto tempo de relação? De novo, melhor não contar com as habilidades de adivinhação dos nossos rapazes. Algo te magoa? Manifeste-se!

Se um homem te quer não vai te magoar de propósito. Verdade. Em compensação, magoar sem querer...

Se um homem te quer vai gostar de andar de mãos dadas, corpo colado, peito encostado. Mais ou menos. Tem gente mais grudenta, gente menos grudenta. Mais reservada, menos reservada. Tem homem que prefere fazer isso na intimidade do lar, por exemplo. Tem homem que não desgruda da mulher nunca. Cada um no seu cada um.

Se um homem te quer ele não vai mentir, enganar ou ferir. Não vai mentir e enganar pra te ferir. Ou pra te fazer de trouxa. Às vezes mente pra te preservar de algo que nem precisava. Bom, há mentiras e mentiras... mas realmente ele não vai fazer nada disso por razoes negativas.

Se um homem te quer não tem ex que atrapalhe, não tem filho do primeiro casamento que separe, não tem amigo que afaste, não tem família que não goste. Isso deveria estar junto de "não vai arrumar desculpas pra não te ver". Concordo.
Se um homem te quer ele nunca vai fazer você se sentir um lixo de mulher. De novo: não de propósito! Isso depende mais da nossa auto-estima que dos atos do moço...

domingo, 17 de julho de 2011

Pequenas grandes batalhas do inverno

Banha na cintura X elástico da meia-calça - hoje em dia a obsessão por meia-calça tá quase pau-a-pau com a por esmaltes. Tem de todos os estilos, estampas, cores. Mas não adianta: o elástico aperta um pouco e, se você é mais rechonchudinha, fica aquele excesso de gostosura pulando pra fora. Haja roupa de inverno pra disfarçar!

Cobertor X despertador - você está lá nanando feliz debaixo das cobertas como se elas fossem uma nuvem ou praticamente o útero materno. É quentinho, é confortavel. De repente, o despertador toca. E não importa se o barulho é de grilinhos ou de um alarme anti-aéreo, quando ele toca sempre é um horror, um susto, tanto que ele deveria se chamar desesperador, isso sim. E essa situação piora no inverno, quando você sabe que, além de acordar, ainda vai ter que enfrentar o frio. E não adianta apertar o snooze, porque mais cedo ou mais tarde você vai ter que sair e ir viver.

Fondue X balança - de repente o Brasil vira a Suíça e todo mundo marca um "fundizinho" mesmo que esteja 20 graus, afinal é inverno. Fora os chocolates artesanais das cidades "de inverno" como Campos do Jordão. Fora a vontade de comer coisas quentinhas e calóricas. Fora o fato de casacos esconderem bem algum eventual ganho de peso. Quem ganhará esta batalha? As academias, que vão ter milhares de matrículas novas no começo do verão.

Vontade de usar acessórios e roupas de inverno X pouco frio - moramos num país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza, mas que beleza. Só que na maior parte do nosso extenso território não faz lá muuuuito frio nem mesmo no inverno. Mas as vitrines, revistas e blogs de moda insistem em mostrar looks incríveis com botas, cachecóis, sobretudos, gorros e afins. Aí a mulherada não quer nem saber e se empeteca toda pra enfrentar temperaturas de menos de 10 graus, quando na verdade faz 25.

Necessidade de se depilar X vontade de se depilar - quem tá passando por um período de seca pensa "ah, ninguém vai ver mesmo." Quem tem um macho pra chamar de seu há tempos pensa "ah, ele nem vai ver mesmo, e se vir não vai se importar, nosso amor é mais forte que isso". Então são poucas as que se dão ao trabalho de encarar a cera quente (e a dor que ela proporciona) no inverno. Por fora, toda gata de bota, meia-calça, sainha, blusa, casaco e uma charmosa boininha. Por baixo disso tudo, Monga, a mulher-macaco.

E vocês, lembram de mais alguma pequena grande batalha do inverno?

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Eu, hein

Esses dias aqui onde eu moro só se falou numa coisa: o julgamento de uma moça de 24 anos acusada de matar sua melhor amiga na casa que dividiam. O crime aconteceu há mais de 4 anos e, na terça, ela foi absolvida por falta de provas. Só que continuam sem saber quem foi, e a família da vítima diz "ter certeza" de que a moça, chamada Lucila, é a assassina.

Sei lá eu se foi ela ou não. O que impressiona, além do horror da história, é que elas moravam mais ou menos perto da minha casa; a acusada poderia ser conhecida minha, amiga de amiga. A vitima também. Bom nível social, estudadas. E até agora não se sabe o que aconteceu. Se não foi a amiga, quem foi?

Não vou entrar mais no mérito do crime porque, né? Quem sou eu. De qualquer maneira, vendo as notícias sobre este caso eu fiquei pensando umas bobagens... não cheguei a me colocar no lugar da acusada, mas fiquei refletindo cá com os meus botões: imagina que situação, se não foi ela mesmo?? Matam sua amiga e te acusam. O que você faz?

Nas entrevistas que eu vi ela estava sempre séria e tranquila, dizendo que não foi ela, que pode ter sido um pedreiro da obra ao lado, ou algum inimigo do pai da falecida, que ela também quer saber quem foi. Mas assim, falando normalmente. Eu acho que eu estaria num desespero! Imagina! Acho que eu estaria chorando e berrando GEEENTE PELAMORDEDEUS NÃO FUI EU, COMO EU IA FAZER ISSO?? ME AJUDA, NÃO FUI EEEU!!

Como você acorda no dia a partir do qual você pode ficar o resto da vida na cadeia? Sem poder fazer muitos planos, sem poder sonhar com muita coisa?

Como você escolhe um modelito pra ir a um julgamento, o seu julgamento? Um brinco, um sapato? "Será que preto vai me deixar com cara de criminosa? Blusa com brilhos pega mal? Estampa, rola?"

E fiquei pensando, como ela dormiu todos esses anos? Como ela comprou roupa, escolheu um corte de cabelo? Como ela namorou? Como ela deu risada, e do quê? Como ela trabalhou?

Que horror.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Desafio "Um ano sem comprar roupa" - 9

Hoje, dia 12 de julho, faz nada mais nada menos que 9 meses que eu não compro roupa. Falta pouco pra terminar o desafio, que aliás sofreu uma ameaça esses dias: surgiu a oportunidade de eu ir pros EUA. Como no primeiro post sobre isso eu disse que uma das exceções seria se eu fosse pra algum país que tivesse H&M e/ou bons preços, eu já estava pensando em dar esse intervalo no "ano sabático". Mas no fim a viagem não vai rolar, então vou continuar firme e forte!

Nesses meses eu percebi que inspirei algumas pessoas a tentar fazer a mesma coisa ou parecido. Isso é muito legal! Por exemplo, a Helô já esta há 6 meses sem comprar, e isso que pra ela é ainda mais difícil porque ela mora em Londres, cidade cheia de lojas maravilhosas e perdições tipo a própria H&M, Uniqlo e Topshop, que oferecem coisas bacaninhas a preços ainda mais bacaninhas.  Essa tem que ser forte mesmo! Parabéns!

Minha prima, uma bela morena que adoooora comprar, veio passar o fim de semana aqui onde eu moro e várias vezes comentou como ela acha incrível eu estar tanto tempo sem comprar roupa. Mostrei a ela como é possível com um exemplo prático: entramos em uma bela loja pra dar aquela fuçadinha - não é porque tô de dieta que não posso olhar o cardápio. Ela começou a paquerar uma calça. Eu, sabendo que ela tem um monte de roupa, disse pra ela pensar se já não tinha nenhuma parecida. "Ah, tenho, mas essa é tão bonita, tá com o preço bom..." Sim, mas você precisa dela? Se você já tiver uma de cor parecida, modelo parecido, que dá pra usar com as mesmas coisas, pra quê comprar uma nova? Ela relutou mas acabou saindo da loja de mãos vazias. Poucos minutos depois, ela já tinha até esquecido da calça.  No dia seguinte estava com uma calça quase da mesma cor,  de outro tecido e o modelo um pouco diferente, mas que causava o mesmo efeito que a outra causaria. Precisava comprar?

Como prometi no post de 8 meses, não comprei nada "de pôr no corpo" a não ser meia-calças que eu realmente precisava pra enfrentar o inverno. Vou tentar fazer isso pelos próximos 3 meses. Não foi fácil, mas também não foi o fim do mundo. Por exemplo, ando namorando vários esmaltes mas antes de comprá-los lembro que tenho uns 3 ou 4 que nem abri ainda. Preciso de um esmalte novo? Quase comprei umas charmosas luvas, mas eu não consigo usar luvas por muito tempo, nunca consegui, e me viro enfiando a mão no bolso do casaco quando meus dedos ameaçam congelar. Preciso de luvas novas?

Agora já estou pensando como vai ser quando o desafio terminar.  Acho que não vou sair comprando o que vir pela frente, afinal eu continuo não precisando de muita coisa. Quer dizer, precisaaaar, precisaaar eu não preciso de nada, tenho o essencial e mais um pouco (ou mais um "muito"), mas vocês sabem como o verbo precisar tem um sentido um pouco diferente para as mulheres, por exemplo quando cismamos que precisamos de uma bolsa de festa sendo que temos 10 que não usamos no nosso armário. Neste caso, precisar não é "ter necessidade" mas sim "querer porque sim e pronto". Né?

Acho que vou fazer uma lista do que eu preciso e tentar me ater a ela para comprar coisas novas daqui 3 meses. Eu gostaria de umas calças de modelos mais diferentosos e ver se eu ficaria bem com uma saia longa. Também queria um vestidinho bacana que não seja de malha e uma bolsa preta, porque a que ando usando pra substituir a que deixei na costureira é a bolsa mais chata e menos prática do mundo. A outra, mesmo quando voltar do conserto, não vai estar no auge da boa forma, então vou precisar de uma nova porque também não tenho que andar de bolsa ferrada por aí.  Pretendo usar a fodidinha só pra viajar.

Faltam apenas 3 pequenos meses para eu terminar meu desafio de ficar um ano sem comprar roupas. E agora sem comprar nada que eu não precise pra botar no corpo, desde roupa até maquiagem e cosméticos.  Ai ai ai! Desejem boa sorte pra mim nesta reta final!

sábado, 9 de julho de 2011

Frase do dia

Quando você namora, você pode não gostar da unha do pé da pessoa. Quando você casa, a pessoa vira essa unha do pé. (meu tio, citado pela minha prima)

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Tô Pra Matar

Junte a crise dos 30 com cansaço, muitas coisas pra fazer e hormônios oscilantes num período especial do mês. O que você obtem? Uma louca. Louca temporária, louca por causa da TPM, mas louca enfim.

Não que sem esses ingredientes a gente seja muito normal, venhamos e convenhamos. Como diz o meu sábio pai, a mulherada tá tudo louca. Mas eles pioram nossa já intrínseca loucura. Às vezes, muito.

A mulher nesta situação vira bipolar, se ja não é. Em um momento ela está se arrancando os cabelos na frente do espelho, se achando feia e pensando como o mundo é uma merda. Aí três minutos depois ela vê um comercial de papel higiênico com cachorrinhos correndo e começa a chorar porque cachorrinhos existem e o mundo é tão lindo. Em seguida o namorado liga dizendo que vai se atrasar 15 minutos e ela grita com ele dizendo que ele não tem consideração e que é melhor nem vir mais. Seis minutos depois ela lê um twitt engraçadinho desses de humor feminino, chora de rir e pensa que a vida é boa e que as pessoas podem ser tão geniais. E esse lenga-lenga interno dura de dois a cinco dias, às vezes mais. E acontece uma vez por mês. É lindo.

Imprevisível. Insuportável. As pessoas tem que ter cuidado com uma mulher na TPM, pode sobrar pra quem menos se espera. Aliás a mulher neste período deveria andar com uma plaquinha pendurada no pescoço, tipo essas "cuidado, cão bravo": "cuidado, mulher na TPM". Fica a dica pra empresários do ramo dos acessórios ou da segurança privada.

Mas na verdade quem mais sofre com a TPM é a própria afetada. Todo mundo pode se afastar da louca, todo mundo tem uma maneira de se proteger, menos ela mesma. Ela não pode fechar a porta, ir pra outra sala, não telefonar. Todos os meses, ela tem que conviver por dias a fio com uma vozinha na cabeça dela dizendo "você é uma merda, o mundo é uma merda, tudo é uma merdaaa!", e com uma ansiedade sem justificativa, e com lágrimas que insistem em brotar dos olhos por nada, e com dores e incômodos e modess e abas e manchas.

Pelo menos esse pico de maluquice passa. Só que volta no mês seguinte. E passa. E só termina mesmo em uns 35 ou 40 anos, contando desde a primeira TPM da vida. Aí chega a menopausa e a loucura muda mas ainda existe. Mulheres...

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Os Quatro Setores

Costumo dividir a vida em quatro setores básicos: amor, família, amizade e saúde. É uma divisão bem simplista, mas serve pra dar base à minha teoria de que sempre pelo menos um deles vai estar com algum problema.

Se você acaba de ser promovida, talvez brigue com o namorado ou a sua avó fique doente. Se sua família está ótima e seu namorado também, você não vai estar feliz no trabalho. Se sua família está bem, seu casamento de vento em popa e seu trabalho também, você vai se sentir distanciada das amigas e em algum momento vai pegar uma gripe daquelas.

E assim a vida segue.

Nunca está tudo absolutamente bem. Se estiver, aproveite porque vai durar pouco, logo você vai ver que não estava tudo tão perfeito assim. Não é pessimismo, é realismo. A questão é ser feliz apesar disso, afinal assim como sempre há razões pra achar que as coisas não estão bem, também sempre há razões para achar que estão, no fim das contas.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Frase do Dia

Paraíso é onde os cozinheiros são franceses, a polícia é inglesa, os mecânicos são alemães, os amantes italianos e tudo é organizado pelos suíços. Inferno é onde os cozinheiros são ingleses, os alemães são a polícia, os mecânicos franceses, os amantes suíços e tudo é organizado pelos italianos. (Anônimo)

domingo, 3 de julho de 2011

Historinhas de mulheres de (quase) 30 - velas

Noite de sábado. Lingerie bonita e ideias na cabeça. A namorada resolve acender umas velas pra dar aquele clima especial. Velinhas redondas, vermelhas, dessas achatadas e protegidas por um aro de metal. Cheirinho de flores.

Depois da pasión, o namorado resolve apagar as velas "por segurança". "Vai que alguma cai e queima tudo". Com a delicadeza de um javali num campo de tulipas, ele soprou as velas, que se apagaram.

Acendem as luzes. As paredes brancas salpicadas de vermelho. A cortina do quarto, as almofadas da cama, os porta-joias. O criado-mudo, a cômoda. A cera derretida das velas voou em tudo isso quando ele soprou.

Romantismo, mas a que preço, né? Nos filmes não acontece isso...