sexta-feira, 25 de novembro de 2011

No que você está pensando?

Mas que perguntinha, hein, seu Facebook? Ela dá margem pras pessoas publicarem cada coisa, sabia? Tava lá agora e tava me dando vontade de zoar geral, aproveitando o espírito "chutando o pau da barraca" que eu tenho tido ultimamente.

Tipos, neguinho publica no mural um tratado político? Comento: "ZZZZZZZZZ"

Neguinha bota foto de biquíni toda se querendo? "Amiga, que lindas fotos das férias! Olha, vi que a Onodera tá com umas promoções ótimas de eletrolinfomética contra celulite, aproveita!" No caso dos rapazes, poderia ser algo contra a calvície. 

Mamãe publica imagens do ultrassom dizendo "fulaninho está com 17 cm, 1500 gramas e (insira aqui aquelas medidas estranhas que eu não faço ideia do que significam)? E isso a cada semana? "Olha, eu não faço a mais puta ideia do que querem dizer esses números, mas imagino que querem dizer que o nenezinho tá bem, então felicidades e estou torcendo por vocês!" Precisa ficar detalhaaaando? Pra quem não é mãe ou não é obstetra, essas coisas não tem lá muita importância.

Tem sempre aqueles (em geral "aquelas") que só botam coisa contra inveja, ou dando indireta, dizendo que as pessoas isso isso e aquilo e que elas são muito superiores. Sei lá... eu nunca acho que alguém me inveja, ou nunca paro muito pra pensar nisso. Prefiro me concentrar nas pessoas que eu gosto e que gostam de mim. Fora que, será que a vida delas e elas mesmas são tão maravilhosas assim pra atrair taaanta atenção? Digo isso porque meus amigos bem-sucedidos e/ou geniais de verdade nunca postaram coisas do tipo. 

Pelo menos tem sempre os que postam frases engraçadas, artigos interessantes, belas fotos, piadinhas bem-feitas, opiniões com fundamento, ataques de mal-humor que acabam sendo divertidos... por eles é que vale a pena ter Facebook, né?

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Uma das coisas boas da vida

A vida é cheia de coisas boas, né? Tipo viajar pro lugar que você sempre sonhou conhecer, beijar na boca, entrar na calça que antes não fechava, enfim, a lista é enorme e varia de pessoa pra pessoa.

Mas tem uma coisa muito, mas muito boa mesmo, que dá um prazer incrível, e acho que a mulherada vai concordar comigo. Não, não é isso que você está pensando, safadinha. Nem é brigadeiro. Não, também não é mousse de chocolate. E nem sapato novo.

A coisa boa da vida de que eu estou falando é quando você tem a oportunidade de esnobar um rapaz que te esnobou antes. Aconteceu comigo esses dias e não foi a primeira vez (obrigada, mundo!). Quando você tava toda florida pra cima dele, ele nem tchum, e agora que você está em outra, feliz e contente, ele que vem florido pra cima de você, em geral fazendo aquele contatinho besta de "e aí, como vai a vida? Eu tô bem, tô ótimo, tô solteiro" Pra cima de moi, amigão??

Às vezes o universo te proporciona essa dádiva aaaanos depois que você levou a(s) esnobada(s). Isso é até melhor, porque você pensa "nossa, mas depois de tanto tempo ele ainda lembra de mim" enquanto faz um esforço pra lembrar direito da cara do fantasma e de quando foi a última vez que vocês se viram. Além da vingancinha, a gente ainda fica se achando. Não sei se deveria ser bom, mas é!

A gente fica mais propensa a esnobar um fantasma do passado quando já tem um rapaz, se bem que nem precisa estar namorando/casada/tico tico no fubá pra fazer isso: basta não querer mais o infeliz na sua vida, ou pelo menos não como candidato ao seu coração ou à sua cama. Por exemplo, uma das esnobadas-bumerangue (o cara esnoba e é esnobado de volta) mais bonitas que eu dei na vida foi quando eu estava bem encalhada solteira e o moço veio cheio de graça no MSN. Não quis nem saber: "é, mas então, já se passaram muitos anos, você casou, eu moro em outro país, já era". Teria acrescentado "tománocu antes que eu me esqueça" mas achei melhor não. O mais importante nesses casos é a nossa segurança e nossa auto-estima, e não ter alguém pra chamar de nosso.

Vivi também uma esnobada muito maravilhosa que eu descrevi aqui (quem manja de astrologia, destino, sei lá, essas coisas, por favor leia e me diga o que achou) que nem sei se chegou a ser uma esnobaaaada, porque não ficaram claras as intenções do fantasma, mas foi uma esnobada mais de "não, não tem lugar pra você nem no meu Facebook e nem na minha vida". E tome!

Não é uma delícia? "Agora não quero mais, filhote! Brigada, viu!" Não dá vontade de começar a dançar ao som de "AND IT`S TOO LATE, BABY, NOW IT¨S TOO LATE" ou de atacar de Marisa Monte cantando "o que me impooorta ver você sofrer assim/ se quando eu lhe quis você nem mesmo soube dar amoooor"? Mas em geral a gente só dá uma risadinha boba, sozinha, enquanto pensa "bem-feito, babaca." E é suficiente!

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Engraçadinho

O moço de camisa estranha chega pra ela na balada e diz:

- Sabe o que eu tenho aqui no meu bolso?

Ela achou a pergunta tão descabida que nem parou pra pensar em tudo o que ele poderia ter no bolso e muito menos em por que diabos um homem perguntaria isso a uma mulher em uma discoteca. Só conseguiu responder "ai, o quê?" E ele, fazendo uma voz de comediante dos anos 50 e tirando uma carta de baralho do bolso:

- Um coringa!

Não deu nem dois meses e já estavam morando juntos. Ela achou o máximo essa originalidade dele, esse senso de humor, esse frescor. Ela dizia pras amigas "foi uma abordagem inédita!" e morria de rir. Ele era o que ela nem sabia que estava procurando. Alguém capaz de surpreender, de fazer o inusitado. A vida dela não era fácil, ela precisava de alguém assim, que a fizesse esquecer dos problemas.

Viveu seis meses feliz com o seu piadista, se orgulhava de estar com "um cara super alto astral, sabe? Alegre!" Tinha feito a escolha certa.

Até que um dia ele lançou a do "é pavê ou pacomê?" no jantar de Natal na casa da Tia Eunice.

E depois teve a vez que ela estava com o cabelo meio armado (umidade, sabe como é) e ele disse "morzão, o que você passou no cabelo?"

- Nada, ué!

- Pois devia ter passado um pente!

E começou a gargalhar. Depois dessa ela demorou mais de um mês pra conseguir transar com ele de novo.

E teve o churrasco de aniversário do irmão dela, onde ele ficou horas chamando de "bambi" o sobrinho são-paulino dela de 6 anos. "Por que bambi, papai?"

E depois ele repassou um powerpoint com classificações de peido pra todos os contatos de e-mail dele. Incluindo ela, amigos do casal, parentes.

Mas o negócio degringolou quando, durante um jantar gourmet que ela estava preparando para alguns casais amigos, ele disse pra Gisela, moça finíssima que trabalhava com ela e que vestia uma belíssima blusa de seda com babados:

- Ô GiselE! GiselE! A sua blusa, ó, aqui no pescoço, tá tudo babado!

E começou a gargalhar. Ninguém mais riu e logo voltaram a comentar a crise do bloco europeu, enquanto ele tentava interromper dizendo "babado, de baba e da roupa, entenderam? Hein?"

No dia seguinte ela se mudou de volta pra casa da mãe. A velha sofria de artrose, bursite, gota, obesidade mórbida, pressão alta e psoríase. Ah, e depressão crônica. Morava com um gato preto manco de 16 anos em uma casa caindo aos pedaços num bairro decadente da cidade.

- Mas pelo menos ela não faz piadinha imbecil. Alto astral, o cacete. A vida é uma merda mesmo.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

30 + 1

Aí ontem eu fiz 31 anos e tive que ouvir de novo "e aí, vai mudar o nome do blog?" Não, minha gente, afinal 31 anos é quase 30! "Quantos anos a Nadja tem, 30?" "Não, quase, 31 na verdade". Então o nome do blog fica como está.

Mas mesmo com essa idade tão avançada eu continuo curtindo fazer aniversário e festejar o fato de ter ficado viva mais um ano. Espero que tenha sido mais um de muitos. E é bom curtir um dia em que pessoas queridas te ligam, te mandam mensagem, dizem coisas lindas pra você e te fazem chorar algumas vezes, né?

E como eu cheguei aos 31? Bem. Continuo podendo dispensar a base na maquiagem e o relógio biológico ainda não está gritando. Só estou num momento meio delicado da vida, no qual talvez tenha que dar um grande salto sem saber direito se a rede de proteção está bem colocada. Tanto que tenho repetido pra mim mesma o velho ditado "quem não arrisca, não petisca". Mas faz parte.

Então parabéns pra mim e que eu continue me virando nos (quase) (mais de) 30!

sábado, 5 de novembro de 2011

No espelho (ou "assim funciona a mente feminina")

Nossa, hoje eu estou o cão. O cão chupando limão e olhando pro sol. Mais feia que bater na mãe na frente das visitas. Feia de juntar criança. Olha só como eu sou deformada! Um olho maior que o outro, esse nariz de batatinha. O que é isso? Meu Deus, vai me nascer uma espinha. Uma espinha! Faz um adolescente que fui adolescente e ainda tenho que lidar com espinhas? Os 30 devem ser a única idade em que rugas convivem com espinhas no nosso rosto. E o gelzinho Clean and Clear com o Natura Chronos no armário do banheiro. Que tristeza.

Por que eu tenho a cara tão estranha? As pessoas sabem que eu sou estranha? Elas reparam que eu tenho um olho maior que o outro, e esse nariz, etc etc, ou elas tem mais o que fazer? Elas devem ter mais o que fazer, eu é que tenho essa cara e não posso me livrar dela, trocar por outra. Quer dizer, hoje em dia até dá pra mudar de cara, mas é um dinheirão e dificilmente você fica melhor. Eu tenho esta cara. Por que? Por que esta e não a da Ana Paula Arósio? Ou a daquela moça horrorosa aqui do prédio? Por que esta?


Esta é cara com a qual vou ter que conviver até morrer. Ela vai mudar, claro, mas basicamente vai ser essa. Os olhos vão continuar um maior que o outro, só com mais rugas ao redor. Vai cair tudo. Será que vou ser aquelas senhoras bonitonas? Será que vou pirar na batatinha, tentar correr atrás da juventude perdida, fazer 29 plásticas e virar uma aberração? Será que os cremes que passo desde os 25 vão ter adiantado? Sei não, porque olha só essa ruguinha aqui quando sorrio. E nos olhos. Ai ai ai.

Vou me maquiar que eu ganho mais, se não vou me atrasar pra festa. Base. Corretivo. Sombra. Outra sombra. Oooutra sombra. Lápis, rímel. Ficou bom! Batom, gloss. Pronto.

Pensando bem, até que não sou de se jogar fora, né? Uma boca bonitinha, olhos expressivos. Fico bem com essa maquiagem. Não tenho aquele nariz indecente da moça aqui do prédio. E ontem ouvi "oi, gatinha" de um motoboy quando ia atravessar a rua, então tão mal no estou, né? De pedreiro não adianta ouvir nada, eles falam qualquer coisa pra qualquer uma, mas acho que motoboy tem um pouco mais de credibilidade, né? Pouquinho. Esse meu ângulo realmente me favorece. Vou tirar uma foto assim pra colocar no Facebook. Com biquinho ou sem biquinho? Sem, melhor. Hoje eu tô é linda, isso sim!

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Voltarei e serei milhoes

Eu tava escrevendo um post. Na verdade tem dois incompletos esperando um final. Mas o ritmo esta semana está bem intenso (pra não dizer quase insuportável), então prefiro esperar. Prefiro escrever bonitinho (pelo menos pra mim) do que escrever qualquer cocô caindo de sono só pra publicar alguma coisa e não deixar este pequeno blog às moscas.

E eu não funciono sem umas boas horas de sono. Não adianta.

Então eu vou é dormir e sonhar com posts lindos e bem escritos e divertidos e com milhares de views.

Mas voltarei em breve!