segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

O mundo está grávido

A cada semana você fica sabendo de pelo menos um caso. Nas redes sociais, pululam fotos de barrigas redondas, imagens de ultrassom, carinhas gorduchas e pequeninas no colo de caras sorridentes mas com olheiras. Os papos com as amigas mudaram, antes era "mas ele ligou?  Ele é legal?"; agora é: "você pretende ter parto normal ou cesárea? Já pensou no nome?". Você já perdeu a conta de quantas vezes entrou em lojas de roupas para bebês nos últimos tempos e de quanto gastou em presentinhos tamanho PP.

O mundo está grávido.

Ou acabou de ter filho. Ou está pensando em ter em breve. Ou convive de perto com quem está em uma das três fases.

Na minha família, metade das mulheres jovens está grávida. Outras estão planejando. Só eu e uma prima estamos sossegadas, obrigada. Amigas e conhecidas que estão grávidas ou tiveram filho há pouco tempo, nossa, um monte.

Que louco, né?

Acho que é a nossa faixa etária, só pode ser. Aos 45 vai ser um monte de divórcio, aos 60 o povo sendo avô, aos 80 o povo indo dessa pra melhor. Ai, credo!

Ou vai ver que é a era de aquário, sei lá (???????). Só sei que acho lindo, adoro bebês e crianças - principalmente quando posso devolvê-los para as respectivas mães assim que começam a ficar chatinhos ou a chorar hihihihihi



segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Filhos terceirizados

Um monte de gente hoje compartilhou no Facebook um post sobre levar a babá em viagens do blog Viajando com Filhos. O povo meteu a boca no texto pelo teor "casa grande e senzala" dele, e concordo com as críticas. Mas não é nesse mérito que eu quero entrar.

Neste fim de semana, enquanto jantava em um shopping paulistano, observei uma cena que me fez pensar muito: uma mulher muito elegante, com sua bolsa Chanel a tiracolo, jantava com os filhos gêmeos de menos de dois anos de idade e a babá. A mulher olhava para um lado, com cara de tédio, e comia enquanto a babá olhava para o outro lado, dava comida pros meninos e comia também. Ninguém se falava, ninguém ria. Em vez de ser um jantar gostoso com os filhos, era um jantar incômodo com a babá.

Não quero julgar ninguém porque cada um cuida dos filhos como bem entender, mas a minha reflexão com esses dois casos é a seguinte: será que não estão "terceirizando" demais o cuidado e a educação dos filhos, não?

Vai ver que para mim é fácil falar, já que ainda não tenho uma nadjinha ou um nadjinho, então não sei como é na prática ter que cuidar de um filho. Mas se você está presente, seu filho também, na mesma relação tempo X espaço, por que cazzo você não pode cuidar dele?? Se não quer correr atrás de bebê, limpar bunda suja, ter paciência pra ler historinha de noite, por que tem filho então? Porque não há nada que se possa fazer na vida a não ser casar e ter filho, então é se reproduzir é um dever? Porque as fotos do bebê na piscina ficam lindas no Facebook?

Uma babá que cuide do rebento enquanto você trabalha ou vai a um jantarzinho a sós com o marido, que maravilha, desde que seja paga direitinho e respeitada e etc etc. Só que tem que levar a babá pra uma viagem em família, pra um almoço de domingo, pra um passeio no shopping? Não dá pra correr atrás você mesma, prestar atenção você mesma, educar você mesma?

Sei lá, pensamentos de quem não tem mas um dia, quem sabe, quando e se tiver filho não pensa em levar a babá pra tudo quanto é canto.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Primeiro post do ano, só pra começar

E aí, gente, como anda o 2013? Ainda esperançoso ou já desencanaram?

O meu anda sei lá! Não tô exatamente de férias mas também não estou em casa, estou trabalhando à distância. Ando pensando nos passos a seguir mas ainda sem nenhuma providência. Calma, né, gente?

Meu 2013 começou tão animado que duas da manhã do dia primeiro eu tava num cantinho da festa lendo revista de decoração. Juro! Antes, estava consolando um menino de 7 anos que estava bravo porque o tio bêbado chutou a bola nova dele pro meio do mato. Nem era culpa da festa, eu que não tava lá muito enturmada.

Espero que esse bode não continue no resto do ano. Mas acho que um ano que inclui voltar a morar no país de origem depois de dez anos, cidade nova, trabalho novo e muitas outras novidades promete ser tudo, menos tão emocionante quanto ler revista de decoração na festa de reveillon, né?