sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Adeeeeus, aaaano veeeelho

Não vou ficar aqui fazendo retrospectiva do meu 2012 porque né? Cês cagaram pro meu 2012. Cês tão na praia, na rua, na chuva, na fazenda ou numa casinha de sapê esperando 2013 já. E mais preocupados com o 2012 de vocês que com o meu. Tá certo!

Mas olha, foi bacana. Tomei decisões que acho que vão me ajudar a direcionar a minha vida pra onde eu quero que ela vá. Aprendi, conheci gente nova, fiz novos trabalhos. Fiz belas viagens, belíssimas e inesquecíveis na verdade. Revi amigos que não via fazia tempo, o que não fez arrefecer o amor que sinto por eles. A família vai bem, obrigada. O namoro também. Só não foi nada bacana ter mandado um e-mail pra dona do meu apê e receber como resposta que ela tinha falecido. Também nada bom o meu cachorro ter ido pro céu canino. A balança continua tendo uma relação conturbada comigo. Mas así es la vida.

O que espero para 2013 serve não só para mim mas para todos vocês (todos nós!): que a vida vá para onde a gente quer. E se já estiver, que fique aí. Que todos nós e os que nos cercam tenham saúde, que em tudo que fizermos e vivermos haja harmonia e amor (o que apenas complementa o que eu disse agora há pouco pra minha mãe: "acho que tô virando hippie!").

Feliz Ano Novo!

(peguei a imagem daqui, inclusive tem umas previsões lá mas nem vi)

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Tá uma bosta, mas não é por isso que vai acabar

Gente, o mundo sempre foi uma merda. Que mensagem otimista de fim de mundo de ano, não é mesmo? Eu na verdade sou uma pessoa até otimista, mas venhamos e convenhamos: o mundo é muito grande e bacana e bonito e tals, só que também é cruel e horrível e é assim, sempre foi e sempre será. Pode estar uma merda agora, mas não, não vai acabar - pelo menos não agora e acho muito pouco provável que termine enquanto nós e nossos netinhos estiverem vivos.

Pensei nisso porque uma amiga postou no Facebook um texto escrito por um amigo dela (ou imagino que seja amigo dela) que diz o seguinte:

"Tem gente que fica esperando um super meteoro, uma onda gigante, um dilúvio de chuva ácida. Mas o fim do mundo já esta aí nas nossas caras faz tempo. Na filha que assassina os pais, no pai que joga a filha da janela, no deliquente que mata por amor. O fim do mundo tá na velhice abandonada em corredores de hospitais, na merenda que apodrece nos galpões, na falta de saneamento básico. O fim do mundo tá ali onde não chega a eletricidade, onde a água é salubre, onde o voto é trocado por sapatos. O fim do mundo tá no gatilho do bandido, tá em cada muro que a gente ergue e em cada cadeado que a gente tranca. Quisera eu que o fim do mundo fosse instantâneo como a colisão do meteoro, ou viesse de vez na crista da onda gigante. Melhor morrer de vez do que morrer aos poucos."

Tudo o que ele diz realmente é péssimo. Mas olha, eu acho que o mundo já foi pior. Ou tão ruim quanto está agora. Vejamos.

O que já teve de guerras, invasões que arrasaram cidades inteiras, catástrofes naturais, epidemias que mataram populações quase inteiras, roubalheiras, filho que mata pai e vice-versa (inclusive em guerra pelo poder), etc etc etc, desde que o mundo é mundo, e no mundo inteiro?  Já prestaram atenção na História? Sabem como se vivia antes?

Em algumas viagens que fiz tive a oportunidade de conhecer ruínas e lugares históricos. Tudo o que vi e aprendi neles me fez chegar à seguinte conclusão: a humanidade mudou muito pouco. Sempre teve rolo com religião, com poder, com paixões, com a busca pela beleza, pelo dinheiro, preconceitos, com tudo que vivemos agora. sempre teve violência de uma forma ou de outra. Claro, algumas questões são mais atuais, mas essencialmente são muito parecidas com as de sempre.

Além disso, antes as condições de vida pra todo mundo eram bem piores. Exemplinho pequeno: fui num cemitério na Escócia (tava lá, parecia de filme de terror, entramos) e fiquei impressionada de ver, em muitos túmulos, algo tipo assim: túmulo do século 18 ou 19. O pai, a mãe, ambos mortos relativamente jovens, e uma penca de filhos mortos bebês ou novinhos. Eram MUITOS. Negada morria que nem mosca!! Não existia saneamento básico, nem muito remédio nem nada. O povo pegava qualquer coisa e pá, morria. Nossa, lembrei também das pilhas e pilhas de ossos numa catedral de Viena, pertencentes às vítimas da epidemia de peste que houve lá, acho que no século 16, não tenho certeza. E indo pra antes, em Roma, que nego tava lá aí chegava um monte de bárbaro e acabava com tudo? E os nego se matando entre eles mesmos lá?

Uma vez li uma crônica, acho que do Machado de Assis. Ele falava do mundo dele, do mundo daquela época, INGUAL a gente fala agora. Mas igualzinho mesmo. E olha só, tamo aqui até agora. Alguns estão melhor que outros, infelizmente, mas tamo aqui.

Poderia escrever até páginas sobre as coisas que vi e aprendi nesses lugares e essas minhas impressões, mas vou ficar por aqui porque né? Não precisa.

Eu acho até que o mundo tá melhorando. A gente tá tomando consciência do que não fazer, tá aprendendo, e mesmo que seja muito aos pouquinhos, mesmo que nos ferremos por coisas que a humanidade sempre fez e não deveria ter feito, mesmo que ainda haja tudo o que o moço falou e muito mais, eu acho que a tendência, a looooongo prazo, é melhorar. Poxa, até que o post terminou otimista, hein?


quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Estilo sem tamanho e eu

Há uns dias conheci o blog de uma quase-xará, a Nadia Aboulhosn. Vi num blog e depois vi que saiu uma reportagem sobre ela na revista Gloss.


Me identifiquei com ela porque, além do nome, eu também tenho esse tipo físico. Quer dizer, tenho cabelo quase claro e olho claro, mas sou parecida na, digamos, abundância de curvas. Talvez eu seja até um pouco mais magra, e eu tenho mais em cima e ela, embaixo.

Parece que ela é famosa, o blog dela faz sucesso e ela inclusive já estrelou uma campanha da American Apparel, entre outras.

O que achei dela e do sucesso dela? Não sei, não sei mesmo. Tô pensando até agora. Achei que ela é muito bonita, sem dúvida. Admirei a coragem de usar roupas que a maioria das "regras de muóda" diria que são erradas pro corpo dela. Admirei a coragem de se expôr assim. Não gostei de todas as roupas, aliás gostei até de poucas, e acho que a maioria  é impraticável pra quem mora no Brasil (pelo clima, por como chamaria a atenção, etc etc). Mas achei que nenhuma fica feia nela.

É legal ver esse movimento de auto-aceitação, de reconhecer belezas diferentes do padrão, de não se deixar abater pelo que dizem e pelo que a sociedade supostamente exige.

Mas eu.

Eu ainda quero emagrecer um pouco mais (e não consigo). Uns 8 kg, pra ficar normal, porque MAGRA eu nunca vou ser e tenho plena consciência disso. Já estive uns 10 ou 15 kg mais gorda e, quando vejo minhas fotos e vídeos, sinto que não quero ficar daquele jeito de novo porque eu não me sentia bem.

Eu acho que quando a pessoa está mais magra (não disse MAGRA) ela infelizmente fica mais bonita. Digo infelizmente porque é um saco, mas a cara da pessoa aparece mais, as curvas ficam mais harmoniosas, a roupa veste melhor. Não estou dizendo que se você pesa 50 kg você deveria pesar 45 pra ficar bonita (aliás, nada mais irritante que magra falando que tá gorda), mas se você pesa 80, é provável que fique um pouco melhor com 65. A não ser que fique doente pra chegar nesses 65, mas aí é outra história.

Mas também é questão de escolha. "Prefiro não ficar tãããao bonita e comer brigadeiro quando e o quanto eu quiser" - Ok, escolha sua. Cada um com suas prioridades na vida.

Por mais modelo plus-size e o cacete a quatro que haja por aí, ainda é bem forte a pressão por ser magra, ainda dizem "mas o seu rosto é tão bonito" como se o resto fosse uma merda (se bem que não me falaram mais isso, que eu me lembre), enfim, ainda não é fácil não ser magra.

Sei lá, é um tema complicado em geral e na minha cabeça. O que vocês acham?

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Qué piernas

Hoje eu estava andando debaixo de um sol inclemente, suada pra caraio, com roupinha de ginástica, me sentindo tão sexy quanto uma carcaça de Kombi queimada. Um homem que estava subindo em uma moto me olha e diz "nossa, que pernas! Lindas mesmo!"

Quase que eu paro e falo pra ele "nossa, jura? Essas coisinhas curtinhas e branquelas? Certeza mesmo? Obrigada, moço!"

Não fiz isso, mas tô até agora olhando as minhas pernas pra tentar entender o que pode ter despertado o gracejo gratuito do homem.

Aí fiquei pensando, o que aconteceria se a gente respondesse para esses caras? Porque a gente, claro, ignora, finge que não ouviu, ou até xinga se o cara disser baixaria. Tem um episódio do Sex and the City em que a Miranda, cansada das gracinhas ditas por um pedreiro, um belo dia pára e diz para ele "ah é, você gosta? Então vamulá!". Ele, obviamente, dá pra trás.

Mas o que eu digo não é nem responder do jeito da Miranda. É mais dialogar mesmo, tipo o que eu tive vontade de fazer hoje. Tipo:

- Nossa, gatinha, hein!
- Ai, eu? Jura? Moço, sabe que acabei de sair do cabeleireiro, gastei os tubos com tingimento e escova e nem tinha gostado! Mas você gostou então?
- É... ficou bom, sim...
- Que bom, moço, obrigada, viu!
- ...


- Nooossa, eu com essa daí fazia ¨*&*¨$#@!& !
- Oi, desculpa, mas o senhor já tem idade. O senhor tem filha?
- O quê?
- O senhor tem filha?
- É... tenho...
- E tem mulher?
- É... tenho, sim.
- Então o que o senhor faria com um homem que dissesse essa baixaria para a sua filha? Ou para a sua esposa?
- Eu...
- Pois fique o senhor sabendo que eu sou filha de um homem como o senhor. Ponha-se no lugar do meu pai. E dê-se ao respeito!


- Olhão bonito, hein, moça!
- Obrigada, viu! Olha,  você não está tão mal também, viu?
- Oi?
- É... acho só que esse cabelinho seu não tá bom. Homem de rabinho não dá. E essa camisa também não tá favorecendo.
- Que isso, moça?
- Ué, você falou de mim, por que não posso falar de você?


Alguém já fez algo parecido?? Eu até tentaria mas sou meio tímida pra essas coisas (fora o medo de falar com qualquer um assim sem mais, né?)

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

sábado, 1 de dezembro de 2012

É de pequeno que se aprende a ser idiota

Estava eu tomando meu sorvetinho de fim de semana. Na mesa à minha frente, três homens, um mais velho e outros dois, aliás bem bonitos, na faixa dos 30. Com eles, cinco menininhos, lindos também, de idades entre uns 3 e 7 anos.

Os menininhos estavam fazendo coisas de menininhos como correr, cair, sujar suas camisetas de times de futebol, se bater, gritar. Até que um dos homens chama os cinco. E pergunta:

"Do que vocês gostam mais, tetas ou bunda?" 

Os dois mais velhos ficaram meio envergonhados, responderam com aquele sorriso tímido. Um, tetas, o outro, bunda. Ouvi um, não sei qual, perguntando o que significava aquilo. E um outro, um moreninho de uns cinco anos parecido com um dos homens, gritou muito animadamente: "Tetas! Tetas!" O de três, tadinho, olhava sem saber o que responder, enquanto o homem dizia "vai, tem que responder rápido, qual você gosta mais, tetas ou bunda?"

Quase vomitei o sorvete.

O pequenininho disse "tetas", mas assim meio sem saber o que estava dizendo. O animadinho de cinco começou a gritar dizendo "tetas bem grandes são demais! Bem bem grandes!" E o homem disse "não, mas e se são de uma gorda? Aí não!"

Os outros dois homens só riam.

Os meninos voltaram a fazer coisas de meninos. Brincaram mais um pouco, tiraram fotos e se levantaram para ir embora.

Passa um casal, cuja mulher era toda atlética. O empolgadinho de cinco anos lhe diz "te amo!" e sai rindo malandramente com os irmãozinhos? priminhos?. Não deve nem ter chegado a ver que a mulher, apesar da boa forma e da roupa justinha e curta, era uma senhora que tinha idade para ser avó dele. 

Eu queria muito ver como esses menininhos tratam as amiguinhas na escola. Queria ver as mães deles. Queria ver como vão tratar as moças na adolescência. Que tipo de homens vão ser.

Fiquei abismada. Com raiva dos homens. Pensando que é assim que educam os meninos. Que é por isso que depois a gente sofre com coisas que vão desde gracejos imbecis na rua até abusos. Que em pleno 2012 ensinam essas coisas pros meninos, afinal eles têm que ser machinhos que gostam de peitos e bundas (afinal, o que mais uma mulher tem a oferecer?). 

Coitados desses meninos. E das meninas e mulheres que vão conviver com eles.



quinta-feira, 22 de novembro de 2012

É bem isso aí

Tava lendo no YouPix sobre aquele meme "o que queremos", aquela tirinha que vocês já devem ter visto no Facebook. Tem uma que vi agora e achei que tem tudo a ver com o blog:


quarta-feira, 14 de novembro de 2012

As flores e o "gostaria de..."

Eu adoro flores. Não a ponto de saber tudo sobre elas e de passar horas cuidando do jardim (aliás, que jardim?), mas gosto, acho todas lindíssimas, adoro o cheiro, as cores.

Na minha casa só tinha dois vasinhos com umas florzinhas de pRástico. E eu sempre pensava "bem que eu podia comprar flores de verdade, gostaria de ter flores em casa, fica tão bonito." Mas tem que cuidar, mas tem que ir lá comprar, mas, mas, mas, e na minha casa nunca tinha flores.

Anteontem passei por uma banquinha de flores e pensei "olha aí, é fácil! Por que não?" E comprei um raminho que achei bonito, colorido, nem sei bem que flores são. Coloquei em um vaso grande que ficava guardado e coloquei raminhos nos dois vasinhos. Improvisei uma toalhinha com um guardanapo de tecido pra não arranhar a mesa. Joguei as de pRástico fora.

Fiquei pensando que na verdade a única coisa que me impedia de ter flores em casa era ir lá e comprá-las, o que não é nada muito complicado. E pensei também em quantas vezes a gente pensa "poxa, eu gostaria de..." e acaba não fazendo porque simplesmente não faz. Gostaria de ler mais, gostaria de se organizar melhor, gostaria de ver mais os amigos. Ás vezes o impedimento é a gente mesmo e só.

Vamos parar com isso?


segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Se vira nos 32

Amanhã eu faço 32 anos.

Pra quem está na crise dos 30 como eu estive: passa. A minha acho que passou, ou pelo menos está muito melhor. Nos dois anos dos 30 até agora, passei uns perrenguinhos, tomei umas decisões drásticas, vi que há vida lá fora e tô bem, obrigada. Analisando os próximos rumos a tomar com otimismo e paz no coração, o que é brega de dizer mas é fundamental.

Não vou fazer grandes comemorações porque já estive quase dois meses comemorando a vida, fazendo uma das coisa que mais gosto de fazer que é viajar, então já tô satisfeita. Mas cumprimentos e recados fofinhos são sempre bem-vindos! :)

Imagem roubada daqui, e se puderem leiam o texto em espanhol, eu gostei!

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Da série "a gente sabe que está ficando velha quando..." - percebe que está ficando igual aos pais

Papai às vezes troca nomes, palavras, letras. Toda hora ele me diz "a Nadja tá aqui" quando se refere à minha irmã (que obviamente não se chama Nadja) e toda vez que ele vê um ex-vizinho nosso, ele o chama pelo nome do irmão - que inclusive morreu, o que torna a gafe mil vezes pior. Esses são só alguns exemplos.

Mas isso não é exclusividade dele. Minha falecida vovó Ana, mãe dele, era assim. Ela falava o nome de todas as netas até acertar qual era a que estava chamando, o que fez que meu primo tomasse a iniciativa de fazer uma lista de netos, que nem eram tantos assim, em seu computador daqueles que ligavam na TV, isso lá nos anos 80. (aliás, ele pôs meu primo William em primeiro e eu por último, eu perguntei por quê e ele disse "é por ordem de gordura", enfim, aquele tipo de coisa que manda a gente pra terapia anos depois).

Meus tios, irmãos do meu pai, também fazem essas confusões, o que nos faz desconfiar de algum componente genético nessa história (não, não é Alzheimer. Tirando isso - e a pressão alta, e a vista cansada, a bursite, etc etc - estão todos com a cabeça ótima, felizes e saltitantes).

Eu às vezes dou risada, às vezes me irrito, às vezes corrijo, às vezes não ligo. Mas é uma coisa que eu não gostaria de fazer, pois eu já cometo gafes o suficiente sem trocar nomes.

Só que aí que está o problema: eu estou trocando nomes.

Na viagem fiquei na casa de uma amiga. O marido, Jon. O filho, Joey. Pra quê, né? Era chamar o marido de Joey, o nenê de Jon, aquela coisa toda. "Ah, mas ok, são muito parecidos mesmo".

Aí eu fui na casa de uma amiga de infância que tem um gato. "Ai, como o Petit tá lindo". "Aqui é o quartinho do Petit?" "Porque o Petit..."

"Nadja, você lembra que o nome dele é Mignon, não Petit, né?"

Eu tô cansada de saber o nome do gato. Inclusive opinei na escolha do nome. Ela bota toda hora no FB. Eu SEI o nome do gato. Mas passei o tempo todo chamando o Mignon de Petit.

É... a gente sabe que está ficando velha quando percebe que está ficando como os nossos pais.

Petit é o caralho, meu nome é Zé Mignon!

domingo, 28 de outubro de 2012

As viagens de Nadja V - A odisseia de Nadja

Foi uma viagem longa, ou pelo menos a mais longa da minha vida: 40 dias.

Foram sete países, nem sei mais quantas cidades. Teve até três cidades em um dia, e cinco dias em uma cidade.

Nove voos, muitos trens, alguns ônibus, poucos carros e táxis e incontáveis viagens de metrô. Mas o meio de transporte que mais usei mesmo foram meus pezinhos, principalmente vestidos com minhas botinhas cinza que nunca mais serão as mesmas, coitadas.

Vi e vivi tanta coisa que nem cabe tudo em um post, mas vou tentar.

Conheci lugares novos e voltei a conhecidos. Reencontrei velhos amigos e fiz novos também. Curti com meu pai e meu primo, depois com o namorado, depois sozinha.

Tirei mais de 2000 fotos e fiz alguns poucos vídeos. Algumas em pontos turísticos, algumas no meio do nada.

Me emocionei, me diverti, me surpreendi, me senti mal, me encantei, me decepcionei (pouco), me cansei, me repus.

Comi para cacete e agora estou sentindo o peso das consequências.

Vi o diário da Anne Frank e as joias da coroa britânica. A beleza de Lisboa me impactou assim que cheguei, e a feiurinha de Dublin, também. Do Coliseu ao Lago Ness, dos moinhos holandeses ao Camp Nou, o estádio do Barça.

Aprendi sobre os costumes da Catalunha e sobre a taxa impositiva na Holanda.

Naveguei pelo Tâmisa e pelos canais de Amsterdã. Fui na fábrica da Ferrari e da Guinness.

Passei calor de vestidinho em Roma, passei frio com duas calças, três blusas e uma jaqueta em Edimburgo.

Minhas unhas estavam em petição de miséria e meu dedinho do pé direito já viveu momentos melhores.

 Me reuni com parte da família no sul da Itália, onde fui ao batismo do meu priminho. Fui ao casamento de uma amiga em Portugal. Quando eu vi estava batendo papo com deputados no parlamento britânico (é uma longa história).

Comprei um óculos lindo e caro em Modena com o maior descontão. Perdi o óculos dez dias depois em Barcelona e chorei.

Conversei sobre a vida no Qatar, sobre a falta de infraestrutura em Angola e sobre a crise na Europa. Aprendi a falar "obrigado" em urdu (uma das línguas do Paquistão) e a xingar em holandês. Pratiquei meu inglês e meu enferrujado italiano.

Três países novos na lista dos visitados e a consciência de que são tão poucos perto do que o mundo tem, e que talvez a vida não dê pra conhecer todos que quero. Bom, ainda tenho tempo.

Voltei como acho que se deve voltar de uma viagem dessas: com o corpo cansado, a mente renovada e a alma lavada. Voltei quase em estado de graça.

Mas aí chegou a fatura do cartão de crédito.


quinta-feira, 6 de setembro de 2012

As Viagens de Nadja - V - A menor mala para a maior viagem

Primeiro foi o convite para um casamento em Portugal no fim de setembro. Depois, para o batismo do único bebê da família na Itália, uma semana antes do casamento. Um pai que finalmente decidiu tirar férias, um primo que se juntou à aventura, um namorado com fogo no rabo pra viajar, amigos que moram em países bacanas e o pensamento de "tem que aproveitar enquanto se pode".

Tudo isso deu na viagem que vou fazer deste domingo atéééé fim de outubro. Inglaterra, Itália, Portugal, Espanha, Holanda, Escócia, Irlanda. Lugares novos, lugares que já visitei antes mas que né? Sempre vale a pena voltar (quantas vezes você iria a Londres? A Roma? A Barcelona? Eu diria "todas as vezes possíveis").

Vou encontrar muitos amigos e parentes, vou ver meu priminho italianinho, vou levar o papai fanático pela Ferrari a Maranello (sede da Ferrari, pra mulherada que não entende de carro), vou reencontrar a melhor amiga da vida inteira depois de dois anos, vou no casamento de uma queridona venezuelana com um inglês no Algarve, e eles moram em Abu Dhabi (casamento globalizado é isso aí!), vou pegar avião pra cima e pra baixo (quer dizer, pra baixo não, por favor) com o namorado, entre outras emoções. Como diria o filósofo Galvão Bueno, haaaaja coração.

Vai ser a viagem mais longa da minha vida. E a melhor, espero (se bem que já fiz tantas boas, grazadeus, que o ranking é bem disputado).

Estou tentando levar a menor mala possível pra não sofrer em tanto sobe em trem, desce de trem, pega metrô, sai de metrô, pega avião, sai de avião (low cost, daqueles que você paga se peidar no avião e mais ainda se tiver muita bagagem). Não tá fácil porque vou tanto para lugares mais quentes como para lugares mais frios, além de ter que levar roupa arrumadinha pros eventos. E ainda por cima levando vinho e alfajor pro povo. Mas eu vou conseguir!

Tô levando coisas que possa usar nos dois climas com poucas alterações (tipo vestido pro calor, vestido + meia calça grossa + camiseta manga comprida + cardigan + jaqueta pro frio) e levando poucas coisas, pensando que vou lavar roupas na viagem (e comprar, claro, quem não curte umas comprinhas?).

Quem deve ficar meio paradinho no meio de toda essa agitação é o blog, que na verdade já anda meio paradex (é muita coisa ao mesmo tempo, minha gente). Nos vemos na volta!


terça-feira, 21 de agosto de 2012

Crianças e mulheres de (mais de) 30

Esses dias eu estava passeando com uma amigona quando vi uma menininha de uns dois anos toda bonitinha. Fiquei olhando, achando graça, sorrindo. E comentei com a minha amiga, timidamente:

"Você não acha que, sei lá, depois dos 30 parece que a gente passa a olhar as crianças de um jeito diferente? Parece que a gente curte mais, se emociona, não sei bem..."

Achei que teria uma resposta meio blasé. Minha amiga tem quase 32 como eu, é descolada, viajada, inteligente, culta  e solteira. Achei que ela não se ligava muito nisso de criança. Nunca tínhamos falado disso. Nenhuma de nós é mãe. Mas a resposta dela foi:

"Nossa, meu útero grita!"

Não sei se é o tal do relógio biológico ou se é de tanto ver gente ao redor tendo filho. Ou o fato de ter se tocado que a gente já é adulta o suficiente (talvez mais que suficiente) para fazer nossas próprias pessoas. Mas tenho observado que o tema "crianças" está presente de uma maneira totalmente diferente nas nossas vidas do que estava antes. "Nossas vidas" que eu digo são as de mulheres na faixa dos 30 que não têm filhos.

Sempre adorei crianças, mas agora é diferente. Eu me interesso, me emociono, fico imaginando como serão os meus filhos se os tiver, como quero educá-los, o que quero ensinar, o que quero que não façam como eu. Vejo programas sobre educação (hello, Supernanny!), leio alguns blogs, converso com mães com interesse verdadeiro e curto muito os filhos dos outros próximos a mim.

Aos 20 e poucos, não fazia isso.

O engraçado é que não pretendo ter filhos tão cedo. Nem sei direito o que vai ser da minha vida, que dirá da vida de uma pessoinha que seria 100% dependente de mim. No momento não tenho nem planta, pra não ter que cuidar de nenhum ser vivo. Filhos, quem sabe daqui uns cinco anos (e faz uns anos que digo "daqui uns cinco anos"). E se por alguma razão eu não tiver, bom, vai ser uma frustração, mas acho que vou poder superá-la, não vou ser infeliz por isso.

Não sei se diria que "meu útero grita", mas que esse assunto tem outra dimensão agora para mim, tem mesmo. E pra vocês?

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

De mulher pra mulher

Eu ando choramingando que tenho zilhares de coisas pra resolver até um dia determinado. Até fiz isso ontem no blog. Trabalho, carro pra vender, coisas pra arrumar, uma pequena viagem antes da grande viagem, burocracias, reservas de hotel, compra de passagens, etc etc etc. Coisas, coisas e mais coisas. E o relógio fazendo tic tac na minha cabeça.



A TPM esses dias falou disso aqui: http://revistatpm.uol.com.br/revista/122/reportagens/voce-deu-conta-de-tudo-hoje.html

Aí hoje eu estava choramingando para a pessoa mais choramingável que eu conheço, minha mãe. Ela não choraminga, mas ela é minha mãe, e pra quem a gente vai choramingar se não for pra mãe? Bom, meu pai também cumpre essa função, mas acho melhor choramingar com a mãe, uma coisa assim meio de mulher pra mulher (Mariiiisaaa).

Ela nem ouviu todo o meu choramingar e já foi dizendo: "credo, filha, você choraminga muito! Nem parece mulher! Você não sabe que as mulheres fazem 500 coisas ao mesmo tempo?"



"Sei, mãe, eu faço!" Foi a minha resposta a ela.

Faço, mas não curto, não.

Um sonho: uma personal assistant só pra cuidar de burocracia, dinheiro, arrumações e coisas chatas em geral. Eu ficaria só com as coisas bacanas e coloridas da vida.

Ah, e um closet também não seria nada mal. Isso não tem nada a ver com fazer muita coisa ao mesmo tempo, mas já que comecei a falar de sonhos...

(*) a imagem, peguei daqui: http://anttoniocronica.blogspot.com.ar/2010/11/mulher-polvo.html

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Tudo ao mesmo tempo agora

Eu sei, minha gente. O blog anda paraaaaado que só.

Mas é aquela coisa, tudo ao mesmo tempo agora. Tenho um monte de coisa pra resolver antes do dia 30 de agosto, que é o dia em que começa a maior viagem que já fiz na vida (nossa, só agora me toquei que vai ser a maior viagem que já fiz na vida).

Vou ficar quase dois meses fora de casa, imagina só.

Mas prometo pelo menos uns postzinhos até então. E durante os dois meses, hummm, sei não.

E dá-lhe "As Viagens de Nadja" na volta!


quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Só digo isso


Na verdade, no meu caso seria:


As Viagens de Nadja IV - No wedding today

Em 2009, minha amiga me mandou um e-mail com uma proposta indecorosa: "Quer me acompanhar no casamento de uma amiga em Istambul em julho?"

Não me perguntem por quê, mas eu sempre quis ir pra Istambul - sim, falei a mesma coisa da Grécia, mas é que ambos estavam no topo da minha lista de lugares que sonhava conhecer. Não sei se vi algum programa de TV sobre lá e ficou na minha cabeça, ou se vivi lá em alguma outra encadernação.

Idas e vindas e sins e nãos depois, eu fui.

O casamento era dia 15 de julho, ou pelo menos era o que minha amiga tinha me dito.

No dia marcado, foi todo um processo: nos emperequitamos aos trancos e barrancos no nosso quarto do albergue com um baita calorzão. Pedimos pros meninos de lá nos ajudarem a chamar um taxi e a explicar onde era a festa, que pelas caras que eles fizeram era longe. Depois lá fomos nós serpenteando pelas ruas de Istambul a bordo de um taxi. Era longe mesmo. Sobe rua, desce rua, vira, vai, volta, e nós sem a menor ideia de nada - o taxista não falava inglês e eu só sei falar "obrigado" e "sorvete" em turco.

Chegamos. Era um lugar lindíssimo, de frente para algum dos estreitos que cortam Istambul. Um bairro chique, cheio de hotéis e baladas (infelizmente não lembro o nome e nem tirei fotos). O casamento era no salão de um hotel.

Entramos as duas lindas e emperequitadas, eu de sombra verde até o rabo. Tudo muito quieto, sem enfeites, nada. Ninguém, só alguns garçons preparando um restaurante para o jantar. Vendo nosso desconcerto, um deles veio ao nosso socorro. Perguntamos sobre o casamento.

"Wedding? No, no wedding today! Tomorrow!"

Não, não podia ser. Erramos o dia?? Minha amiga ligou para a noiva. Só escuto ela, ao telefone: "Ooooh, tomorrow! We thought it was today!"

Nossa, que mancada. O que fazer? Pra onde ir? Rimos? Choramos?

O garçom nos convidou para sentar e tomar algum aperitivo. Pedi um refrigerante, minha amiga uma brejinha, ele trouxe alguns amendoins, pistaches e afins. Ficamos as duas lá sozinhas, rindo da nossa tontice. Essa era a nossa carinha:



Quando pedimos a conta, o garçom, com toda sua hospitalidade turca, disse que era por conta da casa. Fofo! Lembro o nome dele até hoje, Mehmet. Os turcos são bem assim, super hospitaleiros. Adorei.

Depois voltamos para o albergue com o rabinho entre as pernas e dobramos com cuidadinho nossos vestidos pra usar de novo no dia seguinte.

Fotinhos daquela viagem:












terça-feira, 31 de julho de 2012

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Da série "A gente sabe que está ficando velha quando..." - Senhora

"A senhora prefere batatas ou salada?"

Você olha para trás para ver se alguma velhinha está lá. Senhora? Ué, não tem nenhuma senhora.

Aí você se dá conta: a senhora é você.

Um dos pequenos pesadelos de ter (quase) (mais de) 30 é esse, começar a ser chamada de senhora. "A senhora gostaria", "com licença, senhora", "não posso fazer isso, senhora". Senhora pra lá, senhora pra cá, mesmo que você ainda seja uma senhorita supostamente. Mesmo que senhora, para você, seja só pra gente bem mais velha, tipo das nossas mães pra cima.

É... a gente sabe que está ficando velha quando vivem chamando a gente de senhora.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Votação

Ando numa fase meio escarafunchando nos armários pra ver o que vai e o que fica, já que em breve quem vai sou eu (ou não, ou vou depois, ou sei lá).

Além das velharias fofas de dois posts atrás, hoje me deparei com esta preciosidade:


Tenho essa mochila desde os 16, 17 anos. Ela tem pins de N viagens que fiz, ou que fizeram, presentes de gente querida, coisas que têm a ver comigo (vejam os carrinhos de F1, os símbolos da Ferrari, o pin com o traçado de Interlagos... e só agora notei a quantidade de Mickey e Minnie, o que pode até ser considerado premonitório, já que anos depois de comprar ou ganhar esses pins eu vim a trabalhar na empresa dos queridos personagens, onde fiquei por anos e anos. Ok, estou divagando.)

Lembranças e lembranças em forma de pins. Praticamente eu em forma de pins.

Tem até um pin do Pikachu, gente. E do Ligeirinho. E de Moldova. Quem tem um pin de Moldova? Quem sabe o que é Moldova (não, não é uma marca de relógios, é um país)?

Usei no colegial, usei no cursinho, acho que até na faculdade. Mas faz uns 10 anos que ela só sai do armário pra mudar de casa. E considerando que não mudo de casa há cinco anos, a coitada tá enfurnada há um bom tempo.

Sou super a favor do desapego, mas gente, quem não teria dó de jogar fora a própria personalidade em forma de pins? As viagens em forma de pins? Me disseram "guarde os pins", mas poxa, a mochila fica tão bonita com eles, eles ficam tão bonitos na mochila...

Acho que vou guardar a mochila.

Mas a questão é (e vem daí o título de "votação" do post): uso? Não uso? Acho meio inadequado pros meus (mais de) 30 anos. Além disso, aonde iria com ela? Aonde iria com eu mesma em forma de pins numa mochila jeans?

Ajudem esta trintona moça a decidir. A caixa de comentários é serventia da casa!

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Gente de sucesso?

Hoje colocaram isso no Facebook:


"Uma mulher se preocupa com o futuro até ela conseguir um marido.
Um homem nunca se preocupa com o futuro até ele conseguir uma esposa.
Um homem de sucesso é aquele que consegue ganhar mais dinheiro do que sua esposa consegue gastar.
Uma mulher de sucesso é aquela que consegue encontrar este homem."


Gente.


Coitada da mulher que só se preocupa com o futuro até conseguir um marido. Vejam bem, não é nem um bom marido, é um marido. Qualquer que seja. Como se ter um marido fosse garantia de um bom futuro. Não, não é. Aliás nada garante um bom futuro, só podemos fazer a nossa parte para melhorar as chances de tê-lo. Por exemplo, não achando que só deve se preocupar com o futuro até achar um marido.


Coitado do homem que nunca se preocupa com o futuro até conseguir uma esposa. E a vida dele, onde fica? Pode ser que as preocupações aumentem depois de "formar família", mas antes o rapaz pode curtir a vida adoidado e tals mas tem que ter um mínimo de responsabilidade, não? Ou eu que sou chata?


Um homem de sucesso é aquele que consegue ser feliz. Isso talvez seja mais difícil que ganhar dinheiro. Um homem de sucesso é o que consegue manter uma relação saudável com a sua esposa, se a tiver, e que não sinta essa obrigação de trabalhar para cobrir os gastos dela.


Uma mulher de sucesso é a que consegue ser feliz. E que consiga ganhar seu próprio dinheirinho para viver como bem entender, sem depender de um marido que ganhe mais do que ela pode gastar. Ou que viva bem com o acordo que fez com o marido, tipo "cuido dos filhos e você da grana". Que viva bem com as suas escolhas. Mas dizer que uma mulher de sucesso é aquela que encontra um marido que ganha mais do que ela pode gastar? Desculpe, mas não é bem assim.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Da série: "A gente sabe que está ficando velha quando..."

Em uma limpa no armário, encontra objetos que não se usam mais há uns dez anos:


Sim, é tudo meu. Terceira idade, a gente se vê por aqui.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

As fabulosas dicas de moda e estilo da tia Nadja - 2

Como este é um blog de (in)utilidade pública, de vez em quando eu gosto de dar dicas de moda para minhas milhares de leitoras. Que gabarito eu tenho para isso? Nenhum, como já disse antes, mas quanta nega que também não tem e faz até blog de moda por aí, não é mesmo?

No post de hoje, vou responder algumas pertinentes perguntas que tenho visto em revistas e sites femininos:

- Como usar meia-calça? - simplesmente enfie suas duas pernas na meia-calça, dê aquela reboladinha para que ela chegue até a cintura e pronto. Não requer prática e tampouco habilidade.

- Como usar sneakers? - Na verdade sneaker é tênis em inglês (jura?), mas pelo que vi agora estão chamando assim aqueles aberrações tênis com um salto anabela "escondido". Se depender de mim, esse tipo de sapato se usa sozinha em casa e no escuro. E olhe lá.

O horror, o horror


- Com que combinar uma saia mullets? - Com nada. Puta coisa horrível. Nada que tenha a palavra "mullets" pode ser bom, gente. NADA. A saia tem este nome por causa do corte de cabelo que fez furor nos anos 80, mas eu acho que o nome também vem do fato de que, daqui a 20 ou 30 anos, quem usou vai se olhar numa foto com elas e pensar "nossa, que horror, como usei isso?", assim como faz hoje em dia quem usou cabelo com mullets.

Por quê?


- O que é nail art? - nome inglês para "desenhos ridículos na unha". Se você tem até 15 anos, ok. Se não, só se for muito a sua cara, mas muito mesmo. E ainda assim...

Desenhos meigos e delicados em suas maos


- Dica de look que emagrece: você dá um look praquele bolo de brigadeiro e não o come. Faça isso várias vezes, de preferência sempre. Emagrece que é uma beleza!

- Listras horizontais engordam? - Não. O que engorda é pizza e batata frita.

Com essas dicas, não garanto sua elegância e finesse no vestir, mas ridícula você também não vai ficar e isso já é uma grande coisa!






terça-feira, 10 de julho de 2012

A moça que olhava a lua

Tanta gente falou tanto da lua que eu quis vê-la. Não vi no caminho do trabalho para casa, em meio ás árvores e prédios da cidade. Não vi da varanda. Tive que botar o casaco que tinha acabado de tirar ao chegar, um sapato qualquer, descer e ir pra rua. Estava frio.

Só consegui ver a tal da lua na esquina. Linda mesmo, brilhante, cheia, talvez um pouco menor do que eu imaginava. A lua. Olha lá a lua. Não vai sair bem na foto do celular. A lua. É bonita mesmo, né? E quando eu era pequena, que eu ficava olhando e querendo ser astronauta? E agora, que eu sou grande e continuo gostando de olhar a lua, mesmo desistindo de ser astronauta lá pros 9 anos de idade?

Fiquei parada na esquina, olhando a lua. E comecei a perceber as pessoas em volta. Mas só a presença delas, passando ou paradas na porta de algum lugar. Não sei se me olhavam, acho que tinham coisa melhor pra fazer. Mas comecei a pensar o que elas pensariam se me vissem. Se me olhassem. Por que essa moça está assim, sem eira nem beira, parada na esquina e olhando para a lua? É louca? É boba?

Mas logo depois eu pensei: o que tem de mal em estar parada na esquina olhando a lua? Eu podia estar roubando, eu podia estar matando, mas estou só olhando a lua. Não devo nada pra ninguém, me deixa olhar a lua. E o que elas tem a ver com isso? E o que eu tenho a ver com elas? E por que elas achariam estranho uma moça parada na esquina, sem bolsa, sem nada, olhando a lua? Uma moça que veio, parou na esquina, olhou a lua e foi embora?

Tanta gente fazendo tanta coisa sem a menor vergonha na rua e eu só estava olhando a lua.


terça-feira, 3 de julho de 2012

(Bobagem) Nova

Não é novidade zoar matérias da revista Nova na Internet. A srta. Bia do Groselha News fazia isso há um tempo ( não faz mais, deixou saudade). Mas hoje vi nos twitts da vida uma "matéria" que realmente me impactou. Para o mal, que fique claro. 


A pérola tem o título de "Como Virar uma Musa em 50 lições". Na verdade, vamos enfocar nas 13 lições de "Encantar para ser um imã de homens". E eu que achava que bastava ser loira e bunduda, mas parece que não, que precisa até de lições pra isso. 

"Para ser amada pelos homens e invejada pelas mulheres, estas armas de alto poder de encantamento são tiro e queda. E não se assuste se estenderem o tapete vermelho por onde você passar".


Gente. 

Porque é isso que a gente quer: ser "amada pelos homens e invejada pelas mulheres". E ser musa. Hoje em dia todo mundo quer ser musa, quer ser diva, e taí duas palavras que perderam totalmente a força, assim como "celebridade". Musa de quem?? Diva do quê??


Mas calma, não vomite ainda. Vamos às 13 "dicas", algumas dignas da Escola Pedreirão Safado de Cantadas Ruins, e aos meus comentários sobre elas:


1. Quando cruzar um bonitão na balada, olhar para ele por dois segundos, desviar e, em seguida, encará-lo cerrando os cílios. Tia, não entendi. Se eu cerrar os cílios, eu não vou fechar os olhos??? Como vou encarar o bonitão fechando os olhos? Desenha pra mim?


2. Em uma sala cheia de homens, sentar-se de lado, cruzar as pernas, arquear o tronco para a frente e correr os dedos pelo cabelo.  Onde haveria uma sala cheia de homens? Seria a sala de espera de um urologista? Uma conferência de mecânicos de carro? E por que uma mulher estaria nesses lugares? E por que uma mulher gostaria de chamar a atenção de todos os homens em uma sala cheia de homens? Nesse caso, ela não chamaria atenção pelo simples fato de ser mulher? Por que tem que fazer todas essas manobras? Deus, são tantas perguntas..


3. Tropeçar contra o peito de um bonitão e comentar “Nossa, você é tão forte que tive a impressão de bater na parede! E se ele responder 'Nossa, isso aí não é uma saia, é um porta-joia!", é puro amor. 
4. Pedir àquele lindo que está perto da jukebox que ajude você a colocar uma música para tocar. Afinal você é burra demais para fazer isso sozinha. Ou apertar os botões pode estragar suas unhas de camurça. Mas peraí, onde tem jukebox ainda nesse Brasilzão? Estamos em 1954?
5. Perguntar ao surfista mais sarado da praia onde ele encontrou o desenho daquela tatuagem “incrível” que tem no braço. ZZZZZZZZZZZZZZZ
6. Convocar o fofo da mesa ao lado para fazer um dueto no karaokê com você. Fale que seu feeling diz que ele é carismático. Ele vai ficar louco de ouvir você cantando "Estoy Aquí" da Shakira em portunhol e com a voz esganiçada. Já ganhou, amiga.
7. Comentar a roupa de um cara falando algo do tipo “Um homem precisa ser muito macho para usar rosa — eu adoro”.  Até concordo, mas ele pode ser muito bicha também, nunca se sabe.
8. Dizer ao lindo que está sozinho na balada: “Me juraram que nesta festa teria um monte de gatos. Até agora só encontrei um”.  Essa é da Escola Pedreirão, módulo Xaveco Furado I. 
9. No bar em dia de jogo, perguntar ao moço da mesa de trás qual é o time dele. E lançar: “Já sei para quem vou torcer”. Se eu fosse ele, diria a ela "ah, e que time é teu?", só pra ela deixar de falar asneira e me deixar ver a porra do jogo. Aliás, a dica deveria ser: nunca compita com o futebol pela atenção de um homem, menos ainda num bar em dia de jogo"
10. Pedir ao vendedor que sugira qual calça ficará melhor em seu amigo que tem corpo definido como o dele. Porque quem não compra calças pros amigos toda hora, não é mesmo?
11. Na academia, puxar papo com o gato da esteira ao lado: “Estou impressionada com a dificuldade do seu treino!” Nada melhor do que conversar com alguém suado, ofegante e fazendo esforço, principalmente estando na mesma situação. Ele vai adorar.
12. Sair da pista de dança e arrumar o decote. Ui, será que o Ricardo Mansur cover sentado no bar pegou você fazendo isso? RICARDO MANSUR COVER. Olha, talvez ele não tenha visto, mas aquele magrelinho de 19 anos louco pra pegar alguém (qualquer alguém) adorou e está vindo falar com você neste momento. "Nossa, amiga, que fartura! Isso tudo é seu ou você comprou?"
13. Pedir ajuda ao deus da faculdade de administração para calcular o financiamento de seu apê. E emendar com: “Você é a pessoa que mais entende de finanças que conheço”. Nada mais sexy que finanças, não é mesmo? Quem não se excita falando de financiamento? Quem disse uma conversa sobre juros e correção monetária não pode terminar em sexo?
Ma-ra-vi-lho-sas as dicas, né, minha gente? Armas de alto poder de encantamento, realmente! Dignas de um tapete vermelho mesmo! 
Olha, "tiro e queda" é o que merece quem escreveu tanta bobagem, isso sim. E quem aplica essas dicas, claro.



segunda-feira, 2 de julho de 2012

Seus problemas não acabaram

Ultimamente tenho feito uma espécie de propaganda no twitter do blog (@seviraquase30, segue lá!) que diz assim pras pessoas que falam de crise dos 30 no microblog: "Crise dos 30? Seus problemas acabaram!", uma risadinha e o endereço do blog. Uns dão RT, outros cagam e andam, um me xingou.

Mas tudo isso era para dizer que não, este blog infelizmente não oferece solução pra crise dos 30 (que talvez seja fazer 37, ou morrer antes dos 30, sei lá). É mais um ombro amigo que às vezes tenta fazer refletir, as vezes só comentar, contar ou simplesmente fazer rir. Sempre acreditei que a melhor maneira de lidar com crises é não levar nada tão a sério na medida do possível. Tanto que a minha, aos quase 32, acho que passou!

Quer dizer, não é que ela tenha passado assim do nada. Eu só me dei conta, em um loooongo processo, de que minha vida não estava onde eu queria, nem indo pra onde queria, e tomei providências necessárias para corrigir o rumo. Ainda não sei se vai dar certo, mas sem dúvida já me sinto muito melhor!

Então pra quem está conhecendo o blog agora ou pra quem lê sempre, vem comigo sentadinho e com calma, que tudo passa!

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Los galanes argentinos

Pode ser o que for, mas como tem homem bonito na Argentina. Aqui em BsAs você vê umas "besheza" (como diz a Laura do Moda pra Ler, imitando a pronúncia deles para "belleza") quando menos espera, onde menos espera. Ah, se vocês vissem o guardinha do meu trabalho e seus olhos verdes. Ah, se vocês vissem o catador de papel que vi uma vez (juro, só precisava de uma ducha, um barbeiro e um banho de loja).

Pensando nisso, resolvi mostrar para vocês alguns exemplares famosos de galanes argentinos. De alguns gosto mais, de outros não tanto, mas todos têm lá o seu valor em termos de harmonia estética masculina - ou seja, são gatos. O número 1 é o que acho mais estupendo, o resto não está em ordem de preferência. Que lo disfruten!

1 - Juan Martín Hernandez


Puro esplendor em forma de homem, jogador da seleção argentina de rugby. Minha nossa senhora dos atletas, que homem é esse?? Procurem o nome dele no Google Images e preparem o babador.

2 - Rodrigo Guirao Diaz


Ator e modelo, diz que tá fazendo o maior sucesso na Itália (de onde eram os caras mais bonitos que vi na vida, aliás). Já vi ao vivo e me decepcionei um pouco com a altura do moço, mas essa carinha...

3 - Nacho Figueras

Os jogadores de polo argentinos talvez mereçam um post à parte, mas por enquanto ficamos com este belo exemplar da espécie. Pura magia e virilidade morena, não, minha gente?

4 - Sergio Martinez


Boxeador e queixinho quadrado como a tia Nadja gosta.

5 - Pablo Echarri


Ator, é o galã de novela argentino por excelência, embora tenha entrado já em um certo declínio. Eu não acho nada demais e passei a achar menos ainda depois de vê-lo ao vivo, mas admito que tem lá o seu charme.

6 - Ivan de Pineda


Modelo e apresentador, diz a lenda que Ivanzinho começou sua carreira por uma zoeira dos amigos, que o achavam tão esquisito que só pra zuá o inscreveram em uma agência de modelos. Só que os caras de lá gostaram dele e o resto é história. A cara dele é meio esquisitôncia mesmo, mas o conjunto da obra tem mérito. Alto, espadaúdo, charmoso. Besheza!

7 - Joaquín Furriel


Já protagonizou um monte de novela, inclusive com o Pablo Echarri. E esses olhões, minha gente? Aliás, se tem uma coisa que considero uma benção da natureza é homem moreno de olho claro. Selo Besheza de Qualidade!

8 - Facundo Arana


O ator também decepcionou quando avistado ao vivo, mas né? Não é de se jogar fora. Diria que tem uma coisa meio Bradley Cooper. Há pouco tempo tentou escalar o Everest, ficou doente e quase foi ser galã junto com o Heath Ledger e o Marlon Brando em outra dimensão, mas sobreviveu pra contar a história.

9 - Segundo Cernadas


Estava sumido por aqui, fazendo novelas em outros países da América Latina. Agora voltou, para nossa alegria.

10 - Hernan Drago

O modelo não é aconselhavel pra mulheres que não gostam de homem assim muito "carinha perfeitinha", uma coisa meio Ken. Eu curto pra olhar, tipo uma paisagem. Aconselho também um Google Images com o nome dele se você não tiver tirado o babador depois de ver as fotos do Juan Martín Hernandez.

ALERTA: se você estiver aqui toda bela e faceira com a sacolinha da Havanna na mão e vir um desses exemplares ou coisa parecida, não grite "nossa, que gato!". Aqui "gato" quer dizer "puta", dessas que cobram mesmo. Esclareço isso porque já tive que dar explicações a um argie depois do elogio feito por uma amiga!



quinta-feira, 21 de junho de 2012

As Viagens de Nadja III - Santorini

Fomos a Santorini sem muita informação sobre a famosa ilha grega, já que originalmente íamos apenas passar por lá com o barco, como contei neste post onde falo mais da minha viagem à Grécia. 

Embora fosse meu sonho ir pra lá (não sei nem por quê), eu não sabia nada de nada. só esperava ver igrejinha de cúpula azul, casinhas branquinhas juntinhas e mar. Inclusive achava que a tal igrejinha de cúpula azul era apenas uma, e que quando a visse ia ter uma epifania como já tive em alguns outros momentos em viagens. Eu era toda expectativa.

Qual não foi minha decepção ao chegar à tão sonhada Santorini, minha gente. A paisagem no caminho entre o aeroporto e o hotel não era lá grande coisas: as casinhas eram branquinhas mas bem separadas, sem muita beleza. Havia centenas de igrejinhas com cúpula azul. O mar bonito, mas nada de tirar o fôlego. "Poxa, isso é Santorini?", pensei eu, perplexa, fazendo um muxoxo. Afinal é uma ilha, não devia ter muito mais que isso, não tinha espaço.

O hotel era uma gracinha, branquinho e etc. Mas o muxoxo permanecia. 

Aí saímos e ficamos andando na ruazinha atrás do hotel, bem turistóide: lojinhas de souvenir, mercadinhos e breguices em geral. Tudo branquinho, tá, mas nada demais. Comecei a ver os cartões postais nas lojas com aquelas paisagens lindas e fui pegando o nome dos lugares retratados. "Ó, mãe, parece que a gente tem que ir pra esses lugares aqui: Imerovigli, Oia." 

Depois de todo um processo para descobrir como fazer isso (são uns ônibus tipo de viagem longa, tem que esperar o menino passar gritando "Imerovigli!" num estacionamento cheio de ônibus, tudo muito estranho), lá fomos nós pro tal de Imerovigli. Sobe rocha, vira curva, outra curva, outra curva. Ainda com muxoxo. Mercadinhos, hotéis, casas, paisagem que é bom? Necas de pitibiriba, como diriam os gregos (???).

Descemos do ônibus onde todo mundo desceu e fomos seguindo a plebe. Foi todo mundo pra esquerda, lá fomos nós. Ruazinha fininha, ruazinha fininha, outra ruazinha, tudo branquinho, até que de repente






Pelas barbas de Platão. A paisagem surge, explode, te dá um tapa na cara. Você sai de uma ruazinha e dá de cara com o mar, o vulcão (é, isso no meio do mar é um vulcão), a branquice, o esplendor. Aí sim eu perdi o fôlego e o muxoxo foi embora.

Depois de muitas fotos e uma comidinha muito boa com uma paisagem incrível de fundo, voltamos para o hotel. Mas o dia ainda estava claro, o sol só começava a se pôr e eu desconfiava que Fira, onde estávamos, devia ser mais que aquela ruazinha turística demais. Então fui me aventurar sozinha por lá. Ruazinhas, ruazinhas e





Eu sou bem boba e choro até com comercial do dias das mães do Magazine Luiza, mas estes momentos lá me emocionaram de verdade. Eu tinha plena consciência de estar vivendo um dos momentos mais bonitos da minha vida: só eu e aquela imensidão, aquela história, aquela arquitetura, aquele vulcão, aquele pôr-do-sol. Eu fiquei até preocupada, pensando o que eu ia achar bonito na vida depois de ver aquilo. Era demais.

No final eu continuo achando muita coisa bonita por aí, mas Santorini, nossa... devia ser direito de todo ser humano ir pra lá pelo menos uma vez na vida.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Pequenas e poucas reflexões de (mais de) 30

- Alguns espelhos, se combinados com determinadas luzes, deveriam ter um alerta escrito, algo assim: "Atenção mulheres de mais de 30 anos: neste espelho se vêem claramente as rugas se formando e as olheiras. Cuidado."

- Deveria ser proibido por lei perguntar a qualquer mulher de mais de 30 anos, com namorado ou não: "e aí, casa quando?"

- A gente ganha o dia, se bobear até a semana, se escuta algo como: "Nossa, jura? Te dava no máximo uns 27, 28!"

- "Balzaquiana"? "Trintona"? Não, sou nova demais para... ah, não, peraí.

terça-feira, 5 de junho de 2012

"Como tratar uma idiota" ou "malditos novos ricos"

Meu tio, assíduo leitor e fã deste blog (oi, tio!), tem uma loja de tapetes (aliás ótima, quem quiser me pede o endereço). Hoje ele publicou no Facebook um diálogo que teve com uma imbecil cliente que apareceu por lá. Achei tão bom que resolvi compartilhar com meus milhares de  leitores:


- Eu queria estes tapetes para colocar nos banheiros.
* Ahh...mas estes tapetes não são apropriados para banheiro.
- Quem falou?
* Eu estou falando isso porque a base dos fios e colada e, se molhar, pode soltar os pelos.
- Mas quem disse que o tapete vai molhar?
* Bem, normalmente tapete de banheiro sempre acaba molhando. Na minha casa sempre molha, quando sai do banho, por exemplo.
- Deve ser porque na tua casa os banheiros são pequenos. Na minha casa parecem salões de festa de tão grandes.
* Não conheço os banheiros da sua casa, mas normalmente tapetes de banheiro tem que ser lavados com frequência, até por uma questão de higiene, e estes tapetes só podem ser lavados a seco em casa especializada, portanto não são indicados para banheiro.
- Eu sou rica e posso colocar os tapetes que eu quiser nos banheiros da minha casa.
* (já quase mandando esta filha da p..a tomar no c´) Que cores a senhora precisa?
- Verde e Rosa!
* Verde e rosa eu não tenho, mas tem uma loja no Morro da Mangueira no Rio de Janeiro que tem. Quer o endereço?




Adorei, tio! Sambou na cara da infeliz! Atrás da verde e rosa só não vai quem já morreu!


Agora, me digam cá uma coisa: a mulher é imbecil por ser imbecil mesmo, por ser provavelmente nova rica e ignorante, por ser louca, ou o quê? Ou vai ver era balela, porque segundo meu primo ela foi embora num carrinho popular da Volks. Vai ver era só imbecilidade mesmo.


Eeeuu, hein!

domingo, 3 de junho de 2012

Cadê o fim de semana que estava aqui?

O meu, eu não sei aonde foi.

Falta menos de uma hora para a segunda-feira. Na sexta eu tinha planejado fazer tanta coisa. Escrever posts, escrever um post que estou devendo para outro blog, baixar as fotos da pequena viagem que fiz há um mês, cozinhar, fazer compras no supermercado, jantar com namorado, sair com amigos, fazer coisas para a tese do mestrado, lavar a louça, fazer meu trabalho extra pra ganhar um dindim, dar um jeito na casa.

Não fiz nem metade. Mestrado? Esquece. Amigos? Nada. A montanha de louça tá lá na pia me esperando. Nem lavar o cabelo eu lavei ainda. Supermercado, menos namorado do que eu gostaria, trabalho e olhe lá.

Parte da culpa disso é desse bico que estou fazendo, que ocupa muito do meu tempo. Talvez o fato de eu não conseguir acordar muito cedo também ajude. Nem posso dizer que procrastinei, dei pequenas descansadinhas de minutos.

Tudo isso é apenas para dizer o seguinte: que bosta, viu!! Vou fazer uma campanha por fins de semana de 4 dias sempre, não só em feriado!

terça-feira, 29 de maio de 2012

Decálogo da maturidade

Aqui onde eu moro tem uma revista muito da bonitinha chamada Sophia. Acho que o público target dela é de mulheres acima de 40 anos, talvez um pouco menos ou um pouco mais,  mas mesmo estando longe disso (por enquanto) eu curto os temas abordados. Tem uma ou outra coisa que não me convence muito, mas em geral tem ótimas matérias e entrevistas.

A introdução foi só pra dizer que estava relendo a de abril no banheiro e achei muito interessante o "decálogo da maturidade" feito por um psicólogo. Quis compartilhar com vocês. A tradução é minha:

1 - Quando não há mais de quem se queixar ou a quem culpar nas coisas pessoais, começa a maturidade.

2- Quando se aprende a tornar cada conflito ou cada frustração em um desafio, começa a maturidade.

3 - Quando aceitamos não nos fazer essas perguntas que não têm resposta, começa a maturidade.

4 - Quando descobrimos que nas relações humanas a benevolência vem antes da verdade, começa a maturidade.

5 - Quando aprendemos a não fazer uma dor virar "toda a dor", começa a maturidade.

6- Quando nos convencemos de que a realidade não se parece ao nosso desejo, começa a maturidade.

7 - Quando começamos a saber que tudo leva tempo e esforço, começa a maturidade.

8 - Quando já não duvidamos de que cada noite tem seu amanhecer, e de que o mundo é uma tarefa, começa a maturidade.

9 - Quando deixamos de viver como se fôssemos o centro do mundo, começa a maturidade.

10 - Quando assumimos com todas as suas consequências a experiência de ser criaturas, é sinal de que amadurecemos.

Acho que ajuda no balanço dos (quase) (mais de) 30, não?

domingo, 27 de maio de 2012

Insiste em zero a zero, eu quero um a um

Escrevo este post porque tenho visto vários casos semelhantes em pouco tempo.

Eles se amam. Se dão bem, não há grandes discórdias nem brigas homéricas. Têm planos para o futuro, boa química. Têm um relacionamento sério, estável, moram juntos ou são formalmente casados. Parece que tudo é harmonia entre eles, que cada um encontrou sua famigerada metade da laranja e que serão felizes para sempre.

Aí um deles um belo dia simplesmente diz "não sei se é isso que eu quero". Diz que está em crise, não-é-você-sou-eu, e foge, deixando o outro desnorteado, sem eira nem beira, sem entender direito o que aconteceu. A relação sofre um infarto. Pior que, em geral, ela não morre de vez. Fica lá agonizando, entre indecisões, idas e voltas, não fode mas não sai de cima, não caga mas não desocupa a moita.

Sim, porque o "que deixou" não deixa o "deixado" em paz. Mantém contato, dá aquela cozinhada, tenta de alguma maneira impedir ou dificultar que o outro arranje outro. São e-mails, jantares, conversas, olha não sei, é um momento meu, eu te amo mas. E é um "mas" que nem eles mesmo sabem definir, mas está lá, pelo menos na cabeça deles. Isso é o mais bizarro de tudo.

Outro dia com amigos estava tentando entender isso. Falamos e conjecturamos. Será uma auto-sabotagem do "que deixa", puro medo de ser feliz? Será que não há amor suficiente, afinal o que todo mundo quer é estar junto de quem ama?

Não chegamos a nenhuma conclusão plausível. Talvez um psicólogo ou psiquiatra possa fazer isso. Mas o que eu digo é: como nego complica o que é fácil, né? Se você gosta da pessoa, a pessoa de você, se vivem bem, se são felizes, qual o problema? Por que correr o risco de perder isso? Por que arranjar problema onde não tem? Vamos ficar juntos e ser feliz, minha gente!