quarta-feira, 26 de junho de 2013

Não faz isso que a moça vai brigar

Aí outro dia eu tava feliz e contente comendo minha coxinha da Real quando chegam uma mãe e seu filhinho de uns três anos. Chato que só ele, o moleque. Sabe aquelas crianças que só falam choramingando? Aí eu fiquei só olhando, porque meu novo esporte é observar as mães com os seus filhos, e fiquei estarrecida com o que vi.

Primeiro o moleque queria que a mãe fizesse um carrinho no papel da comanda, ou pelo menos foi o que entendi da vozinha choramingada dele. Ela disse "não, não pode se não vão prender a gente, vão prender nós dois". Oi?

Logo depois não sei que outra chatice o moleque fez, e ela disse que "aquele moço lá" ia levar ele embora. Nem sei que moço era, vai ver era o segurança que nada tinha a ver com a história. Aliás, não é horrível quando você tá perto de uma mãe que faz isso, mas com você? Tipo "não chora, olha a moça olhando pra você, ela vai brigar!" Oi, olha, por mim ele pode chorar, eu já tava saindo mesmo. Odeio!

Ela ainda fez mais uma ameaça dessas nos 10 ou 15 minutos que durou a nossa "convivência" na padoca.

Agora eu me pergunto: PRECISA? Não dá pra falar pro menino parar porque ele tem que se comportar e pronto? Não dava pra ter autoridade própria em vez de ficar delegando, em vez de fazer essas ameaças imbecis e sem o menor fundamento? Pior que ela nem tentava outro método, já ia pro "vão te pegar" direto.

Sei que isso não é inédito. Quem não se lembra de bicho-papão, homem do saco? Ok, mas é um negócio tão antiquado, tão ultrapassado, não?

Até perguntei pra uma amiga psícóloga se isso não fazia mal pra criança (valeu, @joanasinger!). A resposta era o que eu previa: claro que sim! Desautoriza a mãe e pode confundir a criança. Acho que pode até traumatizar, né? E por bobagem.

Pior que o moleque nem ligava e continuava lá choramingando e fazendo chatice. Mas com uma mãe dessas, também...

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Sobre hoje

Estou viajando e hoje tem protesto em São Paulo. Eu concordo com protestar pacificamente por uma cidade melhor, um país melhor, mas tenho que admitir que eu provavelmente não iria. A razão é uma só: eu sou MUITO cagona. Sou, admito, é um dos meus defeitos. Eu não vou nem em show, evito multidões, dou um boi pra não entrar numa briga e uma boiada se não for suficiente. Se vejo a coisa esquentando perto de mim, seja no trânsito, seja numa balada, eu tento dar um jeito de fugir. Tenho medo que saia tiro, que voem cadeiras, garrafas, que eu morra sem ter nada a ver com a confusão. Não vou nem em montanha-russa, tenho pavor. C-A-G-O-N-A. Desculpem.

Eu não sei qual será a efetividade dos protestos. Ninguém sabe. Eu brinco que se protesto adiantasse, a Argentina seria Primeiro Mundo, porque aqui (estou em Buenos Aires no momento) tem tipos TODO DIA. Mas é outra coisa, é outro contexto, é outra história.

Mesmo não indo, fico muito feliz de ver que não, não estamos satisfeitos, e sim, queremos que tudo mude. Não é possível que um país rico como o nosso tenha tanta desigualdade e um déficit tão grande em coisas tão básicas quanto educação, saneamento, condições minimamente decentes de vida. Isso é a base dos problemas que enfrentamos, principalmente da violência.

O que eu mais espero mesmo é que este momento sirva também para cada um de nós pôr a mão na consciência e ver o que podemos fazer para mudar a mentalidade da sociedade em que vivemos - porque "os políticos" que a gente costuma culpar por todos os males vêm da mesma sociedade que a gente, são um reflexo dela. O que podemos fazer para mudar a nossa própria mentalidade, a de quem nos cerca?

Não adianta pedir o fim da corrupção mas molhar a mão do guarda quando for pego dirigindo sem carteira. Não adianta pedir respeito mas estacionar na vaga de cadeirante no shopping lotado. Não adianta pedir uma cidade melhor mas sonegar impostos. Não adianta querer uma cidade com menos trânsito mas usar o carro para ir de casa à padaria às 6 da tarde. Não adianta ficar chocado com o alemãozinho tomando tiro de traficante mas não deixar de comprar sua droguinha pro fim de semana.

Protestemos, sim, e façamos também a nossa parte todos os dias, o máximo que pudermos. Só assim tudo vai mudar pra melhor para todos nós. Vamos repensar o Brasil - e tenhamos em mente que o Brasil não é os políticos, não é os outros, nem os evangélicos, nem a Rede Globo, nem PT, nem PSDB. Brasil é você, somos nós.

terça-feira, 11 de junho de 2013

Dia dos Namorados

É dia dos Namorados mas nem tenho muito para escrever. Faz anos que não comemoro a data porque morava em outro país. Lá, como em boa parte do mundo, o dia é comemorado 14 de fevereiro, o "San Valentín" ou "Valentine´s Day". Como também é o aniversário do meu respectivo, a coisa acabava sendo mais pelo aniversário dele que pelo dia em si.

Uma vez eu li que no Brasil inventaram a data porque o comércio nesta época do ano era muito fraco. Pode ser, mas aí bem que o povo pegou na corda, né?

Seja lá o motivo, é sempre gostoso celebrar o amor, seja como for, seja qual for. Quem está perto do respectivo, aproveite. Se está bem com ele, se ambos estão felizes, comemorem mais ainda, porque isso é tão difícil, né?

E quem, como eu, está longe do par ou não tem um par, bom... é só um dia qualquer, vai!

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Quem foi que disse que é impossível ser feliz sozinho?

Esses dias a lindinha da Amanda do Buenos Aires para Chicas compartilhou no Facebook a seguinte imagem, que eu compartilhei também:

Acho que dá pra entender, mas traduzo: "se você não é feliz solteira, também não vai ser feliz em uma relação. A felicidade vem do seu interior, não de um homem".

Eu interpreto isso de "ser feliz sozinho" como buscar a felicidade sem depender tanto de fatores externos e que muitas vezes fogem do nosso controle, como ter um namorado. O desejo de estar com alguém é absolutamente natural e legítimo, afinal quem não gosta de tudo de bom que um relacionamento pode trazer? Estar bem solteira não quer dizer que não se possa querer ter alguém.

Mas não podemos achar que SÓ se tivermos um namorado vamos ser felizes ou que arranjar alguém vai ser a solução mágica para os nossos problemas. Ou até podemos achar, mas aí quem fica mal é a só a gente mesmo, né? E por isso pode acabar se afundando na melancolia em vez de aproveitar um tempo da vida que poderia ser bem gostoso.

Além disso, depositar em alguém todas as suas expectativas de felicidade é jogar uma responsabilidade enorme em cima dessa pessoa, não? De ela TER que te fazer feliz, de depender tanto dela para estar bem. Provavelmente fazer isso é um prato cheio para a frustração, porque nada nem ninguém pode nos garantir uma felicidade completa e eterna.

Em vez de só choramingar pelos cantos por estar sem namorado, enxergar e valorizar o que temos de bom na vida já ajuda muito. Pegar leve, não levar as coisas tão a sério e nem tão a ferro e fogo também é uma boa. Não é?

sábado, 1 de junho de 2013

Todo dia primeiro

Todo dia primeiro do mês, ou no máximo no dia 2 ou 3, eu vou ver o que diz a Susan Miller sobre o que me espera no mês que está começando.

Pra quem não sabe, ela é uma astróloga americana famosa que escreve suas previsões para os signos no site Astrology Zone, no twitter, em livros, revistas e sei lá eu mais onde. 

Não é que eu acredite piamente em astrologia, sempre fui de dar uma olhada no horóscopo mas esquecer o que ele dizia cinco minutos depois. Só adquiri o hábito de ler a Susan (como eu a chamo carinhosamente) depois que ela mandou eu sair no dia 22 de janeiro de 2009 pra encontrar o "true love", eu saí (afinal, não custa nada tentar) e tô até hoje namorando o rapaz que conheci naquele dia (pra ver a história completa, clique aqui). Desde então, as coisas que Tia Susan diz sempre têm a ver com algum aspecto da minha vida no momento, então sempre vou lá dar uma olhadinha.

Aliás, já tá terminando o dia 1o e nem li tia Susan ainda! Vou lá, tchau!